25 de julho de 2025 - por Diogo Silva

Você provavelmente já ouviu falar sobre a Euribor, mas não sabe o que de fato é e como influencia no mercado mundial. A Euribor desempenha um papel importante na vida das pessoas, uma vez que influencia nas prestações a pagar pelos produtos e taxas de juros, empréstimos ou contas poupança.
Mas como é isso? Bom, trouxemos tudo bem detalhado a seguir.
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O que é Euribor?
A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é uma taxa de juros que mostra, na prática, quanto os maiores bancos da Europa cobram para emprestar dinheiro entre eles, sempre em euros e por prazos curtos, que vão de uma semana até um ano.
Todo dia, esses bancos dizem a que juros aceitariam fazer esses empréstimos, e a partir disso, é feita uma média, descartando as taxas muito altas e muito baixas para não ter exagero. Essa média é a chamada Euribor do dia.
Pode parecer algo meio distante, só coisa de banco, mas a verdade é que ela mexe bastante com a vida da gente, principalmente se você tem algum financiamento ou empréstimo com juros que mudam.
Isso porque muitos desses contratos usam a Euribor como base para calcular os juros. Ou seja, quando a Euribor sobe, as parcelas podem ficar mais caras; quando ela cai, o valor que você paga diminui.
Então, mesmo que a gente não veja essa palavra todo dia, a Euribor é tipo um termômetro do custo do dinheiro na Europa.
E, no fim das contas, ela influencia o quanto vai pesar no seu bolso, seja no financiamento da casa, no empréstimo do carro ou em outros tipos de crédito.
Quais são as taxas Euribor?
A Euribor não é uma única taxa fixa, mas sim um conjunto de taxas que variam conforme o prazo pelo qual os bancos emprestam dinheiro uns aos outros.
Esses prazos podem ser de uma semana, um mês, três meses, seis meses ou até um ano. Cada uma dessas taxas reflete o custo médio do dinheiro para aquele período específico.
Por exemplo, a Euribor de três meses indica quanto, em média, os bancos cobram para empréstimos com duração de três meses. Já a de seis meses é usada para operações com prazo um pouco maior.
Essa variação é fundamental porque muitos contratos financeiros, como financiamentos imobiliários ou empréstimos pessoais, se baseiam na taxa que melhor corresponde ao tempo da operação.
Na prática, as taxas de três, seis e doze meses são as que mais aparecem no dia a dia, especialmente quando falamos de financiamentos de longo prazo.
Entender que a Euribor varia conforme o prazo ajuda a compreender por que os juros podem mudar e como isso impacta diretamente o que pagamos ou recebemos.
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Quais fatores afetam a Euribor?
A Euribor muda de acordo com o que está acontecendo no mercado financeiro e na economia. Um dos principais motivos é o que o Banco Central Europeu faz com os juros básicos, quando ele sobe esses juros, o dinheiro fica mais caro para os bancos, e a Euribor sobe junto. Quando ele baixa, o dinheiro fica mais barato, e a taxa também cai.
Também importa muito quanto dinheiro está disponível e quanto os bancos precisam. Se vários bancos querem pegar dinheiro ao mesmo tempo, a taxa sobe porque a procura aumenta. Se o dinheiro está sobrando, a taxa cai.
Além disso, a inflação e as expectativas sobre a economia influenciam bastante. Quando a inflação está alta, os juros sobem para tentar controlar os gastos, e isso acaba puxando a Euribor para cima.
A confiança entre os bancos também conta muito. Em momentos difíceis, quando ninguém sabe direito o que vai acontecer, os bancos ficam mais cautelosos e cobram mais para emprestar, porque o risco de não receber de volta é maior. Isso faz a taxa subir.
E claro, o mundo está conectado. O que acontece fora da Europa, como crises ou mudanças econômicas, também mexe com a Euribor.
Como funciona a Euribor?
Sabe quando você quer entender quanto custa pegar dinheiro emprestado? A Euribor funciona mais ou menos assim, mas entre os maiores bancos da Europa.
Todo dia, esses bancos se perguntam quanto eles cobrariam para emprestar dinheiro a outros bancos. Cada um dá seu palpite, e aí juntam tudo, tiram as respostas que estão muito longe e fazem uma média do que sobrou. Essa média é o que chamamos de Euribor do dia para aquele prazo.
Agora, por que isso importa para a gente? Porque muitos empréstimos e financiamentos, como o da casa ou do carro, usam a Euribor para definir os juros.
Então, quando essa taxa sobe, o dinheiro fica mais caro; quando ela cai, fica mais barato. No fundo, a Euribor é um jeito de saber como os bancos estão se sentindo e isso acaba dizendo muito sobre como está a economia naquele momento.
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Onde a Euribor é utilizada?
A Euribor é usada como referência para calcular os juros de muitos empréstimos e financiamentos, especialmente os bancários.
Quando essa taxa sobe, os juros e as parcelas também aumentam. Quando ela cai, o crédito fica mais barato. A taxa de três meses é a mais comum nesse tipo de cálculo.
Ela também influencia os rendimentos da poupança e dos depósitos a prazo. Se a Euribor está baixa, os ganhos com esse tipo de investimento tendem a ser menores.
No mercado financeiro, a Euribor serve de base para operações como swaps, opções e contratos futuros. E no crédito imobiliário, ela tem um peso ainda maior, já que é usada para calcular o custo dos financiamentos habitacionais.
Por isso, é importante considerar não só a Euribor, mas também o spread que o banco aplica e a TAN, que mostra o custo total do crédito.
Como a Euribor influencia as finanças?
A Euribor pode parecer algo distante, mas ela afeta diretamente o que a gente paga ou recebe em muitas situações do dia a dia.
Quando você faz um financiamento, por exemplo, os juros costumam seguir essa taxa. Se a Euribor sobe, as parcelas aumentam; se ela cai, o crédito fica mais leve, como foi dito acima.
Ela também influencia investimentos como a poupança. Quando a taxa está baixa, os rendimentos diminuem, o que pode frustrar quem depende desse dinheiro.
E para as empresas, a lógica é parecida. Se o custo de financiamento sobe, elas investem menos ou acabam repassando isso nos preços.
No fim das contas, mesmo sem perceber, muita gente sente os efeitos da Euribor no bolso; em casa, nos negócios e até nas pequenas decisões do dia a dia.
Importância da Euribor
Sabe aquela coisa que parece distante, cheia de números e termos difíceis? A Euribor é exatamente o oposto disso, mesmo que nem todo mundo perceba.
Ela está ali, no meio do caminho entre os bancos, as famílias e as decisões que a gente toma todos os dias.
Quando você decide comprar a casa dos seus sonhos, fazer um financiamento ou até pensar em um empréstimo, a Euribor está no coração disso tudo.
Ela ajuda a definir quanto vai custar esse dinheiro para você. E isso mexe com a vida, de verdade, porque parcela mais alta ou mais baixa pode significar noites mal dormidas, apertos no orçamento ou a chance de respirar um pouco mais aliviado no fim do mês.
No fundo, a Euribor é um fio invisível que liga o mundo gigante dos bancos ao nosso dia a dia, às nossas escolhas, aos nossos sonhos e preocupações.
E mesmo sem a gente perceber, ela está ali, moldando o que acontece com o nosso dinheiro, com o que a gente pode fazer ou não, com o futuro que a gente quer construir.
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História da Euribor
Durante um período muito especial para a Europa, no final dos anos 90, surgiu a Euribor, que se unia ao sonho de criar o euro.
Porém, junto com esse sonho, veio um grande desafio, que era encontrar uma forma de fazer os bancos de países diferentes falarem a mesma língua na hora de emprestar dinheiro.
Antes da ideia, cada um fazia do seu jeito, o que acabava complicado a vida de quem precisava de crédito. Então nasceu, de fato, a Euribor, além de uma simples taxa. Ela era uma referência clara e confiável, um tipo de fio que conecta todas as instituições financeiras.
A partir dali, os bancos começaram a ter um padrão comum para negociar entre si. Isso trouxe mais transparência e segurança para todo o sistema. Mais importante do que isso, a transparência da Euribor refletia no dia a dia das pessoas.
Mais do que somente números, essa é uma história de cooperação e confiança entre os países que abraçaram a causa, buscando as soluções que beneficiam não apenas os grandes, mas também pessoas comuns.
É como se fosse uma mão que ajuda a equilibrar as relações financeiras e garantir o sonho e planos de todos.
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Fontes: Mais Retorno; Santander; CGD; Suno; A Banca; Activo Bank