5 de maio de 2022 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Hoje, resolvi abordar um tema um pouco mais sensível. Na minha experiência como professor de investimentos da escola AUVP, tenho lidado bastante com o seguinte dilema: como posso enriquecer casado com alguém inútil, endividado ou que não quer investir?
Infelizmente, é bem comum encontrar casais em que um dos cônjuges não quer nem saber de mudar de vida e enriquecer.
Muitas vezes, o problema está na própria estrutura do relacionamento.
Como se forma a relação de um casal
A relação do casal com o dinheiro é fator determinante para o sucesso a dois. Se um dos cônjuges ou ambos não estiverem comprometidos com as finanças, tudo pode ruir.
Mas, antes de tudo, é preciso entender como funciona aquela relação, em específico.
Em qualquer relacionamento, tudo começa com um namoro, um caso, uma parceria sexual e por aí vai. Aí, chega num ponto em que ambos decidem juntar as escovas de dente e caminhar juntos.
A partir deste momento, as coisas mudam de lugar.
Casamento é contrato!
Depois que o casal decide morar junto e compartilhar as coisas, a relação deixa de ser puramente afetiva.
Quanto chega neste ponto, o amor e o afeto também dão lugar à parceria. E vira negócio mesmo, um tipo um contrato.
Assim, ambos passam a ter regras para a vida a dois, criação dos filhos, divisão de bens e tudo mais.
E isso inclui o compartilhamento de funções e, claro, das finanças.
Casado com quem não ajuda
O grande problema é quando um dos cônjuges não ajuda e, pior, ainda atrapalha.
Já vi muito marmanjo dizer que a mulher não faz nada porque fica em casa cuidando dos filhos.
Isso é uma grande mentira!
Se ela está cuidando da casa, está, sim, fazendo um ótimo trabalho dentro das responsabilidades do casal.
Então, não é disso que estamos falando aqui.
O cônjuge inútil é aquele que não trabalha, gasta muito mais do que deveria ou, apenas, ganha muito pouco e não tem nenhuma ambição de evoluir.
Aqui também entram os folgados, os viciados – jogo, day trade, apostas esportivas – e os endividados contumazes, que vivem pendurados no cartão de crédito, tratando o dinheiro como lixo.
Vou te contar uma verdade: você nunca vai enriquecer casado ou casada com alguém assim!
Tenho um cônjuge inútil: o que fazer?
Caso sua relação já tenha se enquadrado aqui, calma! Não é o fim do mundo.
Afinal, pra tudo dá-se um jeito.
É bem verdade que você fez uma escolha ruim e agora tem uma bela bola de ferro presa no calcanhar.
Contudo, vamos pensar no seguinte plano:
Primeiro, você precisa botar todas as cartas na mesa. E fazer isso com sabedoria!
Ou seja, é preciso ter um diálogo super honesto, para mostrar à pessoa que ela tem uma péssima relação com o dinheiro. Ou, então, que ela é acomodada demais.
Mas, não vá jogando tudo na cara. Isso não vai funcionar.
De forma calma e consciente, mostre à pessoa que do jeito que está não dá mais.
Deixe bem claro que a postura do cônjuge com relação às finanças vai acabar destruindo o casamento.
Dinheiro e os planos do casal
Nessa primeira conversa super franca, você também deve perceber como anda o alinhamento de planos do casal.
Ou seja, ambos devem conhecer bem os planos e sonhos do outro. Ocorre que, muitas vezes, as duas cabeças miram objetivos totalmente opostos.
E pior: nenhum dos dois sequer sabe disso!
Neste caso, será difícil manter uma caminhada em linha reta, principalmente nas finanças.
Respeite o seu esforço pelo dinheiro
Muito provavelmente, uma primeira conversa franca sobre responsabilidades, dinheiro e investimentos não surtirá muito efeito.
Para piorar, é até provável que o cônjuge acabe se ofendendo.
Se isso acontecer, siga a velha resenha telefônica: tente novamente mais tarde!
Ao persistirem os sintomas, no entanto, você deve partir pro plano C.
Caso o cônjuge não aceite a mudança de rota e esperneie, proponha o seguinte:
“Amanhã, vamos ao cartório mudar o regime do casamento”.
Parece uma atitude extrema, mas lembre-se: é a sua saúde financeira – e a do casal – que está em jogo.
No fim das contas, não faz nenhum sentido você ficar se matando de trabalhar para entregar seu patrimônio de mão beijada pro outro.
Não resolveu. E agora?
Se mesmo depois de todas essas tentativas você não ver sequer um sinal de fumaça do outro lado, desista.
Isso mesmo! desista.
A bem da verdade é que você nem deveria estar casado(a) com alguém que não quer o melhor pra si, pra você e pra própria família.
Se vocês não tiverem casado na igreja e a religião não for um impeditivo, sério: parta pra outra!
Ou você prefere morrer pobre e infeliz?
No fim das contas, estamos falando de saúde financeira e felicidade.
Infelizmente, a verdade é que você não vai conseguir enriquecer estando ao lado dessa pessoa.
Assim, mesmo que doa, as vezes a partida é o melhor a ser feito.
Vire a página, escolha certinho da próxima, invista, enriqueça e seja feliz!
Se você gostou deste conteúdo um pouco diferente, assista ao vídeo acima, que publiquei no canal do Investidor Sardinha.
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