FGCoop: o que é e como funciona esse fundo garantidor?

O FGCoop é um fundo que garante até R$ 250 mil por pessoa em depósitos nas cooperativas de crédito. Saiba mais.

26 de agosto de 2025 - por Sidemar Castro


O FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito) é uma entidade privada e sem fins lucrativos criada para dar mais tranquilidade a quem aplica seus recursos em cooperativas de crédito ou bancos cooperativos. Ele funciona de forma semelhante a um seguro, garantindo maior proteção para os depósitos e investimentos feitos nessas instituições.

Quer entender melhor como esse fundo atua e por que ele é tão importante para a segurança financeira? Leia este artigo e saiba mais.

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O que é o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop)?

FGCoop é a sigla para (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito). É um fundo que funciona como uma rede de segurança para quem investe em cooperativas de crédito.

Se por acaso a instituição de quem investe tiver problemas sérios, como falência ou liquidação, o fundo garante que o cooperado possa recuperar até R$ 250 mil do que aplicou. Criado em 2013, ele surgiu para dar mais estabilidade ao sistema cooperativo e oferecer a mesma proteção que os bancos tradicionais já tinham com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Assim, o FGCoop ajuda a tornar o cooperativismo mais confiável e atraente para quem procura escapar dos grandes bancos.

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Qual a função do FGCoop?

O FGCoop nasceu para trazer mais segurança a quem confia seus recursos às cooperativas de crédito.

Em situações inesperadas, como a intervenção ou liquidação de uma instituição, ele tem a função de agir como um verdadeiro amparo, garantindo a devolução de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por cooperativa associada

Além desse papel de proteção, o FGCoop exerce uma função preventiva essencial: ele reforça a estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), oferecendo suporte financeiro quando necessário e promovendo mais confiança ao ambiente cooperativo.

Saiba mais: Cooperativa de crédito: o que é, como funciona esse tipo de instituição?

O FGCoop é administrado por quem?

O FGCoop é administrado por uma estrutura que garante sua governança com responsabilidade e transparência. Uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria e de direito privado, reúne todas as cooperativas singulares que captam depósitos, além dos bancos cooperativos Bancoob e Banco Sicredi.

A condução do fundo envolve a eleição de seus conselheiros por meio de assembleia geral, e os nomes dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva ainda precisam ser aprovados pelo Banco Central.

Para reforçar a isenção e a boa governança, desde abril de 2025 o FGCoop passou a contar com um presidente independente, João Francisco Sanches Tavares, escolhido pelos associados e aprovado pelo Banco Central.

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Como o FGCoop funciona?

O FGCoop funciona como um seguro para quem investe em cooperativas de crédito.

Se a cooperativa tiver problemas sérios, como falência ou liquidação, o fundo garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Esse valor cobre aplicações como poupança, RDC, CDB, LCI, LCA, entre outros.

As cooperativas associadas contribuem mensalmente para manter o fundo ativo, e o pagamento aos investidores é organizado pelo FGCoop com apoio do Banco Central. É uma forma de proteger o patrimônio dos cooperados e dar mais confiança ao sistema financeiro cooperativo.

Como contribuir para o FGCoop?

A contribuição para o FGCoop é feita pelas próprias cooperativas de crédito que participam do fundo.

Todos os meses, essas instituições repassam um valor equivalente a 0,0125% sobre os saldos das contas que estão cobertas pela garantia, como depósitos à vista, poupança e aplicações a prazo.

Esse repasse nunca pode ser inferior a R$ 100, o que ajuda a manter o fundo saudável e pronto para proteger os cooperados em caso de necessidade.

Quais são os investimentos protegidos pelo FGCoop?

O FGCoop oferece uma verdadeira tranquilidade para quem investe por meio das cooperativas de crédito. Ele garante proteção para diversas aplicações de renda fixa, como os depósitos à vista, aqueles que você pode sacar quando quiser, e também os tradicionais depósitos de poupança, que permitem acumular seus recursos com segurança.

Além disso, ele cobre investimentos a prazo, como Recibo de Depósito Cooperativo (RDC), Recibo de Depósito Bancário (RDB) e Certificado de Depósito Bancário (CDB), mesmo nos casos em que esses títulos não vêm acompanhados de certificado formal;

E tem mais: o FGCoop também protege uma série de letras financeiras, que são alternativas interessantes para diversificar seus investimentos. Estão incluídas as letras de câmbio, as letras imobiliárias, as letras hipotecárias, além das famosas LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio).

Vantagens do FGCoop

Uma das coisas mais valiosas que o FGCoop oferece é a segurança do seu dinheiro, com garantia de reembolso de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, em situações inesperadas como intervenção ou falência de uma cooperativa.

Mas ele vai além disso: atuando como um pilar de estabilidade, ele fortalece o cooperativismo como um todo, ao proporcionar suporte e solidez às cooperativas, ele ajuda a manter a confiança de quem investe e reforça a credibilidade do setor.

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Diferença entre FGCoop e FGC

Se o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é conhecido como o “seguro” que protege o dinheiro depositado em bancos tradicionais, o FGCoop exerce função semelhante dentro das cooperativas de crédito.

Ambos garantem até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em caso de falência ou liquidação da instituição.

A grande diferença está no tipo de instituição que cada um cobre: o FGC atende bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento, caixas econômicas e sociedades de crédito; já o FGCoop é exclusivo das cooperativas de crédito e bancos cooperativos.

Outro detalhe relevante é que o FGC impõe um limite adicional de até R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ a cada quatro anos, enquanto o FGCoop não tem esse teto extra, bastando que os valores estejam distribuídos em cooperativas diferentes para ampliar a proteção;

Leia mais: Como funciona o FGC – Fundo Garantidor de Crédito

Fontes: Credcitrus, XPI, Unicred, Somma Investimentos e Suno.

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