Derivativos, o que são? Como funcionam, tipos, riscos e como investir

11 de janeiro de 2021, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 6 min, 28 seg


Os derivativos são instrumentos financeiros com preços baseados nos valores de outros ativos, que podem ser do tipo físico como a soja, ou podem ser financeiros, como as ações. 

Como são lastreados em outros ativos, os derivativos passam por oscilações conforme o ativo que ele se basear. Ou seja, os lucros e perdas do investidor são influenciados pelas variações do ativo que o derivativo for oriundo. 

Apesar de apresentar algumas vantagens, como a possibilidade de proteção da carteira e diversificação dos investimentos, operar com derivativos não é recomendado para investidores pouco experientes, já que se trata de investimentos bastante arriscados. 

O que são derivativos

Os derivativos são instrumentos financeiros com o preço oriundo do valor de um ativo, um índice ou ainda uma taxa de referência. Dessa maneira, os derivativos podem ser provenientes de ativos físicos, como café e soja ou podem ser derivados de ativos financeiros como ações e moedas. 

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Quando o investidor decide negociar derivativos, como por exemplo, o contrato futuro de dólar, ele não está negociando o dólar de fato. Neste caso, o contrato está apenas baseando o seu valor na cotação do dólar. 

Como os derivativos funcionam

Os derivativos funcionam com base no preço de determinado ativo, seja ele físico ou financeiro. Desse modo, existem formas diferentes de se negociar um derivativo, podendo ser por meio de contratos a termo, contratos futuros, opções ou swaps. 

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Os derivativos podem ser negociados no mercado de balcão ou na B3. Sendo assim, as negociações funcionam por meio de um vendedor e um comprador, com prazos e preços definidos para um data futura.

Além disso, os lucros com os derivativos, são resultado da oscilação do ativo que o derivado for oriundo. Ou seja, o investidor pode ganhar ou perder de acordo com a sua posição e as oscilações do mercado.

Tipos de derivativos

Os derivativos são categorizados em quatro tipos: Mercado a termo, mercado futuro, mercado de opções e contratos de swap.

1- Mercado a termo

O mercado a termo funciona por meio do compromisso entre um comprador e um vendedor. Dessa maneira, eles negociam a compra/venda de um ativo com preço e data futura.

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Portanto, na data estabelecida o comprador deve adquirir os ativos e o vendedor deve entregar os ativos pelo preço previamente combinado. Este tipo de derivativo pode ser negociado na bolsa ou no mercado de balcão, e o preço negociado é fixo. 

2- Mercado futuro

Esta segunda opção de negociação de derivativos funciona de maneira similar ao mercado a termo. Entretanto, no mercado futuro a cotação dos ativos oscila até a data de liquidação do contrato.

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Os contratos futuros passam por ajustes diários. Sendo assim, os investidores podem ter lucros ou perdas todos os dias, de acordo com as oscilações do mercado. Alguns exemplos de produtos negociados em contratos futuros são: boi gordo, milho, algodão e soja. 

Ao negociar no mercado futuro, o investidor adquire contratos ou mini contratos de compra ou venda de um ativo por determinado valor em uma data futura.

Um detalhe importante, é que o investidor não precisa ficar com o contrato até a data de liquidação, ele pode vender antes. Essa possibilidade de venda, garante uma boa liquidez ao mercado futuro. 

3- Opções

No mercado de opções são negociados os direitos de compra ou venda de um ativo com preços e data futuro. Dessa forma, neste tipo de mercado, os investidores negociam direitos (e não obrigações), de venda e compra de ações, com preços e prazo determinados.

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Alguns termos são importantes dentro do mercado de opções: o titular é o investidor que realiza a compra da opção. Já o vendedor da opção é chamado de lançador. Para finalizar, temos o prêmio, um valor em dinheiro que proporciona a garantia do direito sobre a venda ou compra de determinado ativo-objeto. 

4- Swap

O contrato de swap funciona como um acordo de troca de rentabilidade de dois ativos. Desse modo, dois investidores realizam a troca do fluxo de caixa entre si, sempre tendo como base a rentabilidade de um dos ativos em comparação com a rentabilidade do outro. 

Riscos dos derivativos

Operar com derivativos possui diferentes graus de risco, de acordo com a abordagem do investidor e da estratégia utilizada. Contudo, o risco de perder dinheiro sempre existe, afinal de contas, se trata de um investimento de renda variável, que passa por oscilações. 

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No entanto, algumas atitudes por parte do investidor podem diminuir os riscos envolvidos com as operações. Primeiramente, é importante que, antes de começar a operar com derivativos, o investidor busque conhecimento sobre a área. Aprender sobre análise gráfica também pode ser útil.

Outra dica para diminuir os riscos com derivados, é conhecer as estratégias usadas pelos profissionais e definir qual estratégia se encaixa com os seus objetivos. Por fim, antes de investir de fato, opere com simuladores, assim você evita quebrar no primeiro erro. 

Vantagens e desvantagens

Uma vantagem dos derivativos, em comparação com outros tipos de investimentos, é a possibilidade de ganhar na alta ou na baixa. Isso porque você pode apostar a favor da valorização ou desvalorização, e assim ganhar em qualquer tendência do mercado. 

Justamente por possibilitar ganhar na alta e na baixa, operar com derivativos pode ser visto como uma espécie de proteção da carteira. Os ganhos ao apostar, por exemplo, na baixa do mercado, equilibram as perdas com a desvalorização de outros ativos na carteira.

Outra vantagem, é a diversificação da carteira de investimentos, o que também contribui para a diminuição dos riscos da mesma. 

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The cap

Temos ainda como vantagem a possibilidade de operar com alavancagem. Porém, ao mesmo tempo em que a alavancagem possibilita que o investidor potencialize seus ganhos, ela também aumenta os riscos com as operações, o que pode ser considerado como desvantagem. 

Outro ponto a se considerar, são os riscos. Operar com derivativos não é recomendado para os investidores iniciantes. Afinal, tratam-se de ativos arriscados, que podem trazer grandes lucros ou amargas perdas. 

Como investir em derivativos

O primeiro passo para investir em derivativos é conhecer seu perfil de investidor. Por se tratar de um investimento com altos riscos, os derivativos não são recomendados para todos os perfis de investidores.

Além disso, operar com derivativos exige um acompanhamento constante, então você precisa ter uma dedicação maior do que em outros tipos de investimentos.

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O segundo passo é estabelecer seus objetivos e traçar estratégias para alcançá-los. Essa etapa é muito importante, já que sem estratégia você pode ter grandes prejuízos. Se preciso, reserve um tempo para estudar mais a fundo as possíveis estratégias de investimentos em derivativos, antes de começar a operar. 

O terceiro passo é escolher uma corretora de valores. Neste momento, leve em consideração as taxas cobradas para operar e a qualidade dos serviços prestados. Por fim, o quarto passo é começar a investir.

E aí, gostou de aprender sobre derivativos? Então aproveite para aprender tudo sobre Contrato futuro, o que é? Como funciona, códigos, tipos e como investir

Fontes: Rico,  Infomoney e Suno

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