24 de dezembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
A externalidade nos investimentos é um dado a ser considerado, principalmente, pelos investidores de longo prazo. Isso porque ela se refere aos impactos que as ações de terceiros podem produzir nos investimentos que não possuem relação direta com eles.
A externalidade está presente em todos os setores econômicos. Sendo assim, os seus efeitos podem ser positivos, quando resultam em ganhos. Ou negativos, quando trazem prejuízos ao investidor.
Em síntese, ao realizar suas análises de investimentos, o investidor deve considerar quais são as externalidades positivas e negativas que podem impactar o ativo em questão.
O que é externalidade nos investimentos
A externalidade nos investimentos se refere aos impactos dos fatores externos nos investimentos. Ou seja, a externalidade nos investimentos são os efeitos sociais, ambientais ou econômicos que influenciam os valores dos ativos.
É importante notar que os impactos podem ser bons ou ruins. Sendo assim, a externalidade positiva é quando os impactos geram ganhos. Em contrapartida, a externalidade negativa causa prejuízo. Portanto, cabe ao investidor levar este dado em consideração antes de investir.
Tipos de externalidade nos investimentos
Podemos dividir a externalidade nos investimentos em dois tipos: positiva e negativa.
1- Positiva
O conceito de externalidade positiva se relaciona aos efeitos positivos que determinada atividade pode proporcionar à terceiros.
Dessa forma, a externalidade positiva nos investimentos deriva de atividades que impactam positivamente o ativo de uma empresa. Logo, quanto mais efeitos externos positivos puderem atingir determinado ativo, melhor será para o investidor.
2- Negativa
A externalidade negativa se refere aos impactos negativos causados por ações externas. Dessa maneira, levando para o mundo dos investimentos, a externalidade negativa são os efeitos colaterais que resultam na desvalorização de um ativo e que podem causar prejuízos para o investidor.
Como exemplo de externalidade negativa nos investimentos, podemos citar o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). O investidor que possuía ações da Vale quando o rompimento aconteceu, viu seus ativos sofrerem uma forte desvalorização. Acontece que, como foi uma terrível tragédia que tinha relação com a Vale, consequentemente as ações da empresa despencaram.
É comum que grandes escândalos ou tragédias envolvendo o nome de determinada empresa, resultem na desvalorização de suas ações. Por isso, o investidor deve estar sempre atento à gestão da empresa e às externalidades negativas que podem impactar nos seus ativos.
Em resumo, ao fazer a análise de ações, o investidor deve considerar quais efeitos externos negativos e positivos podem influenciar a performance dos ativos. Sendo assim, quanto mais externalidades positivas puderem atingir um ativo, melhor.
Como analisar a externalidade nos investimentos
Analisar as externalidades que podem atingir um ativo é essencial para a construção de uma carteira de investimento forte. Para que você possa fazer isto, existem algumas dicas:
1- Conceito
Primeiramente, é preciso que você entenda o conceito de externalidade e como ele se aplica aos investimentos. Desse modo, você será capaz de entender a sua importância e começar a considerá-lo nas análises de investimentos.
2- Setor da empresa
Depois de entender a importância de se considerar a externalidade nos investimentos, você precisa começar a analisar a empresa. Para isto, é preciso que você estude profundamente sobre o setor de atuação da companhia.
Somente conhecendo profundamente sobre as dinâmicas que envolvem a atividade da companhia, é que você será capaz de identificar os efeitos externos que podem afetar suas ações.
Nesse sentido, após compreender profundamente sobre o setor, é importante que você faça um mapeamento das externalidades positivas e negativas que podem impactar a empresa.
3- Índices econômicos
Como a externalidade são os impactos dos fatores externos nos investimentos, é interessante que você fique de olho em alguns indicadores econômicos que normalmente impactam o desempenho das ações. Alguns exemplos de indicadores são as taxas de juros e a inflação.
4- Conhecimento
Tão importante quanto analisar a empresa, é aprimorar seus conhecimentos sobre investimentos. Para isso, esteja sempre atento ao mercado financeiro lendo jornais e sites especializados. Além disso, procure adquirir embasamento teórico por meio de livros e cursos de investimentos.
5- Diversificação da carteira de investimentos
A diversificação é uma ferramenta para evitar que a externalidade negativa impacte toda a sua carteira de investimentos. Assim sendo, a externalidade positiva em alguns ativos, balanceia os efeitos da externalidade negativa em outros.
No entanto, para diversificar não basta comprar ações de empresas diferentes, é preciso também diversificar o setor e evitar a correlação. Para aprender como fazer a diversificação veja o vídeo de Raul Sena:
Enfim, além de diversificar sua carteira, você pode também analisar o grau de risco da sua carteira por meio do Stress test, o que é? Definição, características e como fazer
Fontes: Capital research, Mais retorno, Suno e Mais retorno
Imagens: It fórum, Exame, Paraná portal, Blb Brasil, Ploomes e Valor investe