Alexandre Birman: vida e carreira do CEO da Arezzo&Co

Alexandre Café Birman é um empresário brasileiro, fundador da Schultz. Porém, ele prefere ser conhecido apenas como sapateiro. Filho do fundador da Arezzo, Anderson Birman, o empresário aprendeu o ofício de sapateiro ainda na infância.

Cheio de novas ideias que não compactuavam com o caminho seguido pela Arezzo, Birman abriu sua própria empresa, aos 18 anos. No entanto, o sucesso da marca foi tanto que, posteriormente, a Arezzo e a Schultz se uniram.

Atualmente, o bilionário e atleta, Alexandre Birman, está à frente da Arezzo&Co, empresa resultante da fusão entre a Arezzo e a Schultz. Saiba mais lendo sua biografia.

Quem é Alexandre Birman?

Alexandre Birman é um renomado empresário e designer brasileiro, conhecido principalmente por sua liderança na Arezzo&Co, uma das maiores empresas de calçados do Brasil. Ademais, já produziu sapatos exclusivos para astros internacionais como Kate Hudson, Demi Moore, Anna Paquin, Jessica Alba e Katy Perry.

Nascido em 1º de agosto de 1976, em Belo Horizonte, Alexandre começou sua carreira aprendendo o ofício de sapateiro com seu pai, Anderson Birman, fundador da Arezzo.

Desde jovem, ele demonstrou talento e paixão pelo design de calçados. Aos 18 anos, ele criou sua própria marca, a Schutz, que rapidamente ganhou popularidade. Em 2011, após a fusão da Schutz com a Arezzo, Alexandre assumiu a presidência da empresa e liderou uma transformação digital que impulsionou o crescimento da marca.

Além de sua carreira empresarial, Alexandre é um triatleta dedicado e participa de competições de Ironman. Ele também é conhecido por seu compromisso com a sustentabilidade e práticas empresariais responsáveis.

Gestão

Anderson sempre usou um sistema de gerenciamento financeiro da Arezzo e passou a prática para o filho. O sistema se chama ZPF – Zerar Posição Financeira, também apelidado de Balanço de Padeiro.

O sistema consiste na realização semanal de um balanço da empresa, onde se soma o caixa, os valores a receber, estoque e retira as contas a pagar e os gastos fixos. O resultado do ZPF deve crescer a cada semana, como um indicativo do bom desempenho da empresa.

Vida pessoal de Alexandre Birman

Alexandre Birman gosta do mundo dos esportes e, no tempo livre, pratica triatlo. Entretanto, o esporte é mais do que um simples passatempo, já que o empresário participou de várias provas de resistência e maratonas nacionais e internacionais.

Além do esporte, Alexandre Birman se dedica também à família, sendo que, atualmente, ele é casado com Gabriela Verdeja. Contudo, antes do atual casamento, Birman foi casado por quase dez anos com Johanna Stein, e com ela teve duas filhas: Olga e Vera.

Uma curiosidade sobre Birman é o seu nome do meio, “Café”. Esse sobrenome veio do seu bisavô cafeicultor, que tinha o apelido de Zé do Café. Dessa forma, o cafeicultor decidiu adotar o apelido como nome e batizou os filhos com o sobrenome Café.

Carreira de Alexandre Birman

Formação

Alexandre Birman tem uma formação diversificada que combina experiência prática com estudos formais, o que o ajudou a se tornar um dos maiores nomes da indústria calçadista brasileira. Ele teve contato com a produção de calçados desde criança, trabalhando na fábrica de calçados fundada por seu pai, Anderson Lemos Birman, e seu tio, Jefferson Birman, em 1972.

Alexandre acompanhou todo o processo de produção, desde a idealização do calçado até o acabamento. Aos 13 anos, já conseguia fazer o processo todo sozinho. Essa vivência precoce lhe proporcionou um profundo conhecimento técnico e prático do setor.

Aos 17 anos, Birman fez um curso técnico de sapateiro na Itália, um país reconhecido pela tradição na produção de calçados de alta qualidade. Essa experiência internacional aprimorou ainda mais seus conhecimentos técnicos e lhe proporcionou contato com novas técnicas e tendências.

Além da formação técnica, Birman também se formou em Administração de Empresas. Essa formação lhe proporcionou uma visão estratégica e de gestão, fundamental para o sucesso na condução de seus negócios.

Volta ao Brasil

Após a realização do curso técnico na Itália, Alexandre Birman voltou para o Brasil, em 1990. Nessa época, a Arezzo estava passando por uma importante mudança, onde o foco da empresa se tornou o varejo e ela passou a terceirizar sua produção.

Entretanto, não era apenas a empresa que passava por mudanças. Pouco depois de Alexandre Birman retornar ao Brasil, o Plano Real foi posto em prática. Assim, com a abertura do Brasil, diversas marcas internacionais de calçados, com produção mais barata, começaram a saturar o mercado de calçados.

Como medida para proteger a Arezzo da queda na demanda de calçados nacionais, Anderson optou por fechar a produção em Belo Horizonte. Como consequência, quase dois mil funcionários tiveram seus contratos encerrados.

O próximo passo dado por Anderson foi abrir uma unidade de protótipos em Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Nesse cenário, Alexandre Birman estava ansioso para colocar seus conhecimentos em prática e criar novos calçados. Porém, o pai decidiu que a empresa seguiria o caminho que ela já estava trilhando e que estava funcionando.

Portanto, Alexandre Birman decidiu criar sua própria empresa e expressar sua criatividade. Desse modo, aos 18 anos, mesma idade que seu pai tinha ao fundar a Arezzo, Alexandre fundou a Schutz. Focado no público masculino, o objetivo da marca era criar sapatos confortáveis para esportistas.

Fundação da Schutz

Em 1995, Alexandre fundou a Schutz, uma marca voltada para calçados modernos e sofisticados. Ele utilizou sua visão empreendedora para criar designs inovadores que rapidamente conquistaram um público fiel. A Schutz logo se destacou no mercado nacional e internacional.

Apesar de inicialmente a empresa ser focada apenas no público masculino, um ano depois de fundada, a marca se voltou para o público feminino. Para o novo público, Alexandre Birman desenhou toda uma coleção de complexos sapatos. No entanto, a maioria dos calçados era tão complexa que nunca saiu do papel, já que a produção não conseguiu executar os modelos.

Entretanto, Alexandre Birman aprendeu com o erro e decidiu simplificar. Foi assim que nasceu o famoso modelo Anabela. Como a empresa estava com problemas de fluxo de caixa, Birman decidiu que a matéria-prima que estava no almoxarifado seria investida no novo modelo.

Foi uma tacada certeira: o modelo fez tanto sucesso que, no ano 2000, Birman conseguiu atingir sua meta de faturar 1 milhão de reais. No ano seguinte, a marca canadense Aldo, realizou um pedido de 30 mil pares de Anabela, em uma feira no setor de calçados, nos Estados Unidos.

A Schutz continuou a crescer e a exportar boa parte dos seus produtos, quando Anderson chamou o filho para unir a Schutz com a Arezzo.

Holding Arezzo&Co

As duas empresas se fundiram na holding Arezzo&Co. Além disso, por R$76,3 milhões, eles venderam 25% da empresa para a gestora Tarpon. Então, Anderson ficou com a presidência da empresa e Birman ficou com o segundo lugar.

Alexandre assumiu um papel estratégico na expansão da Arezzo&Co, holding que integra marcas renomadas do setor de calçados e acessórios. Sob sua liderança, a Arezzo&Co tornou-se uma referência no mercado, combinando tradição com inovação.

Novas marcas

A intenção da companhia ao atrair investidores era conseguir verba para o seu crescimento. Desse modo, a holding lançou uma nova marca, a Anacapri, voltada para a produção de calçados com preços mais acessíveis.

Por outro lado, Alexandre focou no mercado de luxo, por meio do lançamento de uma marca com seu nome. Os calçados eram feitos com matérias-primas exóticas e com produção artesanal. Eles começaram a ser vendidos nos Estados Unidos, em 2009, em lojas de departamento de alto padrão.

No mesmo ano de lançamento da nova linha, uma personagem da série Gossip Girl, sucesso na época, apareceu usando uma botinha da marca.

Apesar de Alexandre afirmar que não foi uma ação paga, o resultado nas vendas foi espetacular. Posteriormente, em uma ação de marketing, celebridades foram contratadas para usar os calçados de Alexandre Birman e, com isso, a marca se consolidou internacionalmente.

Com o sucesso das empresas, a Arezzo&Co decidiu abrir o capital, em 2010. Muitos investidores ficaram interessados, tanto que o preço por ação ficou acima do previamente estabelecido.A abertura de capital levantou R$ 568,8 milhões, sendo que R$195,5 milhões foram na oferta primária, ou seja, esse valor entrou para o caixa da companhia.

Além disso, no primeiro dia de estreia da empresa na bolsa, as ações tiveram uma valorização de 12%. O próximo passo dado pela marca foi a mudança de gestão. Dessa maneira, Alexandre Birman assumiu a empresa, em 2013. Porém, antes de assumir, ele foi estudar uma disciplina de gestão avançada, em Harvard.

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Fontes: Infomoney, Neofeed e Suno, G4 Educação, V4 Company