3 de agosto de 2021 - por Jaíne Jehniffer
As ações de terceira linha pertencem a empresas com baixa liquidez. Elas são conhecidas por serem ativos mais arriscados, que podem tanto proporcionar grandes lucros, quanto prejuízos.
Existem também as ações de segunda e primeira linha. As ações de segunda linha pertencem às empresas que não são consideradas como as principais do mercado e contam com baixa liquidez.
Por fim, as ações de primeira linha são os papéis das grandes empresas que possuem um grande volume de negociação diário. Ou seja, são as ações mais líquidas da bolsa.
O que são ações de terceira linha?
Ações de terceira linha é um termo usado para se referir às empresas com baixa liquidez. Em outras palavras, são empresas pequenas que não são tão conhecidas e procuradas pelos investidores.
De maneira geral elas também possuem baixa capitalização, algo em torno de R$ 1 bilhão. Sendo que o termo ações de terceira linha pode ser usado também para se referir às ações que acabaram de entrar na bolsa de valores.
Algumas das ações de terceira linha se encaixam na categoria de small caps. Já as ações de segunda linha são ações de small caps ou de mid caps. Por fim, as ações de primeira linha são os papéis das empresas com maior volume de negociação da bolsa, isto é, as blue chips.
Características das ações de terceira linha
As ações de terceira linha são caracterizadas por baixa capitalização, pouca liquidez e risco elevado. O fato de terem baixa capitalização faz com que essas empresas sejam mais frágeis em cenários de crise e instabilidade econômica.
A baixa liquidez deriva do fato de que essas empresas possuem baixa capitalização e podem quebrar mais facilmente do que as grandes empresas da bolsa.
Em relação aos riscos, primeiramente temos o risco de liquidez. Ou seja, as pessoas que investem em ações de terceira linha podem ter dificuldades de vender os ativos quando desejarem, já que a procura por eles não é muito grande.
Em segundo lugar, essas empresas podem quebrar e os investidores terem prejuízos. Entretanto, no mercado existe uma relação entre risco e retorno. Como as ações de terceira linha possuem amplo espaço para crescimento, elas podem trazer altos lucros para os investidores.
Apesar disso, os investidores mais conservadores geralmente evitam investir nesses ativos, preferindo as grandes empresas. Geralmente os investidores com experiência no mercado e que gostam de uma certa dose de risco é que escolhem ações de terceira linha.
Outras classificações
Ações de primeira linha, segunda linha ou terceira linha. Essas são formas de classificar as ações de acordo com o nível de liquidez que elas apresentam. Entenda mais sobre essas classificações:
1- Ações de primeira linha
São as ações das empresas com maior liquidez. Normalmente essas são as grandes empresas listadas na bolsa, conhecidas como blue chips. Sendo que, o termo blue chip deriva das fichas azuis usadas em cassinos, que são as fichas mais valiosas.
Nesse sentido, as empresas blue chips são aquelas companhias gigantes que possuem alto valor de mercado, forte geração de caixa, bom nível de governança corporativa e grande market share. Além disso, muitas dessas empresas fazem parte do grupo conhecido como too big to fail, isto é, grande demais para quebrar.
A lógica é que essas empresas já se provaram no tempo e possuem características que fazem com que seja mais difícil para elas quebrarem do que empresas menores. Outra característica das ações de primeira linha, é que elas geralmente fazem parte do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira.
Enfim, todas essas características fazem com que as ações de primeira linha transmitam uma certa segurança para os investidores. Desse modo, geralmente elas são procuradas por investidores iniciantes ou por aqueles que gostam de ativos considerados mais seguros.
Alguns exemplos de blue chips são: Bradesco, Petrobras, Itaú e Vale (isso não é uma recomendação de investimentos).
2- Ações de segunda linha
As ações de segunda linha são os papéis que não pertencem às empresas consideradas as principais do mercado. Dessa maneira, elas normalmente são os papéis das empresas conhecidas como small caps. O fato de serem ações de segunda e não se primeira linha, não significa que sejam ações de baixa qualidade.
Na verdade, muitas dessas empresas possuem forte geração de caixa e boa estrutura operacional. O que torna elas de segunda linha é o fato de que elas não possuem tanta liquidez e são mais arriscadas.
Como elas não são tão conhecidas e procuradas quanto às ações de primeira linha, elas possuem baixa liquidez e o investidor pode encontrar dificuldades de se desfazer de um ativo. Além desse risco de não conseguir vender facilmente um ativo, existe ainda o risco da empresa quebrar.
Isso porque, elas são empresas menores que podem quebrar mais facilmente do que as ações de primeira linha. O risco de quebra está diretamente relacionado com a volatilidade desses papéis. Em resumo, quando o mercado está em baixa, esses ativos tendem a passar por forte desvalorização, pois os investidores ficam com medo da empresa falir.
Porém, em momentos de otimismo do mercado, essas ações tendem a se valorizar mais do que as ações de primeira linha. Como são empresas mais arriscadas, elas possuem um alto potencial de retorno, pois contam com um grande espaço para crescimento e valorização dos ativos.
Qual tipo escolher?
Cada tipo de ação possui suas vantagens e riscos. As de primeira linha são normalmente escolhidas por investidores que não gostam de riscos, já que são consideradas mais seguras. Por outro lado, as ações de segunda e terceira linha são mais arriscadas e escolhidas por investidores dispostos a lidar com este risco.
Enfim, independente do tipo de ação que você escolher, o ideal é analisar profundamente a empresa antes de investir em seus papéis. Afinal de contas, todas as classificações possuem ações de boas e ruins.
Para identificar as boas ações você precisa fazer uma boa análise. Uma das maneiras de fazer isso é por meio da Análise Fundamentalista, o que é? Conceitos, cálculos e como aplicar
Fontes: Infomoney, Mais retorno e Controlação
Imagens: Capital research, Suno, The cap, Exame, Aloha e Fdr