1 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
A Nano é uma criptomoeda que visa solucionar dois grandes problemas do Bitcoin: a falta de eficiência energética e a latência. Ao resolver esses problemas, essa moeda digital possibilitou uma escalabilidade ilimitada com custos reduzidos.
Diferente de várias outras moedas digitais, a Nano funciona por meio de uma estrutura onde cada um dos usuários possui seu próprio blockchain. Isso significa que é preciso menos poder computacional para que as transações sejam realizadas e registradas.
Além disso, como cada usuário possui um blockchain, as transações são realizadas instantaneamente, o que resolve o problema de latência que moedas como o Bitcoin possuem.
O que é Nano?
A Nano é uma criptomoeda criada pelo desenvolvedor de software Colin LeMahieu, em 2014. Inicialmente, a moeda digital se chamava RaiBlocks e o seu código identificador era XRD, porém, em 2018, a criptomoeda mudou o nome para Nano e o seu código também virou NANO.
O objetivo de Colin LeMahieu ao desenvolver a moeda era que a Nano não tivesse os mesmos problemas do Bitcoin, como, por exemplo, a falta de eficiência energética, já que a mineração de Bitcoins exige um grande consumo de energia.
De fato, esse é um problema muito grande, já que a Universidade de Cambridge calcula que o gasto de energia elétrica para a mineração de Bitcoins seja superior a 121 terawatts/hora (TWh). Na prática, o processo de mineração de Bitcoins consome mais energia elétrica do que a Argentina.
Sendo que a tendência é que o gasto energético aumente conforme o Bitcoin se valorize. Além do problema da eficiência energética, a Nano procura se diferenciar do Bitcoin em relação à latência, isto é, o tempo preciso para que as transações sejam realizadas.
Como funciona?
Boa parte das criptomoedas existentes no mercado, como, por exemplo, o Bitcoin, usam a blockchain para registrar as transações. As transações são agrupadas e formam um bloco, dando origem à hash. Desse modo, a hash é uma sequência de caracteres que assina um bloco.
Como vários computadores são necessários para esse processo de registro e validação, é preciso um grande consumo de energia elétrica e tempo para que as transações sejam registradas.
Por outro lado, a Nano funciona de maneira um pouco diferente dessas outras moedas, justamente para evitar o gasto energético e reduzir o tempo necessário para o registro das transações.
Dessa forma, as transações da Nano não são registradas em uma blockchain mundial, mas sim no chamado block-lattice. Isso significa que cada usuário possui sua própria blockchain, o que possibilita que as transações sejam concluídas instantaneamente.
Um detalhe importante sobre a Nano é que a validação das transações é feito pelo Proof of Stake (PoS), em português Prova de Participação. Muitas criptomoedas usam o Proof of Work (PoW), ou Prova de Trabalho. O PoW exige que várias máquinas registrem e validem as informações, enquanto que o PoS exige um poder de processamento menor.
Nesse sentido, a Nano possibilita uma escalabilidade ilimitada, já que os custos das transações são reduzidos. Em relação à mineração, a Nano também funciona de forma diferente de outras criptomoedas, já que todas as moedas da Nano já foram mineradas e distribuídas para os usuários.
Vantagens e riscos
Uma das principais vantagens da Nano é a eficiência energética, pois ela não exige um processo complexo para validação de dados nem para a mineração de moedas. Outra vantagem é que cada usuário possui uma blockchain o que possibilita que as transações sejam concluídas de maneira instantânea.
Em contrapartida, a Nano também possui alguns riscos semelhantes às outras moedas, como, por exemplo, a volatilidade do mercado que pode fazer o investidor ter prejuízos. Por isso, antes de adquirir Nano, é essencial que os usuários busquem o máximo de conhecimento possível sobre o funcionamento dessa moeda.
Inclusive, é preciso ficar atento para usar uma carteira que tenha compatibilidade com a Nano, caso contrário, você pode perder suas moedas. Além disso, vale a pena considerar se os criptoativos são recomendados para o seu perfil de investidor. Isso porque, as moedas passam por fortes oscilações e não são todos os perfis de gostam de correr riscos.
Como comprar Nano?
O caminho mais utilizado para comprar Nano morando no Brasil é utilizando outras criptomoedas, como o Bitcoin. Para adquirir Bitcoins, você precisa abrir uma conta em uma exchange, isto é, uma corretora de valores especializada na negociação de criptoativos.
Após abrir sua conta, faça uma transferência e compre Bitcoins. Depois disso, basta comprar Nano usando os Bitcoins para realizar o pagamento. Por fim, depois que você tiver comprado Nano é preciso armazenar as criptomoedas em local seguro.
Não é recomendado que você deixe as moedas paradas na conta na exchange, contudo, é importante que você confira previamente qual carteira é compatível com Nano. Um exemplo de carteira que pode ser usada, é a Web Wallet oficial da Nano.
Escolher uma carteira que seja segura e compatível com seus ativos, é fundamental para evitar perder dinheiro. Um exemplo de carteira muito utilizada pelas pessoas que aplicam em criptomoedas, em geral, é a Paper wallet, o que é? Definição, como funciona e segurança da carteira
Fontes: Renovainvest, Tecnoblog e Confio na compra
Imagens: Reddit, Portal do bitcoin, Medium, Portal N. e Reddit