Pullback: o que é, como funciona e características

4 de outubro de 2022, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 3 min, 58 seg


O termo pullback é usado na análise gráfica para se referir ao movimento contrário de uma tendência. Afinal, pullback pode ser traduzido como puxar.

Sendo assim, ele remete ao movimento de correção repentino que contraria a tendência do mercado. Ou seja, é o retorno de um ativo depois do rompimento de um suporte ou resistência.

Desse modo, o pullback é usado pelos especuladores como uma forma de identificar o momento certo para comprar e vender ações.

Basicamente, um pullback pode ser de alta ou de baixa. Em síntese, no pullback de alta, o ativo está em uma tendência de baixa, mas apresenta sinais de possível alta.

Por outro lado, no pullback de baixa, o ativo está se desvalorizando, mas apresenta sinais de possível alta.

Como o pullback funciona?

Na análise gráfica, o pullback é o movimento contrário de uma tendência. Sendo que o gráfico de um pullback pode ser identificado em ativos com grandes chances de reversão de tendência.

Em outras palavras, o ativo está em um processo de valorização, no entanto, ele mostra sinais de que pode cair.

O contrário também pode ocorrer: um ativo que está se desvalorizando, pode dar sinais de que irá subir. Nesse sentido, um pullback pode ser de alta ou de baixa.

Além disso, existe ainda o movimento de reversão, que pode ser confundido com o pullback.

Em resumo, no movimento de reversão, o preço reverte uma tendência anterior que vinha seguindo e não volta aos patamares que vinham sendo negociados antes.

Tipos de pullback

Os pullbacks podem ser de alta ou de baixa, de acordo com o movimento que ele se enquadra:

1- Alta

O pullback de alta é quando existe uma tendência de baixa do ativo, contudo, ele dá sinais de que pode iniciar um movimento de alta.

2- Baixa

Neste caso, os ativos estão se valorizando, mas mostram sinais de queda.

Como analisar?

Para fazer operações quando ocorre o pullback é essencial ter certeza de que esse fenômeno está acontecendo. Para isso, você deve analisar as características do fenômeno e ver se ele é um pullback ou não.

Sendo que um pullback costuma ocorrer sem que exista uma provocação de notícias ou indicadores. Isso porque, os movimentos são normais dentro da estrutura de mercado.

Dessa forma, eles ajudam a determinar o ponto onde muitos investidores estão zerando suas posições.

Características de um pullback

O pullback pode ocorrer em qualquer direção. Sendo que ele sempre acontece dentro de uma tendência maior de mercado.

Uma das principais características do pullback é o movimento natural e benéfico para o mercado. Isso porque, ele delimita um ponto onde diversos negociadores estarão zerando suas posições.

Dessa forma, quando o movimento chega ao fim, a tendência que o gráfico seguia antes prossegue, até que ocorra outro ponto.

Portanto, na análise técnica, o pullback aparece em todas as ondas de movimento do mercado. Logo, ele é visto como uma forma de identificar o melhor momento de compra de venda de ativos.

Quais os riscos do pullback

Existem muitos riscos no pullback. Isso porque trata-se de algo que envolve especulação financeira.

Sendo assim, quando uma pessoa especula sobre a movimentação de um ativo, seja para cima ou para baixo, a expectativa pode ou não se confirmar.

Portanto, se o especulador estiver errado em seu palpite, ele pode ter altos prejuízos. Uma forma de tentar diminuir o risco dessa estratégia é fazer o gerenciamento de risco.

Em resumo, com a gestão de riscos você consegue inserir stop loss e limites para operações, o que pode impedir que você tenha perdas muito altas.

Se você não gosta de correr riscos ou desejam construir um patrimônio, o mais recomendado é investir com foco no longo prazo ao invés de fazer especulações.

Para isso, você pode usar, por exemplo, a análise fundamentalista para encontrar ativos de qualidade para investir no longo prazo.

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Fontes: Modal mais, Suno e Bússola do investidor.