Ações de segunda linha: o que são e como funcionam

3 de agosto de 2021, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 4 min, 25 seg


As ações de segunda linha são as ações de empresas que não estão na lista das principais companhias do mercado e que não possuem um volume tão grande de negociação.

Normalmente, as ações de segunda linha são consideradas como ativos das small caps, já que essas são as companhias de menor porte e representatividade da bolsa.

Além das ações de segunda linha, existem também as ações de primeira linha, que pertencem às grandes empresas conhecidas como blue chips.

O que são ações de segunda linha?

As ações de segunda linha são os papéis de companhias que não são consideradas as principais do mercado. Sendo assim, geralmente as ações de segunda linha são as ações das empresas conhecidas como small caps. Em síntese, as small caps são as pequenas empresas listadas na bolsa de valores.

Ações de segunda linha: o que são e como funcionam

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O nome “segunda linha”, inicialmente pode parecer um pouco depreciativo. No entanto, essas ações são chamadas assim, pois não são as mais negociadas no mercado e trazem um certo grau de risco para o investidor.

Características das ações de segunda linha

Como as ações de segunda linha pertencem a empresas pequenas, elas são caracterizadas por possuírem pouca liquidez. Ou seja, o volume de negociação dessas ações não é tão grande. Um dos motivos para isso, é justamente o fato de que são empresas pequenas e que podem quebrar.

Como elas não são muito líquidas, o investidor corre o risco de não conseguir vender facilmente uma ação caso precise. As ações de segunda linha também são caracterizadas como voláteis, isto é, os seus preços oscilam bastante. O fato de serem ações de segunda linha não significa que sejam ativos ruins.

Ações de segunda linha: o que são e como funcionam

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Na verdade, muitas vezes as empresas com este tipo de ação, são companhias com forte geração de caixa e boa estrutura operacional. Sendo que, essas empresas podem crescer bastante, valorizar suas ações e trazer grandes lucros para os investidores. Portanto, as características principais são:

  • Menor liquidez;
  • Maior volatilidade;
  • Maior risco;
  • Possibilidade de alta rentabilidade.

Primeira linha versus segunda linha

As ações de primeira linha são os papéis das grandes empresas listadas na bolsa, conhecidas como blue chips. Geralmente essas empresas fazem parte de um grupo conhecido como too big to fail, ou seja, grande demais para quebrar.

A lógica é que as grandes empresas passaram por vários desafios ao longo da sua história, possuem grande market share e são consolidadas no mercado. Logo, é mais difícil as blue chips quebrarem do que as small caps. Afinal de contas, as small são empresas que ainda não possuem a resiliência de uma blue chip.

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Como são mais difíceis de quebrar, normalmente possuem boa estrutura operacional e contam com forte geração de caixa, as blue chips transmitem uma maior segurança para os investidores.

Além disso, as blue chips possuem alta liquidez no mercado, já que muitos investidores estão interessados nos seus papéis. Isso faz com que elas possuam um grande volume de negociação diário e passem a fazer parte do Ibovespa, principal índice brasileiro.

Em contrapartida, as ações de segunda linha são mais arriscadas, pertencem a empresas menores e possuem menos liquidez. A vantagem de investir em ações de primeira linha é a liquidez e a segurança. Porém, as ações de segunda linha possuem a vantagem de possuírem maior margem para crescimento do que as ações de primeira linha.

Risco e retorno

Todos os tipos de investimentos possuem uma relação entre risco e retorno. Geralmente, quanto mais arriscado é um ativo, maior é o prêmio de risco oferecido. Da mesma maneira, as aplicações mais seguras costumam oferecer rendimentos menores.

Nesse sentido, as empresas com ações de segunda linha são mais arriscadas, pois possuem menos liquidez e podem quebrar mais facilmente do que as blue chips. Além disso, elas são ações com grande volatilidade. Sendo assim, em momento de recessão elas tendem a passar por uma maior desvalorização, já que os investidores temem que as companhias quebrem.

Ações de segunda linha: o que são e como funcionam

Valor investe

Por outro lado, em momentos de otimismo do mercado, elas tendem a se valorizar mais do que as ações de primeira linha. Justamente por serem mais arriscadas, as ações de segunda linha podem trazer altos rendimentos para os investidores.

Enfim, como geralmente elas são empresas menores, elas podem apresentar um alto crescimento, fazendo com que o valor das ações se valorizem e resultem em lucros para os investidores.

 Seja como for, o indicado é analisar profundamente a empresa antes de investir em seus ativos. Uma boa maneira de fazer isso é por meio da Análise Fundamentalista, o que é? Conceitos, cálculos e como aplicar

Fontes: Mais retorno, The cap e Tc

Imagens: Investidor lucrativo, Guia bolso, Valor investe, Suno e Valeando