ETFs de Bitcoin no Brasil – Como funcionam e quais são eles

2 de abril de 2021, por Jaíne Jehniffer

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Em breve, o primeiro ETFs de Bitcoin do Brasil será lançado. Essa alternativa possibilita que mais pessoas possam investir em moedas digitais, sem necessariamente aplicar diretamente nelas.

Dessa maneira, os investidores que desejam diversificar a carteira de investimentos, podem recorrer aos ETFs de Bitcoin. Porém, é importante considerar se esse é o ativo mais recomendado para o seu perfil de investidor, já que as criptomoedas passam por constantes oscilações.

Lembrando que, apesar de explicarmos sobre o funcionamento de ETFs de Bitcoin, esse texto não deve ser considerado como uma recomendação de investimentos.

Como os ETFs de Bitcoin funcionam

O funcionamento dos Exchange Traded Funds (ETFs) é bem parecido com os fundos de investimentos. Logo, a administração dele fica por conta de uma gestora especializada e suas cotas estão disponíveis para serem adquiridas na bolsa de valores, de maneira bem parecida com a negociação de ações.

A diferença principal entre os fundos de investimento e os ETFs, é que os fundos são focados em aplicar em ativos de acordo com a política do fundo. Já os ETFs, investem sempre nos mesmos ativos e na mesma proporção da carteira teórica do índice que ele segue. A intenção é que o retorno do ETF seja similar ao índice que ele replicar.

Portanto, os ETFs de criptomoedas são focados em replicar algum índice de referência que tenha em sua carteira moedas digitais, como o índice Nasdaq Crypto Index (NCI). A expectativa é que, com os novos ETFs de Bitcoin no Brasil, mais investidores possam aplicar em criptomoedas. 

ETFs de Bitcoin no Brasil - Como funcionam e quais são eles

Money times

Ao aplicar em ETFs de Bitcoin, o investidor conta com a administração de uma gestora especializada. Sendo assim, a responsabilidade pelas negociações e a segurança das moedas digitais, passa a ser da empresa e não dos investidores. Isso facilita bastante para que novos investidores possam ter parte da carteira destinada a esse tipo de ativo.

Por outro lado, temos como desvantagem o fato de que os ETFs não contam com isenção de Imposto de Renda na venda, ao passo que o Bitcoin possui. Além disso, para as pessoas que gostam de estar completamente no controle da sua carteira, o fato de uma gestora controlar os ativos, é visto como uma desvantagem.

ETFs de Bitcoin no Brasil

Dois novos ETFs de Bitcoin serão lançados para os investidores:

1- HASH11

A Hashdex uma gestora brasileira de criptoativos, recebeu a autorização da Comissão de Valores Mobiliário (CVM) para lançar o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil.

Dessa forma, o ETF vai ser negociado na bolsa de valores com o ticker HASH11. A oferta será coordenada pelo Itaú, BTG Pactual e Genial. A Hashdex já tem um ETF de criptomoedas listado na bolsa de Bermudas muito similar ao que será criado no Brasil.

Esse ETF não vai ser exclusivo de Bitcoin, na verdade, ele vai replicar o índice Nasdaq Crypto Index (NCI), desenvolvido pela Hashdex em parceria com a Nasdaq. Sendo que, atualmente, 6 criptomoedas (Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Chainlink, Bitcoin Cash e Stellar) fazem parte do índice. No entanto, o Bitcoin é a maior posição, com 79,7% e o Ethereum é a 2ª maior, com 16,91%.

ETFs de Bitcoin no Brasil - Como funcionam e quais são eles

Cripto fácil

Hoje no Brasil, existem fundos de criptomoedas para investidores não-qualificados. Entretanto, devido às restrições  da CVM, esses fundos podem expor apenas 20% da carteira em criptomoedas. Além disso, eles sofrem a incidência do come-cotas a cada 6 meses.

2- QBTC11

Além da Hashdex, a CVM autorizou também a criação de um ETF de criptomoeda pela QR Asset Management. Desse modo, o segundo ETF de Bitcoin a ser listado na bolsa do Brasil, terá o ticker QBTC11. A expectativa é que ele entre em negociação ainda no primeiro semestre de 2021.

A principal diferença para o ETF da QR Asset Management e o da Hashdex é que, ao invés de acompanhar uma cesta de criptomoedas, o QBTC11 terá exposição apenas no Bitcoin.

Sendo assim, a intenção é replicar o preço médio do Bitcoin nas principais exchanges do mundo, com base no índice da CF Benchmarks, o mesmo usado nos contratos futuros de Bitcoin da Bolsa Mercantil de Chicago (CME).

Agora que você conhece os dois ETFs que em breve estarão disponíveis no Brasil, assista ao vídeo de Raul Sena e descubra se ele irá entrar em algum dos dois ETFs de Bitcoin:

Enfim, agora que você conhece os dois ETFs de Bitcoin que serão lançados no Brasil, aproveite para entender Por que investir em bitcoin – Formas de investir e como funciona a moeda

Fontes: Nubank

Imagens: Money times, Cripto fácil e Dci