4 de novembro de 2022 - por Jaíne Jehniffer
O setor aeroespacial envolve as atividades de pesquisa, projeto, fabricação e operação de aviões, foguetes e outros veículos de transporte aéreo e espacial.
Na prática, as atividades que o setor aeroespacial engloba vão muito além de enviar aeronaves para o espaço.
Por exemplo, uma das atividades mais conhecidas hoje em dia e que deve se destacar com grande força nos próximos anos, são os satélites para internet de banda larga.
Outro exemplo são os serviços de streaming. Isso porque a quantidade de pessoas interessadas em assistir o envio de aeronaves para o espaço vem crescendo.
Isso significa que existe um público que acompanha de perto o desenvolvimento do setor.
Significa ainda que as transmissões ao vivo, serão essenciais para promover outras atividades e até mesmo gerar receitas, por meio da venda de eventuais streamings pagas.
Enfim, esses são alguns exemplos, mas existem muitos tipos de operações que irão surgir com a evolução da exploração espacial e que ainda não conhecemos.
Portanto, existe um grande potencial para o setor aeroespacial.
Quais são as perspectivas para o setor aeroespacial?
O setor aeroespacial vai muito além de enviar aeronaves ao espaço. Por exemplo, o setor aeroespacial ajuda no desenvolvimento dos países na questão de segurança nacional.
A expectativa para este setor, é de forte crescimento. Com isso, a expectativa é que os investimentos no setor superem a casa de um trilhão de dólares até o ano de 2030, de acordo um estudo do Bank of America.
É claro que esses são dados otimistas. No entanto, a quantidade de dinheiro investido no setor aeroespacial atualmente já é bem relevante.
Isso significa que existe uma boa quantidade de investidores interessados em investir nesse setor.
Principais empresas do setor aeroespacial
Algumas das principais empresas desse setor são:
1- Space X
A Space X pertence ao empresário Elon Musk, que também está a frente de outra empresa famosa, a Tesla.
Em resumo, o foco da Space X, desde a sua criação, é melhorar o transporte espacial e possibilitar a colonização em Marte.
2- Blue Origin
A Blue Origin foi criada por Jeff Bezos, no ano 2.000. Em resumo, a empresa foi criada com o intuito de desenvolver a propulsão de foguetes.
Inicialmente, a empresa era a realização de um sonho particular de Jeff Bezos, que sempre foi fã da exploração do espaço.
Contudo, hoje a empresa se destaca no desenvolvimento da nave espacial New Shepard.
3- Virgin Galactic
A Virgin Galactic foi fundada por Richard Branson.
Uma grande diferença entre essa empresa e as duas anteriores, é que a Virgin Galactic tem capital aberto. Desse modo, os investidores podem se tornar sócios da empresa.
4- Outras companhias
Por fim, além das três citadas acima, existem muitas outras empresas que atuam no setor aeroespacial, por exemplo:
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Rocket Lab;
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Osprey Technology;
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Transdigm Group.
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Astra Space;
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Genesis Park Acquisition;
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Lockheed Martin;
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Raytheon Technologies;
Vale a pena investir no setor aeroespacial?
Depende. O fato é que este setor vem apresentando um grande crescimento nos últimos anos. Sendo que a expectativa é que esse crescimento se mantenha no futuro.
Por outro lado, existem incertezas em relação aos resultados das empresas que atuam nesse setor.
Isso porque o risco nesse tipo de negócio é alto. Por exemplo, aeronaves podem ter problemas e resultar em perdas significativas.
Além disso, existem muitas empresas atuando nesse setor, o que pode ser difícil escolher em qual investir. Afinal de contas, não se sabe quais empresas irão se destacar e quais irão fracassar.
Enfim, a escolha entre investir ou não em um setor depende muito do seu perfil de investidor e com os seus objetivos para com a aplicação.
Como investir no setor aeroespacial
Existem duas formas principais de investir no setor aeroespacial:
1- Mercado de ações
A primeira opção para investir no setor aeroespacial, é investir em ações de empresas que atuam nesse segmento. Sendo assim, basta você analisar as empresas de capital aberto desse setor e investir.
No entanto, essas empresas geralmente estão listadas nos EUA. Portanto, é preciso abrir uma conta em uma corretora internacional e investir fora.
Investir fora pode ser um pouco mais complexo do que investir no Brasil. Mas existe a vantagem da diversificação internacional.
Além disso, já existem corretoras de valores internacionais com foco no público brasileiro, que facilitam o acesso a ativos estrangeiros.
Outra opção é investir por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), certificados de depósito que representam os ativos listados na bolsa nos EUA.
2- ETFs
Por fim, existe ainda a opção de investir por meio de ETFs (Exchange Traded Funds). Em resumo, os ETFs replicam índices do mercado.
Sendo assim, você pode investir em um ETF que aplique em algum índice relacionado com o setor aeroespacial. Um exemplo disso, é o ETF Procure Space ETF (UFO).
Uma vantagem de investir em ETFs é que você tem uma boa diversificação da carteira. Além disso, você não precisa fazer a análise de empresas, basta analisar o ETF em si.
No entanto, assim como no caso das ações, você precisa criar uma conta em uma corretora internacional. Isso porque, ainda não temos ETFs aeroespaciais disponíveis na B3.
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Fontes: E-investidor, Mais retorno e Investnews.