Os 5 melhores investimentos para quem tem perfil conservador

Os melhores investimentos para o perfil conservador são aqueles com menos risco e menor volatilidade. Veja 5 dicas para investir no perfil.

15 de março de 2023 - por Nathalia Lourenço


Os melhores investimentos para um perfil conservador são aqueles mais seguros, com menor volatilidade e risco. Investidores conservadores preferem evitar riscos, o que geralmente resulta em retornos mais baixos.

No entanto, manter-se fiel a esse perfil pode levar a resultados positivos a longo prazo. Mesmo com retornos modestos, esses investimentos são importantes para o crescimento constante do patrimônio.

Quer saber quais são os melhores investimentos para um perfil conservador? Continue lendo.

Quais são os melhores investimentos para quem tem o perfil conservador?

1. Tesouro direto

Os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo governo federal e são considerados as aplicações mais seguras do mercado devido à garantia do governo. Essa segurança, combinada com a facilidade de investimento, faz com que muitos investidores iniciem sua jornada com o Tesouro Direto.

Existem três principais tipos de títulos, cada um com uma forma diferente de rentabilidade: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA.

O Tesouro Selic é um título pós-fixado que rende de acordo com a taxa Selic. O Tesouro Prefixado, por outro lado, oferece uma taxa de juros fixa durante todo o período do investimento.

Já o Tesouro IPCA+ é um título híbrido que combina uma taxa de juros com o IPCA (inflação). Esse título é vantajoso porque garante um ganho real, ou seja, um retorno que supera a inflação, garantindo poder de compra ao longo do tempo.

Saiba mais: Tesouro Direto: o que é, como funciona e como investir?

2. CDB

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são uma excelente opção para investidores conservadores. Esses títulos são emitidos pelos bancos para captar recursos que financiam suas atividades, como a concessão de empréstimos.

Quando você investe em um CDB, está basicamente emprestando seu dinheiro ao banco em troca de uma taxa de juros, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Os CDBs são atraentes para investidores conservadores porque contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de inadimplência.

Além disso, os CDBs geralmente oferecem um retorno mais alto do que o Tesouro Direto, embora apresentem um risco ligeiramente maior devido ao limite da proteção do FGC.

Para garantir sua segurança, é recomendável não investir mais do que R$ 250 mil por instituição emissora de CDB, mantendo assim a proteção total do FGC.

Saiba mais: O que é CDB? Conceito, tipos, como funciona, segurança e como investir

4. LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são ótimas opções de renda fixa para investidores conservadores. Assim como os CDBs, as LCIs e LCAs são emitidas por bancos e têm a proteção do Fundo Garantidor de Créditos. O funcionamento desses títulos é bastante semelhante ao dos CDBs.

A principal diferença é que, enquanto os bancos podem utilizar os recursos captados pelos CDBs para diversas atividades, os recursos das LCIs e LCAs devem ser direcionados exclusivamente aos setores imobiliário e agronegócio, respectivamente.

Além disso, as LCIs e LCAs têm a vantagem de serem isenção de Imposto de Renda, já que os recursos são destinados a setores que o governo incentiva. Essa isenção permite que esses títulos ofereçam um retorno potencialmente mais alto.

3. Fundos de renda fixa

Os Fundos de Renda Fixa são uma excelente opção para investidores conservadores devido ao seu baixo nível de risco. Essencialmente, um fundo de investimento reúne recursos de vários investidores para aplicar em um tipo específico de ativo ou setor.

Nos fundos de renda fixa, o gestor aplica o patrimônio do fundo em ativos de renda fixa. Uma das principais vantagens desses fundos é a diversificação entre diferentes ativos de renda fixa, o que pode ajudar a minimizar riscos.

No entanto, é importante ficar atento às taxas cobradas pelos fundos. Dependendo dos custos, pode ser mais vantajoso investir diretamente em títulos de renda fixa.

5. Ações de empresas consolidadas

Para concluir nossa lista de investimentos para o perfil conservador, as ações são uma opção a considerar. Enquanto os investimentos anteriores são de renda fixa e apresentam baixo risco, as ações pertencem à renda variável, o que implica um risco significativamente maior.

Ainda assim, há ações com menor risco e baixa volatilidade. Embora essas ações não ofereçam garantias, ações de empresas consolidadas tendem a ter um risco menor comparado a outras.

Se você é um investidor conservador, mas está aberto a assumir um pouco mais de risco em troca de um potencial de retorno maior, essas ações podem ser uma boa opção.

A chave é investir com foco no longo prazo, para que as oscilações no curto prazo tenham menos impacto e você possa se beneficiar da valorização e dos proventos ao longo do tempo.

Como montar uma carteira diversificada com perfil conservador?

Se você tem um perfil conservador e deseja montar uma carteira de investimentos diversificada, siga estas dicas importantes:

Primeiramente, é essencial entender o conceito de carteira de investimentos. Trata-se de uma seleção de ativos de diferentes tipos e segmentos, ajustada de acordo com o perfil do investidor.

A diversificação envolve construir uma carteira com uma estratégia que pode incluir vários tipos de ativos, visando reduzir riscos e potencializar retornos.

Em segundo lugar, compreenda o equilíbrio entre renda fixa e renda variável. Para um perfil conservador, é recomendável que a maior parte dos investimentos esteja em produtos de baixo risco.

Uma alocação comum para esse perfil seria:

  • Renda Fixa: 75%
  • Renda Variável (incluindo criptomoedas): 25%

Além disso, foque na diversificação de ativos. Defina as classes de ativos, como renda fixa, renda variável, fundos multimercado, previdência privada, fundos imobiliários e fundos cambiais.

Escolha produtos que estejam alinhados com suas características e interesses, respeitando seu perfil de investidor e a fase do ciclo financeiro em que você se encontra.

Finalmente, faça um rebalanceamento da carteira. Avalie sua carteira periodicamente e ajuste conforme necessário para manter o equilíbrio entre os ativos.

A diversificação é uma estratégia crucial para proteger seu patrimônio e reduzir riscos, independentemente do seu perfil de investidor. Consultar especialistas financeiros também pode ser útil para criar uma carteira adequada às suas necessidades e objetivos.

O perfil investidor pode mudar?

Sim, o perfil de investidor pode mudar ao longo do tempo. Diversos fatores podem influenciar essa alteração:

  1. Mudanças Financeiras: Alterações na sua situação financeira, como um aumento ou redução na renda, podem levar a uma revisão no seu perfil de risco. Por exemplo, um aumento na renda pode permitir que você assuma mais riscos.
  2. Objetivos de Vida: Mudanças nos seus objetivos financeiros, como comprar uma casa, planejar a aposentadoria ou pagar a educação dos filhos, podem afetar seu perfil de investidor. Objetivos com prazos mais curtos ou maiores podem exigir uma abordagem diferente.
  3. Experiência e Conhecimento: À medida que você ganha mais experiência e conhecimento sobre investimentos, pode se sentir mais seguro para assumir riscos maiores ou, ao contrário, optar por estratégias mais conservadoras.
  4. Alterações no Mercado: Mudanças nas condições econômicas e nos mercados financeiros podem influenciar sua disposição para assumir riscos. Por exemplo, uma crise econômica pode levar a uma abordagem mais cautelosa.
  5. Idade e Fase da Vida: À medida que você envelhece, a tendência é se tornar mais conservador. A proximidade da aposentadoria reduz o tempo disponível para recuperar possíveis perdas.
  6. Mudanças Psicológicas: Seu apetite por risco pode variar com o tempo devido a experiências pessoais, estresse financeiro ou mudanças na sua tolerância ao risco.

É fundamental revisar seu perfil de investidor periodicamente e ajustar sua estratégia de investimentos conforme necessário para garantir que ela continue alinhada com seus objetivos e tolerância ao risco atuais.

Fontes: sicredi, Toro Investimentos e We Invest

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