Moedas digitais, o que são? Segurança, lista das principais e como investir

16 de fevereiro de 2021, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 6 min, 30 seg


As moedas digitais funcionam de maneira completamente descentralizada, sem depender da regulação de nenhuma entidade. Ou seja, diferente do dinheiro físico que é regulado pelo Banco Central de cada país, as criptomoedas não dependem de nenhuma instituição. 

Por serem descentralizadas, essas moedas podem ser consideradas como mais seguras do que os bancos tradicionais. Acontece que invadir o Blockchain e alterar as informações é praticamente impossível, pois é descentralizado. Por outro lado, os bancos tradicionais geralmente são centralizados e mais fáceis de serem invadidos. 

Dentre as moedas digitais, a mais famosa é o Bitcoin. Além de ser usada em transações financeiras, essa moeda também pode ser um ativo financeiro. Porém, ele é recomendado apenas para investidores que aceitam correr riscos, já que se trata de um ativo volátil. 

O que são moedas digitais?

As moedas digitais, também chamadas de criptomoedas ou moedas virtuais, são um tipo de moeda descentralizada, onde as operações não necessitam do controle de um banco. Elas surgiram em 2009 como uma maneira de facilitar transações financeiras, já que não possuem as burocracias dos bancos. 

Moedas digitais, o que são? Segurança, lista das principais e como investir

Infomoney

As moedas tradicionais, como por exemplo, o Real, se submetem à regulação do Banco Central do Brasil. Já as criptomoedas, como funcionam de maneira descentralizada, não se submetem a nenhuma autoridade financeira. 

Segurança

Quando se fala em dinheiro, o questionamento que sempre surge é em relação à segurança. As moedas digitais são consideradas totalmente seguras. Na verdade, como elas funcionam através de um sistema descentralizado, elas podem ser mais seguras do que os bancos, que funcionam de maneira centralizada. 

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Valor investe

O que proporciona a segurança das criptomoedas é a criptografia e a tecnologia Blockchain. Em síntese, o Blockchain funciona através de blocos, ligados por meio de códigos, que formam uma rede de códigos e é protegida por criptografia. Sendo que todas as transações envolvendo as moedas virtuais, são registradas no Blockchain. 

Apesar das moedas digitais serem seguras, o investidor precisa tomar alguns cuidados. Acontece que o sistema em si é seguro, contudo, se ao comprar as moedas o investidor não fizer o armazenamento correto, ele pode perder seu dinheiro, caso ocorra um ataque hacker, por exemplo.

Portanto, a maneira correta de guardar as moedas é através de carteiras digitais ou paper-wallet

Cotação

As moedas digitais não são emitidas e controladas por governos. Logo, a sua cotação não depende da política monetária de nenhum governo, como acontece com moedas como Real e dólar. Dessa maneira, o fator determinante das moedas digitais é a oferta e a procura. 

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Claritas

Desse modo, quando muitas pessoas se interessam pelas criptomoedas, os preços sobem. Em contrapartida, quando o interesse é pequeno, a cotação abaixa. Alguns fatores que podem influenciar nessa procura são:

  • Aumento das carteiras virtuais;
  • Eventos da economia mundial, como por exemplo, restrições monetárias;
  • Aceitação do mercado. 

Principais moedas digitais

Desde o lançamento do Bitcoin, primeira moeda digital, várias criptomoedas foram lançadas. Geralmente, essas outras moedas são chamadas de altcoins. Confira as principais criptomoedas:

1- Bitcoin

Não se sabe com absoluta certeza quem foi o criador do Bitcoin. Porém, acredita-se que foi Satoshi Nakamoto. Enfim, o Bitcoin foi criado com a proposta de substituir o dinheiro físico e facilitar as operações financeiras, já que funciona de maneira descentralizada.

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Na prática

Os bitcoins são encontrados através da mineração, onde o computador resolve problemas matemáticos e é recompensado com moedas. Contudo, existe o limite de 21 milhões de moedas a serem mineradas e mais de 80% já foi. 

2- Ethereum

Na realidade, a Ethereum não é uma moeda digital, mas sim uma plataforma que funciona como um sistema financeiro descentralizado. Em outras palavras, a Ethereum é uma plataforma que possibilita a execução de aplicações e contratos inteligentes usando a tecnologia Blockchain. 

A plataforma Ethereum, que foi lançada em 2014, foi criada por Gavin Wood e Vitalik Buterin. A moeda oficial da plataforma é o Ether, que fica em segundo lugar no volume de negociações, perdendo apenas para o Bitcoin. 

3- Tether (USDT)

A moeda digital Tether  foi lançada em 2014 e funciona de maneira diferente das demais moedas digitais. Acontece que as outras criptomoedas são apenas digitais e não possuem nenhum lastro. Já a Tether tem lastro em moeda física. 

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Cio techie

A proposta defendida é que para cada Tether emitido, exista um dólar equivalente em caixa. Entretanto, existem dúvidas sobre se existe de fato um dólar para cada moeda. Seja como for, em relação ao valor de mercado, a Tether é a terceira maior do mundo. 

4- Ripple (XRP)

Assim como o Ethereum, o Ripple não é uma criptomoeda, apesar de também ter sua própria moeda digital. O Ripple é um protocolo de pagamentos que funciona de forma descentralizada e cobra uma taxa a cada nova operação realizada por meio dele. 

A moeda do Ripple é o XRP. Apesar dessa criptomoeda não ser tão negociada quanto o Bitcoin, ela é uma alternativa para as pessoas que querem diversificar a carteira de investimentos em moedas digitais. 

Foxbit

5- Litecoin (LTC)

Por fim, conhecido como prata digital, o Litecoin foi criado em 2011 e funciona de maneira similar ao Bitcoin. No entanto, o Litecoin tem a vantagem de possuir a mineração e o processamento de informações mais rápido do que o Bitcoin.

Justamente por essa rapidez, ele é visto como uma boa alternativa ao Bitcoin. Outra vantagem do Litecoin, é o fato de que seu limite de mineração é de 84 milhões de unidades, ao passo que o Bitcoin conta com 21 milhões. 

Outras moedas digitais

Depois que a primeira moeda digital foi lançada, diversas outras apareceram. Acima nós listamos as cinco principais. Entretanto, existem algumas outras que também podem ser uma alternativa para quem quer diversificar a carteira de investimentos:

1- Bitcoin Cash (BCH): O BCH pode ser visto como uma versão melhorada do Bitcoin original. Isso porque, a sua proposta é realizar um processamento mais ágil do que o Bitcoin.

Tecmundo

2- Monero (XMR): O monero é uma opção para as pessoas que buscam por uma moeda anônima, já que o foco do monero é justamente manter a privacidade e tornar o rastreamento de operações algo bem difícil. 

3- Binance Coin (BNB): Criada em 2017, o Binance Coin ficou conhecida como moeda digital chinesa. Isso porque o seu criador foi o chinês Chang Peng Zhao.

4- EOS (EOS): Lançado em 2018, o Blockchain do EOS tem capacidade para o desenvolvimento de aplicativos e de milhões de transações por segundo. 

Como investir em criptomoedas?

Antes de investir em moedas digitais, é importante que você conheça o seu perfil de investidor. Como a cotação das moedas é determinada somente pela lei da oferta e procura, existem muitas oscilações de preços, o que significa que este não é um investimento recomendado para as pessoas mais conservadoras. 

A compra e a venda de moedas digitais acontece pela internet, por meio de sites ou corretoras especializadas. O único cuidado que o investidor deve ter, é escolher um site que seja confiável.

Depois disso, basta abrir uma conta e informar os valores que deseja adquirir. Assista ao vídeo de Raul Sena e descubra alguns motivos para investir em criptomoedas:

Enfim, agora que você conhece as principais criptomoedas, aproveite para aprender mais sobre o funcionamento do Bitcoin, entenda de uma vez por todas

Fontes: I-dinheiro, E-investidor e Dinheirama

Imagens: Infomoney, Claritas, Valor investe, Na prática, Cio techie, Foxbit, Ipog e Tecmundo