7 lições do livro “Ações comuns, lucros extraordinários

6 de setembro de 2022 - por Jaíne Jehniffer


O livro Ações comuns, lucros extraordinários, de Philip Fisher é um dos livros mais recomendados para os investidores. Isso porque o autor aborda diversos aspectos importantes sobre como investir.

Por exemplo, Philip Fisher defende uma análise de ações, onde são considerados aspectos como o ambiente de trabalho para os funcionários e quem são os gestores da empresa.

Isso porque o autor acredita que estes aspectos influenciam diretamente no futuro da empresa, e devem ser considerados por todos os investidores.

Além disso, Fisher fala sobre o limite para a diversificação da carteira de investimentos. Não adianta investir em empresas demais. Portanto, é preciso fazer uma diversificação limitada.

7 lições do livro “Ações comuns, lucros extraordinários”

Algumas lições do livro são:

1- Os 15 pontos de Philip Fisher

Philip Fisher fala sobre 15 questões que o investidor deve responder ao analisar uma empresa. Em resumo, as questão são:

  1. A empresa tem produtos ou serviços com potencial de mercado suficiente para garantir o aumento das vendas por muitos anos?

  2. A gestão da empresa tem determinação para continuar a desenvolver produtos ou processos que aumentarão o potencial de vendas quando o potencial dos produtos ou serviços atuais já tiver sido explorado?

  3. Quão efetivas são as pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e serviços da empresa em relação ao seu tamanho?

  4. A empresa tem uma organização de vendas acima da média?

  5. A empresa tem uma margem de lucro que vale à pena?

  6. O que empresa tem feito para manter ou melhorar sua margem de lucro?

  7. A empresa tem uma boa relação com os seus funcionários?

  8. Existe boa relação entre os executivos da empresa?

  9. A empresa tem outras pessoas com quem contar, caso haja algum problema com as pessoas chave?

  10. Quão boa é a análise de custos e controles das contas?

  11. Existem outros aspectos do negócio, de alguma forma peculiares nesse setor, que dê ao investidor pistas importantes sobre quão bem a empresa poderá ser em relação às suas concorrentes?

  12. A empresa tem uma visão de curto ou de longo prazo sobre os seus lucros?

  13. No previsível futuro, o crescimento da empresa exigirá novas emissões de ações, que diluirão os acionistas que não aumentarem a sua posição, reduzindo os benefícios daqueles que se anteciparam àquele crescimento?

  14. A empresa fala normalmente com os seus acionistas quando as coisas estão indo bem, mas se cala de repente quando as coisas estão indo mal?

  15. Por fim, a empresa tem uma gestão com integridade inquestionável?

2- Perfil de investidor

No livro Ações comuns, lucros extraordinários, Fisher fala ainda sobre a importância de considerar o seu perfil de investidor.

Ou seja, aplique em ativos que estejam de acordo com o seu perfil de risco. Com isso, você aumenta as chances de obter os resultados pretendidos.

3- Dividendos

Fisher explica que nem sempre as empresas devem pagar dividendos. Pode ser melhor que a companhia retenha o lucro do investidor para reinvestir em sua própria atividade.

Ou seja, muitas vezes, é melhor aplicar em uma empresa que opta em investir em si mesma do que em distribuir lucros aos acionistas.

4- O métodos scuttlebutt é apresentado no livro

O scuttlebutt é um método para encontrar empresas lucrativas.

Em resumo, ele consiste em buscar informações que não seriam encontradas por meio de contato direto apenas com a empresa que você está pensando em investir.

Em outras palavras, você busca dados sobre a empresa com clientes, fornecedores, concorrentes e funcionários da companhia.

5- Triagem

Para Fisher, antes de aplicar o método scuttlebutt é preciso fazer uma triagem.

Em síntese, essa triagem deve ser feita a partir dos indicadores de rentabilidade e eficiência, calculados a partir dos dados disponíveis na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e no Balanço Patrimonial da empresa.

Só depois disso é que ocorre a aplicação do método scuttlebutt. O resultado final serão algumas poucas empresas e você poderá selecionar as que merecem o seu investimento.

6- Diversificação

A diversificação da carteira de investimentos é muito importante para diluir os riscos. Mas é preciso tomar cuidado para não confundir diversificação e pulverização da carteira.

Isso porque é preciso que você conheça a fundo a empresa e acompanhe a sua atuação no decorrer dos anos. Isso é bem difícil se você tiver uma carteira com ações em excesso.

Para Fisher, uma boa quantidade de ativos na carteira seria entre 10 a 12 ações. Sendo que essas ações devem ser de empresas que atuam em diferentes setores.

7- O livro fala sobre a hora de vender uma ação

Por fim, outra lição do livro Ações comuns, lucros extraordinários é sobre a venda de ações. Desse modo, Fisher aponta alguns motivos que justificam a venda de uma ação:

1- Erro

Então, suponhamos que você analisou uma empresa e comprou ações. No entanto, depois de acompanhar a empresa durante um tempo, você nota que ela não é o que você esperava inicialmente.

Dessa forma, você percebe que cometeu um erro ao investir nela. Neste caso, é melhor vender e aprender com seus erros.

2- Perda de fundamentos

Se a empresa perder fundamentos, pode ser melhor vender as ações.

3- Estágio de maturação

Por fim, se você investe apenas em ações de crescimento, é preciso ficar atento para as empresas que atingem o estágio de maturação.

Neste caso, se o esperado for apenas o seu setor de atuação, então pode não fazer sentido continuar com a empresa.

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