18 de janeiro de 2022 - por Jaíne Jehniffer
Se você é dono de uma empresa, precisa saber o que é due diligence. Isso porque, ela pode ser necessária em fusões, aquisições e afins.
Sendo assim, se você optar por vender o seu negócio um dia, o interessado pode pedir uma due diligence. Da mesma forma, se você for comprar uma empresa, você deve pedir uma due diligence.
Pedir uma due diligence em fusões, aquisições e afins é essencial. Afinal de contas, por meio dela você tem uma visão de como a empresa de fato está.
O que é due diligence?
Em português, due diligence quer dizer diligência prévia. Trata-se do estudo e investigação de dados de uma empresa.
A ideia é analisar os possíveis riscos que a empresa pode trazer para os públicos interessados como, por exemplo, compradores, fornecedores e investidores.
Desse modo, a due diligence é quase um tipo de auditoria. No entanto, ela analisa dados mais profundos do que uma auditoria.
Isso porque, ela envolve aspectos:
- Financeiros;
- Trabalhistas;
- Jurídicos
- Fiscais;
- Tecnológicos
- Contábeis.
Além disso, a auditoria não tem os mesmos objetivos da due diligence. Em resumo, a auditoria serve para entender se a contabilidade da empresa foi feita de forma certa.
Por outro lado, o objetivo com a due diligence é compreender a empresa como um todo.
Isso é possível ao se analisar todos os fatores que compõem a empresa e como o negócio funciona. Com isso, é possível ter uma visão real dos riscos, oportunidades e valor de mercado do negócio.
Para que serve?
A due diligence serve para analisar o negócio como um todo. Desse modo, ela ajuda a ver se a empresa executa o que ela prega.
Além disso, ela tem como intuito a análise da posição de mercado da empresa. É muito comum que a due diligence seja feita em processos de fusões e aquisições de empresas.
Neste caso, a parte interessada faz a due diligence para analisar como a empresa está. Com isso, é possível ver se a empresa é saudável e quais são seus riscos e oportunidades.
Dessa forma, ela serve como base para fusões ou aquisições. A due diligence ajuda até mesmo na definição de um valor realista para o negócio.
Neste sentido, o processo de due diligence é importante tanto para a empresa, quanto para os interessados. Para a empresa, o processo é uma forma de ter uma visão geral do negócio.
Já para os interessados, ela é uma forma de analisar os riscos do negócio. Enfim, ela serve para analisar aspectos importantes da empresa, tais como:
- Projeção para o futuro;
- Posição no mercado;
- Concorrentes;
- Situação fiscal e contábil;
- Riscos do negócio.
Análises da due diligence
Existem algumas áreas que sempre são analisadas em uma due diligence, pois têm um grande impacto no negócio. Essas áreas são:
1- Financeira: Serve para entender todo o fluxo de capital que gira na empresa. Desse modo, o intuito é analisar a saúde financeira do negócio. Serve ainda para analisar suas projeções para o futuro.
Enfim, nessa área são analisados os documentos que fazem parte das finanças da empresa. Sendo assim, é analisado dados como, por exemplo:
2- Jurídica: Serve para analisar as questões e pendências jurídicas do negócio. Dessa forma, analisa-se aspectos como:
- Contratos;
- Empréstimos;
- Propriedades.
Além disso, é nessa área que analisa-se os aspectos de compliance dentro da cultura da empresa.
Ou seja, é verificado se a companhia criou uma cultura de procedimentos que estejam de acordo com a vigência legal da atividade da empresa. Enfim, essa área é muito importante em situações de fusão ou incorporação de empresas.
3- Trabalhista: Serve para verificar como é o quadro funcional do negócio. Sendo assim, o objetivo é verificar se o quadro ajuda na saúde da empresa ou quais riscos ele possui.
Para isso, é analisada a questão contratual e legislativa dos funcionários. Também é analisada a distribuição dos trabalhadores nas funções e quais são os possíveis riscos dessa área para a empresa.
4- Contábil e fiscal: Por fim, essa área da due diligence serve para analisar as finanças da empresa.
É por causa dessa área que por vezes a due diligence é confundida com auditoria. Enfim, nessa área são analisados dados como:
- Livros fiscais;
- Folhas de pagamentos;
- Pagamentos de impostos.
Como fazer uma due diligence?
De maneira geral, são as empresas de consultoria especializadas que fazem a due diligence. Sendo que essas empresas contam com uma equipe que está apta a analisar todas as áreas da empresa.
O processo de due diligence envolve as seguintes etapas:
1- Equipe
O 1º passo é formar uma equipe multidisciplinar. Esta equipe deve ser composta por:
- Contadores;
- Advogados;
- Administradores;
- Analistas de investimento;
- Economistas.
2- Negócio
O 2º passo é o mapeamento do negócio. Essa etapa serve para que se tenha uma visão mais ampla de como o negócio funciona. Ao conhecer o negócio, os consultores poderão levantar dados para fazer a due diligence.
3- Dados
O 3º passo consiste em levantar os dados. Os consultores irão pedir documentos e informações para os gestores, que sejam relevantes para a due diligence.
Sendo que essa análise de documentos acompanha um contrato de confidencialidade. Afinal de contas, os consultores irão analisar documentos sigilosos. Alguns exemplos de dados analisados são:
- Pagamento de impostos;
- Certidões;
- Ativos;
- Passivos;
- E, por fim, demonstrações financeiras.
Além disso, um detalhe importante é que os documentos pedidos vão depender do objetivo do interessado. Ou seja, os documentos podem variar se o objetivo for a fusão ou compra da empresa.
4- Resultados
Por fim, a 4º etapa é a apresentação dos resultados. Isso é feito por meio da formalização de um documento com as análises feitas.
Sendo assim, os consultores podem contar com planilhas e documentos expositivos para mostrar os resultados.
5- Regras
Algumas regras que o consultor deve seguir são:
- Foco nos dados relevantes;
- Foco nos itens que devem ser pesquisados;
- Peça os dados com antecedência.
- Evite pedir dados de forma constante;
- Se precisar, o consultor deve marcar pequenas reuniões.
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