11 de janeiro de 2021 - por Nathalia Lourenço
Os derivativos são instrumentos financeiros que têm seus preços baseados nos valores de outros ativos, como a soja (ativo físico) ou ações (ativos financeiros).
Como os derivativos dependem de outros ativos, eles sofrem oscilações conforme o ativo subjacente. Ou seja, os lucros e perdas do investidor são influenciados pelas variações do ativo de origem do derivativo.
Embora ofereçam vantagens, como a possibilidade de proteger a carteira e diversificar os investimentos, especialistas não recomendam que investidores pouco experientes operem com derivativos, pois esses investimentos são arriscados.
O que são derivativos
Os derivativos são instrumentos financeiros com o preço oriundo do valor de um ativo, um índice ou ainda uma taxa de referência. Dessa maneira, os derivativos podem ser provenientes de ativos físicos, como café e soja ou podem ser derivados de ativos financeiros como ações e moedas.
Quando o investidor decide negociar derivativos, como por exemplo, o contrato futuro de dólar, ele não está negociando o dólar de fato. Neste caso, o contrato está apenas baseando o seu valor na cotação do dólar.
Tipos de derivativos
Os derivativos são categorizados em quatro tipos: Mercado a termo, mercado futuro, mercado de opções e contratos de swap.
1- Mercado a termo
O mercado a termo funciona por meio do compromisso entre um comprador e um vendedor. Dessa maneira, eles negociam a compra/venda de um ativo com preço e data futura.
Portanto, na data estabelecida o comprador deve adquirir os ativos e o vendedor deve entregar os ativos pelo preço previamente combinado.Este tipo de derivativo pode ser negociado na bolsa ou no mercado de balcão, e o preço negociado é fixo.
2- Mercado futuro
Esta segunda opção de negociação de derivativos funciona de maneira similar ao mercado a termo. Entretanto, no mercado futuro a cotação dos ativos oscila até a data de liquidação do contrato.
Os contratos futuros passam por ajustes diários. Sendo assim, os investidores podem ter lucros ou perdas todos os dias, de acordo com as oscilações do mercado. Alguns exemplos de produtos negociados em contratos futuros são: boi gordo, milho, algodão e soja.
Ao negociar no mercado futuro, o investidor adquire contratos ou mini contratos de compra ou venda de um ativo por determinado valor em uma data futura.
Um detalhe importante, é que o investidor não precisa ficar com o contrato até a data de liquidação, ele pode vender antes. Essa possibilidade de venda, garante uma boa liquidez ao mercado futuro.
3- Opções
No mercado de opções são negociados os direitos de compra ou venda de um ativo com preços e data futuro. Dessa forma, neste tipo de mercado, os investidores negociam direitos (e não obrigações), de venda e compra de ações, com preços e prazo determinados.
Alguns termos são importantes dentro do mercado de opções: o titular é o investidor que realiza a compra da opção. Já o vendedor da opção é chamado de lançador. Para finalizar, temos o prêmio, um valor em dinheiro que proporciona a garantia do direito sobre a venda ou compra de determinado ativo-objeto.
4- Swap
O contrato de swap funciona como um acordo de troca de rentabilidade de dois ativos. Desse modo, dois investidores realizam a troca do fluxo de caixa entre si, sempre tendo como base a rentabilidade de um dos ativos em comparação com a rentabilidade do outro.
Para que servem os derivativos?
Os derivativos têm seus preços baseados no valor de um ativo, seja ele físico ou financeiro. Existem diversas formas de negociar derivativos, como contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps.
Esses instrumentos podem ser negociados tanto no mercado de balcão quanto na B3. As negociações acontecem entre um comprador e um vendedor, com prazos e preços definidos para uma data futura.
Os lucros com derivativos dependem das oscilações do ativo subjacente. Ou seja, o investidor pode ganhar ou perder conforme sua posição e as flutuações do mercado.
Leia mais: B3: qual é a história e como funciona a bolsa de valores do Brasil?
Quais são as vantagens dos derivativos?
Uma vantagem dos derivativos, em comparação com outros tipos de investimentos, é a possibilidade de lucrar tanto com a alta quanto com a baixa do mercado. Você pode apostar na valorização ou desvalorização de um ativo e ganhar independentemente da tendência do mercado.
Essa flexibilidade, que permite ganhar tanto na alta quanto na baixa, faz com que operar com derivativos seja uma forma eficaz de proteger a carteira. Por exemplo, apostar na queda do mercado pode ajudar a equilibrar as perdas causadas pela desvalorização de outros ativos na carteira.
Outra vantagem é a diversificação da carteira de investimentos, o que contribui diretamente para a redução dos riscos.
Além disso, os derivativos oferecem a possibilidade de operar com alavancagem. Embora a alavancagem aumente o potencial de ganhos, ela também amplifica os riscos das operações, o que pode ser visto como uma desvantagem.
Saiba mais: Alavancagem: o que é, como funciona e quais os riscos da prática?
E quais são as desvantagens?
Operar com derivativos envolve diferentes níveis de risco, que variam conforme a abordagem e a estratégia do investidor. No entanto, o risco de perder dinheiro é sempre presente, pois estamos lidando com investimentos de renda variável, que são sujeitos a oscilações constantes.
Apesar disso, o investidor pode adotar algumas atitudes para reduzir os riscos associados às operações. Em primeiro lugar, é essencial que ele busque conhecimento sobre o mercado de derivativos antes de começar a operar. Estudar análise gráfica, por exemplo, pode ser uma ferramenta útil.
Além disso, conhecer as estratégias utilizadas por profissionais e escolher aquelas que melhor se alinham aos seus objetivos ajuda a minimizar os riscos. Por fim, antes de investir de forma real, recomenda-se operar com simuladores, o que permite ganhar experiência e evitar perdas no primeiro erro.
Leia também: Renda variável, o que é? Definição, vantagens, riscos e como investir
Como investir em derivativos
O primeiro passo para investir em derivativos é conhecer seu perfil de investidor. Por se tratar de um investimento com altos riscos, os derivativos não são recomendados para todos os perfis de investidores.
Além disso, operar com derivativos exige um acompanhamento constante, então você precisa ter uma dedicação maior do que em outros tipos de investimentos.
O segundo passo é estabelecer seus objetivos e traçar estratégias para alcançá-los. Essa etapa é muito importante, já que sem estratégia você pode ter grandes prejuízos. Se preciso, reserve um tempo para estudar mais a fundo as possíveis estratégias de investimentos em derivativos, antes de começar a operar.
O terceiro passo é escolher uma corretora de valores. Neste momento, leve em consideração as taxas cobradas para operar e a qualidade dos serviços prestados. Por fim, o quarto passo é começar a investir.
E aí, gostou de aprender sobre derivativos? Então aproveite para aprender tudo sobre Contrato futuro, o que é? Como funciona, códigos, tipos e como investir
Fontes: Rico, Infomoney e Suno