Marcela Benati, quem é? Biografia e carreira da sexóloga da Víbrio

Marcela Benati é psicóloga e especialista em sexualidade humana. O foco de atuação de Marcela, está na importância do sexo para a saúde física e mental.

Marcela também é sexóloga da Vibrio, onde explica sobre a importância do sexo e do autoconhecimento corporal para a saúde.

Nesta biografia você vai conhecer não apenas a história de vida de Marcela Benati, mas também algumas dicas para melhorar sua saúde sexual. Confira:

Infância de Marcela Benati

Marcela Curado Fernandes nasceu no dia 10 de outubro de 1995, em Pirenópolis, Goiás. Os seus pais são Poliany Pina Curado Fernandes e Marcelo Sousa Fernandes. Na infância, Marcela morava na cidade, mas passava boa parte das férias e finais de semana na fazendo do pai.

No interior, Marcela gostava de brincar com terra, subir em árvores e correr livremente. Uma curiosidade é que a maioria das pessoas que nasce em Pirenópolis toca algum instrumento musical e já fez ou faz parte de alguma banda. 

Dessa maneira, a música sempre esteve presente na infância de Marcela. Ela aprendeu a tocar violão aos 12 anos de idade e também gostava de cantar.

Marcela era muito desinquieta, questionadora, curiosa e sempre gostou muito de entender sobre o funcionamento das coisas. Inclusive, quando a sua mãe a levava ao médico, assim que elas saíam do consultório, Marcela já avisava que não iria tomar as medicações que o médico havia passado, sem antes verificar se elas eram as corretas.

O único médico da cidade não tinha lá uma boa fama, mas mesmo que tivesse, Marcela sentia a necessidade de saber o que ela estava tomando e para quê. Dessa forma, ela estudava sobre cada um dos remédios passados e determinava quais faziam sentido para a sua doença e quais ela não iria tomar. Até hoje Marcela entende muito de medicações e está montando uma equipe voltada para essa área.

Em resumo, a medicina tradicional possui muitos furos e pesquisas manipuladas pela indústria farmacêutica que faz com que as pessoas tomem mais remédios do que o necessário. O objetivo de Marcela é reunir médicos, psiquiatras e homeopatas para buscar a raiz do problema que ocasionou algum sintoma ou doença, e fazer o tratamento dessa fonte.

Marcela Benati o TDAH

Na escola, Marcela sempre tirou boas notas, mas não suportava ficar muito tempo em sala de aula, pois era muito inquieta. O motivo para essa inquietude era o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), que Marcela foi descobrir somente quando estava cursando a faculdade de psicologia.

Basicamente, no início da faculdade, Marcela percebeu que ela funcionava de maneira diferente das outras pessoas. Desse modo, ela procurou ajuda profissional e descobriu que realmente tinha TDAH. Ela fez também algumas avaliações, uma delas foi a avaliação neuropsicológica.

Por meio dessa avaliação, é possível descobrir todos os pontos do seu TDAH, o que você é mais avançado e o que te atrapalha. Essa avaliação também indica se é preciso fazer reabilitação. Como o TDAH estava prejudicando muito a vida de Marcela, ela teve que fazer reabilitação com uma neuropsicóloga, tomar medicação e fazer terapia.

Em síntese, o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que em cada criança se manifesta de uma maneira. Na Marcela, ele apareceu através da impulsividade, agressividade em alguns momentos e inquietação. Além disso, ela tinha dificuldade em passar longos momentos escutando ou vendo alguma coisa. Ela conseguia entender os assuntos rapidamente, mas não conseguia ficar parada horas estudando sobre ele.

Entretanto, assim como toda criança com TDAH, quando Marcela se deparava com assuntos que realmente chamavam sua atenção, ela conseguia passar horas com foco (é o chamado superfoco) em um único assunto. No caso de Marcela, o superfoco estava em descobrir coisas, geralmente voltadas à saúde e ao corpo humano.

Como lidar com o TDAH?

Hoje em dia, Marcela Benati não toma mais remédios e aprendeu a aceitar as limitações e potencialidades do TDAH. Se você tem TDAH, Marcela dá algumas dicas para se organizar e ser produtivo:

1- Avaliação neuropsicológica: Fazer a avaliação é muito importante pois te ajuda a entender quais são suas limitações, potencialidades e se você precisa fazer reabilitação. Desse modo, ela serve como ponto de partida para que você possa lidar com o TDAH e aproveitar as potencialidades que ele possui, como por exemplo, o superfoco.

2- Terapia: É normal que inicialmente você sinta dificuldades em lidar com o TDAH. Neste caso, você pode fazer terapia para aprender a se aceitar como você é. Inclusive, você pode aprender a usar suas potencialidades para se destacar na sua área.

3- Rotina: As pessoas com TDAH de maneira geral possuem dificuldades em seguir a mesma rotina todos os dias. Sendo assim, o ideal é que depois de conhecer seus pontos fortes e fracos, você monte uma rotina com a ajuda de um profissional.

Em outras palavras, você deve se conhecer, se aceitar e com a ajuda de um profissional montar uma rotina que seja adequada para uma pessoa com TDAH. Caso contrário, você pode se ver preso em uma rotina que te gera muita angústia e ansiedade, sendo que, geralmente, as pessoas com TDAH já são bastante ansiosas.

4- Agenda: A quarta dica da Marcela é ter uma agenda. Ter uma agenda é fundamental para que você se lembre quais são seus afazeres e não ficar perdido. Marcela salienta que é normal que uma pessoa com TDAH perca a agenda. Por isso, é preciso recorrer a adaptações, como, por exemplo, agenda online.

Estudos de Marcela Benati

Marcela se mudou para Goiânia para fazer faculdade. Na época, foi difícil escolher entre psicologia e medicina. O seu desejo era entender o funcionamento do ser humano e o porquê as pessoas são tão diferentes e pensam e agem de forma tão diversa.

Esse desejo era derivado de sua própria vivência. Isso porque ela queria entender o  porquê outras pessoas ficavam horas sentadas na sala de aula sem problemas e ela simplesmente não conseguia ficar quieta dessa maneira. A dificuldade para escolher entre psicologia e medicina deriva do fato de que Marcela não sabia qual das duas iria lhe dar mais respostas.

No fim das contas, Marcela decidiu cursar dois períodos de psicologia e depois fazer a transferência para medicina. Porém, ela se apaixonou pelo curso, não porque ele lhe dava as respostas, mas porque ele fazia com que ela se questionasse ainda mais.

Apesar de inicialmente não saber qual curso iria ter mais respostas, hoje em dia Marcela admite que nenhuma das duas áreas possuem todas as respostas. Sendo assim, ela ainda continua na busca pelo entendimento e descobrimento de novos aspectos do ser humano. Enfim, Marcela cursou psicologia na PUC-GO e se formou em 2018.

Carreira de Marcela Benati

Na faculdade de psicologia, Marcela estudou diversos campos, abordagens terapêuticas e métodos científicos, como, por exemplo, psicologia jurídica, neuropsicologia, saúde mental, psicologia comportamental, psicodrama, reabilitação, psiquiatra, psicologia empresarial, anatomia, anatomia do sistema nervoso, psicofarmacologia e gestalterapia.

Depois de formada, ela se especializou em gestalterapia e foi convidada para fazer residência em um instituto de psiquiatria. Neste instituto, ela acompanhou desde o primeiro atendimento médico em pacientes psiquiátricos, até as internações, eletroconvulsoterapia e demais procedimentos.

Paralelamente, ela fazia aulas junto com os residentes médicos e o acompanhamento terapêutico nos pacientes. Como era um acompanhamento bem completo, ela aprendeu bastante sobre psicofarmacologia. Além de acompanhar os pacientes adultos na clínica, ela intervia nas crianças.

Dessa forma, ela trabalhou com autismo, esquizofrenia, transtorno bipolar, borderline, TDAH, dentre outros. Posteriormente, Marcela começou a fazer intervenções nas casas dessas crianças. Nessa época, Marcela percebeu que era impossível fazer o acompanhamento dessas crianças sem o auxílio dos pais.

Logo, ela passou a se interessar pelo estudo da família e se apaixonou pela complexidade dos casais. O próximo passo foi fazer especialização em atendimento de casais e depois ela notou que não era possível trabalhar o casal, sem trabalhar a relação sexual. Dessa maneira, ela decidiu fazer outra especialização, dessa vez em sexologia.

Sexo é saúde

Apesar de ainda ser um tabu na sociedade, Marcela explica que o sexo é saúde. Isso porque, ele é uma reação fisiológica do corpo. Em outras palavras, o sexo é uma necessidade básica do corpo, capaz de promover saúde mental e física. Sendo que, essa reação fisiológica reflete e depende da sua saúde física e do seu biológico.

Basicamente, o seu corpo precisa estar com todas as vitaminas e minerais em dia para ser estimulado a produzir os hormônios do sexo. Sendo assim, se você os produz isso vai se manifestar na libido que é o desejo sexual e todas as reações naturais do corpo a esse desejo.

Contudo, essas reações não dependem somente do corpo, mas também do psicológico, do que sexo representa, da forma que você interage com o seu corpo e das experiências que você teve a respeito de sexo.

Neste ponto entra o social, ou seja, se você não tem saúde social e não consegue se relacionar com o outro, isso vai refletir diretamente no seu comportamento sexual. Sendo assim, se você tem uma vida sexual saudável, isso está refletindo sua saúde integral e automaticamente contribuindo para ela.

Marcela destaca que isso é importante, “pois estimula seu corpo na liberação de hormônios e neurotransmissores muito importantes para o bem estar, que em conjunto com o cuidado com o corpo e mental, produz qualidade de vida, melhorando do sono, sensação de bem estar, prevenção de doenças crônicas, aumenta a imunidade do corpo, previne a depressão e é um dos melhores analgésicos naturais”.

Como o corpo se prepara para o sexo?

Primeiramente é preciso entender que a estimulação sexual afeta o sistema límbico, isso quer dizer que a área responsável pelo prazer é ativada.

Logo, o coração acelera causando maior distribuição de sangue nos músculos, principalmente na região pélvica, os músculos se contraem pela liberação de adrenalina. Isso ocorre juntamente com o sistema nervoso parassimpático, o que causa a produção de mais saliva.

Marcela explica ainda que todo o corpo, fica preparado para essas liberações, sofrendo alterações na relação. Por exemplo, a contração pélvica provoca liberação de vários hormônios, como a endorfina, e é isso que dá a sensação de prazer e a ocitocina que regula as emoções e o humor, que pode diminuir a sensação de estresse. E no final, tem a noradrenalina, que vai causar toda sensação de relaxamento.

Compreender todos esses fatores é importante para que você possa entender como o sexo causa uma alteração grande no corpo e como ele é fundamental para a saúde e bem estar. Se você não estiver com a saúde em dia, você não vai conseguir alcançar esses benefícios físicos e mentais causados pelo sexo.

Dicas sobre sexo

Marcela Benati dá algumas dicas para quem não está satisfeito com a sua vida sexual ou deseja apimentar a relação com alguns brinquedos sexuais.

1- Autocontato

A primeira dica de Marcela para melhorar a relação sexual é conhecer o próprio corpo. Você deve saber quais os estímulos que seu corpo responde, o que te excita e ter autocontato. Nesse processo você pode sempre buscar por inovações que podem te ajudar a se estimular.

Depois, se existir um parceiro ou parceira, vocês podem descobrir juntos o que faz sentido para cada um, e sempre dizer o que gosta e o que não gosta. Marcela destaca ainda que o ato sexual, como qualquer outra coisa, vai mudando em cada fase da vida. Portanto, o que te excitava antes, pode não fazer mais sentido. Por isso, é muito importante estar sempre atento e em contato com o próprio corpo.

2- Masturbação feminina

A masturbação feminina é um verdadeiro tabu, apesar de ser extremamente importante para a saúde feminina. Marcela explica que as mulheres, diferente dos homens, é menos visual. Sendo assim, as mulheres precisam se imaginar para ativar o desejo através da estimulação do cérebro. Por isso, é muito importante a masturbação e o constante contato com o conteúdo sexual.

O corpo feminino possui diversos pontos extremamente estimulantes que precisam do autocontato para serem descobertos. Marcela salienta que “a mulher que se toca e se conhece, tem uma autoestima melhor, pois tem domínio do próprio prazer e isso causa efeitos psicológicos extraordinários. Desse modo, a mulher se torna mais segura no ato sexual e ainda se beneficia de todos os hormônios do prazer liberados”.

Se você ainda não se toca e está perdida de por onde começar, a dica de Marcela é começar pela estimulação mental. Ou seja, preste atenção no que te excita, como por exemplo, literatura erótica. Depois você pode começar a se estimular de forma confortável, que não vai te deixar incomodada. Marcela explica que você pode começar a se tocar com as mãos e usar também alguns brinquedos sexuais, como bullet e vibradores.

3- Brinquedos sexuais

Por fim, se você deseja apimentar um pouco mais a relação sexual, você pode usar brinquedos. Alguns homens possuem um certo receio em relação a alguns desses brinquedos. Portanto, é importante que o casal converse sobre o assunto e pesquisem sobre os benefícios do uso para o casal.

A dica é encontrar o brinquedo que desperta a curiosidade nos dois e que juntos vocês possam utilizá-lo. Além disso, na hora do sexo deixe fluir aos poucos, sem tentar forçar o uso. Depois da relação, vale a pena analisar se os dois gostaram da experiência ou se é melhor tentar outros brinquedos.

Para saber mais dicas sobre sexo, você pode seguir o Instagram da Vibrio, onde Marcela compartilha várias dicas. Ou mesmo o Instagram da própria Marcela. Enfim, agora que você conhece a biografia de Marcela Benati e algumas dicas sobre sexo, veja o Podcast do Investidor Sardinha, com participação dela:

E aí, gostou de conhecer a biografia de Marcela Benati? Então aproveite para conhecer o perfil de Raul Sena, Pietro Krauss, Lara Brenner, Cristiana Arcangeli, Nathalia Arcuri e Duda Vieira.

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