Uma startup é um tipo de empresa caracterizada por possuir um modelo de negócio que seja repetível e escalável. Em outras palavras, as startups normalmente são empresas jovens que oferecem produtos e serviços pautados pela inovação tecnológica.
Muitas startups são empresas que nasceram e se desenvolveram como negócios digitais. Contudo, as startups não são apenas empresas de internet. Na verdade, o que fez com que tantas startups tenham nascido neste ambiente é a facilidade e baixo custo para se desenvolver um negócio, em comparação com uma empresa física.
Em relação à gestão dessas companhias, elas são caracterizadas por possuírem líderes com perfil empreendedor. Isso porque, o perfil empreendedor é essencial para lidar com o cenário de incertezas que as startups enfrentam ao desenvolver soluções fora do tradicional.
O que é uma startup?
Startup é um tipo de empresa com modelo de negócio repetível e escalável. Sendo que o termo startup surgiu no Vale do Silício, uma região na Califórnia, EUA, conhecida por sediar diversas empresas voltadas para tecnologia e inovação.
Portanto, diferente do que muitas pessoas pensam, a definição de startup não é apenas uma empresa em seu período inicial. É claro que muitas startups são empresas que estão começando suas atividades. No entanto, a característica mais marcante desse tipo de companhia é o modelo de negócio repetível e escalável.

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Dessa maneira, geralmente essas empresas recorrem à tecnologia para serem inovadoras. Além do conceito geral de startup, existe também o termo lean startup (startup enxuta), usado para se referir às startup que buscam evitar os desperdícios de recursos.
Além disso, esse termo está relacionado à execução e privilégio das interações. Isso significa que a intenção é que as soluções para as necessidades dos clientes sejam construídas por meio das interações práticas da empresa com os clientes.
Por fim, existe ainda o conceito de startup unicórnio criado por Aillen Lee, em 2013. Esse termo é usado para se referir às startups que não possuem capital aberto na bolsa de valores, mas que são valorizadas em mais de 1 bilhão de dólares.
Ou seja, essas são startups raras, que enfrentaram diversos desafios até alcançarem essa alta valorização no mercado. Sendo que no Brasil a maioria das startups unicórnio são marketplaces. Porém, essas empresas também podem ser SaaS e fintechs. Alguns exemplos de startup unicórnio são: iFood, 99 pop, Movile e Gympass.
Tipos e modelos
Como o conceito de startup é bastante amplo, a atuação desses empresas pode ser de diversos tipos:
- Business to Business (B2B): B2B ou negócio para negócio, é um tipo de empresa focada em atender a outras empresas. Desse modo, a intenção não é oferecer produtos para o consumidor final.
- Business to Consumer (B2C): O B2C é o negócio para o consumidor. Sendo assim, o foco é em desenvolver produtos e serviços para o consumidor final.
- Business to Business to Consumer (B2B2C): Por fim, temos o B2B2C, que significa negócios para empresas para consumidores.

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Já em relação ao modelo de negócios, as startups podem ser:
1- Software as a Service (SaaS): O Software como Serviço, é o modelo de negócio focado no oferecimento de serviços na nuvem. Dessa maneira, esse modelo de negócio funciona como um software autônomo que serve para facilitar e automatizar os serviços manuais.
2- Marketplace: Esse modelo de negócio funciona como um shopping virtual. Em resumo, ele conecta a oferta e a demanda através de uma plataforma digital. Este modelo é usado sobretudo pelos empreendedores que desejam focar em um segmento de mercado e desenvolver um negócio altamente escalável.
3- Assinatura: Os negócios por assinatura se desenvolveram e popularizaram com o desenvolvimento tecnológico. Essa é uma boa opção de negócio para os empreendedores que desejam garantir uma renda fixa. Entretanto, o negócio deve ser bem construído para evitar que os clientes cancelem a assinatura.
4- Redes sociais: Por fim, outro modelo de negócio de startups são as redes sociais. Nesse modelo, o serviço da plataforma é disponibilizado gratuitamente para o consumidor, que como moeda de troca, visualiza as publicidades.
As startups e a Nova Economia
As startups são importantes, pois são empresas que desenvolvem soluções inovadoras que mudam as vidas das pessoas. Dessa forma, as startups vieram para substituir os processos tradicionais e revolucionar o mundo. Essas mudanças fazem parte da Nova Economia.

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Em síntese, a Nova Economia está ligada ao surgimento rápido de novos modelos de negócios, que faz com que as empresas e profissões rapidamente se tornem obsoletas. Portanto, a Nova Economia exige um posicionamento mais competitivo, atualizado e conectado.
Nesse cenário, as startup desempenham o papel de protagonistas, já que, além de oferecer soluções disruptivas, elas também acabam com monopólios, ameaçam corporações e desafiam o status quo. Alguns exemplos de empresas de sucesso que começaram como startups são: Google, Paypal, Netflix e Uber.
Como proteger sua ideia de startup?
É possível patentear uma ideia, mas essa pode não ser a melhor maneira de proteger uma ideia de startup. Algumas dicas para proteger sua ideia são:
1- Registro de marca e nome no INPI: O Instituto de Propriedade Industrial (INPI) é um órgão federal que regula as normas de propriedade industrial. Dessa maneira, o INPI faz o registro de marcas, averbações de contratos de franquia e concessões de patentes.

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O registro no INPI não protege a ideia em si, contudo, ele serve como uma proteção para o nome e o logotipo da empresa. Isso significa que o empreendedor está resguardado legalmente em caso de cópias.
2- Parceiros-chave: Conversar com parceiros-chave é uma forma de você aperfeiçoar sua ideia e ter insights úteis. É claro que você não deve contar sua ideia de startup para qualquer pessoa, somente para aquelas que você confia e que possuem experiências na área que você pretende desenvolver o negócio. Você pode conversar também com possíveis clientes em busca de feedbacks que ajudem a aprimorar a empresa.
3- Lance um MVP: Lance um Produto Viável Mínimo (MVP) para analisar se a ideia de negócio funciona e coletar feedbacks dos usuários. Essa atitude não vai impedir que alguém copie sua ideia central, porém, serve para que você verifique se o negócio realmente funciona e tome atitudes para melhorar o produto ou serviço oferecido.
Como criar uma startup?
É possível criar um startup através dos cinco passos abaixo:
1- Validação
A validação pode ser realizada através do quadro de visão do produto. Esse quadro é dividido em cinco áreas, que servem como direcionamento para demonstrar a visão e a estratégia macro do produto ou serviço da startup. Sendo assim, as cinco áreas servem para orientar as primeiras validações da empresa:

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- Visão: Intenção e motivação do produto ou serviço;
- Público-alvo: Os cliente e usuários que o produto está destinado;
- Necessidades: Problemas que o produto ou serviço pretende resolver;
- Produtos: As principais funcionalidades que diferenciam o produto dos demais;
- Valor: O motivo que leva a startup a investir no produto ou serviço e o retorno esperado.
2- Modelo de negócio
Depois de ter escutado os possíveis clientes e validado as hipóteses inicialmente estabelecidas, é preciso definir o modelo de negócio que melhor se adequa à sua ideia de startup.
3- Validação da solução proposta
Depois de analisar e validar as hipóteses da startup, é preciso validar a solução proposta. Sendo assim, mesmo que a sua solução não esteja totalmente pronta, é importante colocá-la no mercado para fazer a sua validação.
4- Conheça os clientes
O penúltimo passo é definir a persona da startup. Para isso, você precisa conhecer e entender o perfil, idade, expectativas e necessidades do seu público alvo. Além disso, você deve conhecer quais são as expectativas que seu público alvo possui com a solução oferecida pela startup.

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5- MVP
Depois de realizar os quatro passos anteriores, onde você não apenas validou sua ideia de startup como também definiu a persona da empresa, você estará preparado para desenvolver o Produto Viável Mínimo que atenda as necessidades dos usuários finais. Enfim, para o MVP, você deve:
- Entender a necessidade do cliente: Ao conhecer as necessidades do cliente, você será capaz de desenvolver ideias que visam solucionar seus problemas.
- Persona: Além de saber qual o problema do cliente, é fundamental conhecer o perfil do seu cliente para que a solução proposta seja adequada.
- Hipóteses: O próximo passo para criar o MVP de uma startup é definir quais hipóteses devem ser validadas pelo MVP.
- Criação: A intenção de um MVP é testar a funcionalidade de uma ideia. Por isso, ao criar seu MVP, esqueça o perfeccionismo e foque em desenvolver seu MVP de forma ágil e barata.
- Resultados: Para finalizar a criação do seu MVP, basta mensurar os resultados e realizar os ajustes necessários ou mudar.
Dicas ao criar uma startup
Se você pretende transformar uma ideia de negócio em uma startup de sucesso, conheça algumas dicas:
1- Crie um MVP
Para que uma startup seja criada, é fundamental criar um Produto Viável Mínimo. Além de criar um MVP, é interessante lançar uma versão de teste para verificar se a ideia funciona.

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2- Avançar ou adaptar
Depois de testar sua ideia de startup é importante analisar os resultados. Caso eles sejam positivos, você poderá expandir sua empresa. Em contrapartida, se os testes forem negativos, você deve reparar os erros e realizar melhorias.
3- Invista em pessoas
Ao criar sua equipe, procure por profissionais eficientes e qualificados, que acreditem na proposta da empresa.
4- Investidor anjo
Os investidores anjo são as pessoas ou empresas que realizam investimentos de risco, ao aplicarem em empresas inovadoras. Dessa forma, se você possui uma startup com potencial de crescimento, conseguir a ajuda de um investidor anjo pode fazer com que o negócio cresça rapidamente. Para conseguir investimento para a sua startup, faça o seguinte:

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- Valide a startup: Um investidor anjo investe somente naquilo que ele acredita ser um negócio com potencial de crescimento. Nesse sentido, o empreendedor deve validar a ideia e possuir dados concretos para informar ao investidor anjo, tais como: faturamento comprovado e clientes reais.
- Pitch de investimento: É a apresentação rápida do produto ou serviço com a intenção de convencer os investidores de que aquele é um negócio inovador, escalável e rentável com potencial de crescimento. Existe também o pitch de vendas, que é um discurso curto com a intenção de fazer os clientes se interessarem pelo produto ou serviço da startup.
- Entre em contato com investidores: Participar de eventos onde investidores anjo estão dispostos a investir em empresas e recorrer ao networking pessoal são formas de entrar em contato com investidores.
5- Perfil de empreendedor
Como as startups buscam desenvolver soluções fora do tradicional, o gestor precisa lidar com um cenário de incertezas. Por isso é essencial que o fundador da empresa tenha um perfil empreendedor. Isso significa que ele deve ser autônomo, acreditar na ideia do negócio, ser dedicado, corajoso e ser capaz de trilhar seu próprio caminho rumo ao desconhecido.
Enfim, agora que você sabe o que é uma startup, aproveite para aprender o que são REITs, o que são? Como funciona, diferenças entre FIIs e como investir
Fontes: Ideia no ar, Startse, Sebrae e Abril
Imagens: Investorcp, Época negócios, Uol, Legal space, Vai de bolsa, Jornal contábil, Ieb school, Exame e Criativodms