2 de setembro de 2022 - por Jaíne Jehniffer
O excesso de confiança é um tipo de viés cognitivo. Guiada por este viés, uma pessoa pode se valorizar muito e superestimar as suas capacidades.
Em alguns casos, esse viés não é prejudicial e pode até ser vantajoso. No entanto, em algumas situações ele pode levar a decisões erradas.
Por exemplo, guiado por este viés, você pode tomar decisões erradas nos investimentos. Com isso, você pode ter grandes prejuízos financeiros.
Como o excesso de confiança se manifesta?
O excesso de confiança pode se manifestar, basicamente, de 3 formas:
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Superestimação do desempenho real de alguém
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Substituição do desempenho de alguém em relação a outros
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Precisão excessiva em suas crenças
Por meio do artigo de 1981 do professor Ola Svenson, do Departamento de Psicologia da Universidade de Estocolmo, podemos observar uma das manifestações mais interessantes desse viés.
No estudo, o professor constatou que 93% dos motoristas dos EUA, se consideram melhores do que a média. Mas isso é matematicamente impossível.
Esse tipo de fenômeno também é perceptível no dia a dia. Por exemplo, pergunte para as pessoas que te cercam, se elas se consideram mais honestas do que a média. A resposta de todas provavelmente será sim.
Tomando esses exemplos como base, parece que o viés do excesso de confiança não é prejudicial. De fato, em algumas situações ele é inofensivo.
No entanto, em certos casos, este viés pode ser muito prejudicial. Por exemplo, guiado por este viés você pode tomar decisões erradas ao investir e, com isso, ter prejuízos financeiros.
Impacto do excesso de confiança nos investimentos
O viés do excesso de confiança pode ser muito prejudicial nos investimentos. Isso porque, guiado por este viés, você pode tomar decisões prejudiciais.
Por exemplo, quando um investidor diz que um ativo está caro ou barato, ele acredita que a sua capacidade de prever o valor justo de um ativo é maior do que a capacidade dos outros investidores.
Inclusive, é o fato de cada investidor ter uma previsão que as ações são negociadas. Afinal de contas, para que uma pessoa possa comprar, outra tem que querer vender.
Nessa negociação, a pessoa que não acredita mais na ação decide vender, ao passo em que a pessoa que acredita na ação compra.
No entanto, é preciso levar em conta que ninguém é capaz de prever o futuro. Apesar disso, confiando em excesso em si mesmas, as pessoas insistem em fazer previsões.
Além disso, o excesso de confiança pode fazer também as pessoas subestimarem o risco de uma aplicação ou negócio e com isso, arriscarem o seu patrimônio.
Como controlar o excesso de confiança?
O excesso de confiança foi muito importante para que os seres humanos sobrevivessem. Por exemplo, pense no homo sapiens primitivo. Na caverna, era seguro contra predadores, mas não tinha alimento.
Logo, é preciso sair da segurança da caverna e se aventurar em busca de alimentos. Portanto, era preciso ter confiança na sua capacidade de vencer os perigos do meio ambiente para conseguir alimentos.
Hoje em dia, o excesso de confiança pode ser positivo para a autoestima individual.
Além disso, as pessoas que acreditam em si mesmas estão mais dispostas a levar seus esforços mais longe do que aqueles que não acreditam.
No entanto, é preciso encontrar o equilíbrio da quantidade de confiança para que não sejam tomadas decisões erradas e prejudiciais para as suas finanças.
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Fontes: Warren, Mais retorno e ciência e negócios.