25 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
A Dogecoin (DOGE) é uma criptomoeda descentralizada, com código-fonte aberto e funciona ponto-a-ponto. Como é descentralizada, essa moeda digital não precisa da intermediação dos bancos. Já o código-fonte aberto, possibilita que qualquer programador consiga acessá-la gratuitamente.
Por fim, o funcionamento ponto-a-ponto significa que não é preciso o envolvimento com nenhum servidor ou qualquer outra autoridade central.
A grande diferença do Dogecoin para as demais criptomoedas disponíveis no mercado, é que ela não surgiu por meio de um documento que oficialize a sua criação ou um manifesto como ocorreu com outras moedas, como, por exemplo, o Bitcoin. Na verdade, o Dogecoin teve origem em um meme na internet.
O que é Dogecoin?
A Dogecoin (DOGE) é uma opção de criptomoeda descentralizada. No final de 2013, Billy Markus, um dos desenvolvedores da Dogecoin, começou a criar o código da Dogecoin como uma maneira de homenagear um meme que estava bombando na internet.
Em síntese, o meme consiste na imagem de um cachorro japonês da raça Shiba Inu com frases engraçadas que simulam o pensamento do animal. Sendo assim, a imagem do cão virou a identidade da criptomoeda que foi oficialmente lançada em 2014.
No começo, a moeda era popular sobretudo entre os geeks, contudo, a criptomoeda foi ganhando cada vez mais notoriedade e força. Além disso, a comunidade Dogecoin doou 55 mil dólares em 2014 para as corridas de Stockcar nos Estados Unidos, em parceria com o piloto Josh Wise, o que fez com que a moeda digital ganhasse ainda mais relevância.
Sendo que, na corrida, Wise usou a logomarca da Dogecoin no carro, o que fez com que a criptomoeda ganhasse reconhecimento internacional.
Outro acontecimento que fez com que a Dogecoin ficasse mais conhecida, foi quando a comunidade da criptomoeda conseguiu captar 25 mil dólares em 2014 para patrocinar a equipe jamaicana nos Jogos Olímpicos de Inverno na Rússia.
Como funciona?
A Dogecoin funciona como uma alternativa de criptomoeda descentralizada que pode ser usada tanto para especulação, quanto para transferir dinheiro. Como ela tem o código-fonte aberto, os desenvolvedores e programadores podem acessar o código e realizar melhorias.
Por ser uma rede descentralizada e de ponto a ponto, não existe um servidor central que faz o regulamento do seu funcionamento. O seu protocolo de funcionamento é o consenso Proof of Work (PoW), em português, prova de trabalho.
Esse é o mesmo protocolo usado pelo Bitcoin. As moedas são criadas por meio da mineração, onde os operadores da rede fazem a validação das transações no blockchain e são recompensados com unidades de Dogecoin.
Não existe um limite de unidades a serem mineradas, logo, é provável que o preço não aumente muito no decorrer dos anos. No entanto, a comunidade Dogecoin é extremamente engajada e contribui com formas de valorizar a criptomoeda e manter o alto volume de negociações.
Para que serve a Dogecoin?
Quando foi criada, o objetivo da Dogecoin era facilitar o acesso à tecnologia de criptomoedas ao desenvolver um criptoativo acessível para todas as pessoas. Além disso, o criador da moeda também tinha a intenção de fazer uma brincadeira com a tecnologia e o meme do cachorro, que estava em alta no momento.
Dessa forma, a Dogecoin, assim como as demais moedas digitais, serve como um criptoativo que pode ser comprado e vendido tanto com o objetivo de lucrar com a diferença de compra e venda, quanto para ser usada como um substituto para o dinheiro tradicional.
Dogecoin versus Bitcoin
A primeira diferença entre as duas criptomoedas foi o contexto de criação de cada uma delas. O Bitcoin foi criado como uma maneira de descentralizar o controle financeiro e colocar o usuário no controle do próprio dinheiro.
Por outro lado, a Dogecoin foi criada como uma brincadeira com um meme que estava bombando na época. Ou seja, o Bitcoin tinha como objetivo impactar a sociedade, ao passo em que a Dogecoin começou como uma brincadeira que ganhou enorme relevância.
Outra diferença é que o Bitcoin possui um limite de mineração e passa pelo processo de halving, o que faz com que ele seja escasso. Essa escassez é importante para que a moeda seja deflacionária, o que ela continue a se valorizar com o passar dos anos.
Em contrapartida, a Dogecoin não possui um limite de unidades a serem mineradas, o que significa que não existe escassez da moeda. A consequência do excesso de moeda em circulação é que seu preço é reduzido. Portanto, quando existirem Dogecoins em excesso no mercado, é provável que esse criptoativo passe por uma forte desvalorização.
As duas moedas se diferenciam também em relação ao preço de mercado, já que o Bitcoin custa milhares de dólares a unidade e a Dogecoin custa menos de 1 dólar. Entretanto, a Dogecoin tem uma característica que sai em vantagem se comparada com o Bitcoin: a velocidade das transações.
Enquanto o Bitcoin precisa de aproximadamente 10 minutos para confirmar uma transação, a Dogecoin faz isso em menos de 1 minuto. Além disso, a taxa cobrada nas transações de Bitcoin custa em torno de US$ 18,40 e a Dogecoin cobra aproximadamente US$ 0,12.
Vantagens e riscos
Uma das vantagens da Dogecoin é que as transações são realizadas rapidamente e quase nunca acontecem congestionamentos na rede. Sendo que, os custos das transações são bem baixos, o que faz da DOGE uma boa opção para quem deseja transferir dinheiro sem pagar caro nas transações.
Outra vantagem está na mineração da criptomoeda que é bem mais acessível do que a mineração do Bitcoin. Isso porque, a taxa hash do Bitcoin é bem maior do que a da Dogecoin, o que faz com que os mineradores de Bitcoin precisem investir muito mais em seu poder computacional para a resolução dos complexos problemas matemáticos para validar as transações.
Atualmente existem mais de 129 bilhões de unidades de Dogecoin em circulação, já que não existe um limite para a produção e inserção de novos tokens no mercado. Ou seja, pode existir um número infinito dessas moedas em circulação, o que representa um risco para os usuários. É por isso que ela não é utilizada como investimento de fato, mas sim para especulação.
A DOGE tem ainda uma desvantagem que representa um risco: a baixa liquidez. Em resumo, a liquidez é a facilidade com que a aplicação pode ser convertida em dinheiro. Como a Dogecoin não é tão procurada, ela possui baixa liquidez e os usuários podem ter dificuldades para venderem seus ativos.
Como comprar Dogecoins?
Em 2021 a Dogecoin passou por uma forte valorização e passou a ser comentada na internet. Um dos motivos por trás da recente valorização, foi os tweets do bilionário Elon Musk, CEO da Tesla e da Space X. Após realizar alguns tweets onde manifestava seu apoio à Dogecoin, a criptomoeda se valorizou em 60% em poucas horas.
Se você está pensando em comprar Dogecoin para aproveitar enquanto ela está em alta, vale lembrar que essa moeda é usada sobretudo para especulação e não como investimento. Dito isso, o recomendado é que você analise o seu perfil de investidor para saber se esse é o ativo mais recomendado para você, já que ele passa por constantes oscilações.
Opções para comprar
Se você optar por adquirir Dogecoin, você possui as seguintes alternativas:
1- Corretoras: Comprar Dogecoin por meio de corretoras especializadas, as chamadas exchanges, é a forma mais segura. Isso porque, a corretora realiza o processo de intermediação e garante a segurança da operação.
2- Mineração: A segunda maneira de conseguir as moedas é realizar a extração dos tokens por meio do processo de mineração. Para isso, você usa o seu poder computacional para validar as operações e é recompensado com frações de Dogecoin.
3- P2P: o P2P ou peer-to-peer consiste em realizar transações diretamente com outro usuário. Nesse caso, as transações ocorrem sem a intermediação de uma corretora. Essa é a opção mais arriscada, pois não existem garantias de que você receberá os tokens comprados.
4- Doações da comunidade: Por fim, é possível ganhar Dogecoin como doação da comunidade. Isso pode acontecer, por exemplo, quando algum conteúdo sobre a Dogecoin é produzido e a comunidade usa as moedas como gorjeta.
Enfim, após adquirir seus Dogecoins, é importante que você faça o correto armazenamento dos seus criptoativos. Para isso, você pode usar as carteiras online, mobile, software, hardware e papel. As carteiras que são conectadas na internet são conhecidas como quente (hot) e as desconectadas são as carteiras frias (cold).
Alguns exemplos de carteira digitais para Dogecoin são: Ledger wallet, Multdoge wallet e Dogechain. Veja o vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha e descubra se ele investiu em Dogecoin:
Agora que você sabe como a Dogecoin funciona, aprenda sobre as Paper wallet, o que é? Definição, como funciona e segurança da carteira
Fontes: Coinext, Oficina da net, Guia do Bitcoin e The cap
Imagens: E-investidor, Exame, Jornal contábil, Investing, Infomoney, Yahoo e Livecoins