13 de outubro de 2020 - por Sidemar Castro
Os índices de ações servem como indicadores de desempenho das empresas. Alguns índices inserem em sua carteira teórica de ações apenas grandes empresas, outros preferem liquidez.
Como existem tipos diferentes de índices de ações, os investidores devem levar em consideração alguns deles antes de investir.
Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura.
O que são índices de ações?
Os índices de ações são uma soma de empresas com características em comum. Logo, os índices de ações servem como indicadores de como está o desempenho de determinado setor.
Quando sai no noticiário que a bolsa de valores subiu ou baixou, na verdade, ele está se referindo a um índice de ações. Sendo que, no Brasil, o mais importante é o Ibovespa.
Em resumo, os índices podem ser usados como um parâmetro para o desenvolvimento do mercado de grandes empresas ou de determinado setor, como, por exemplo, as Small Caps.
Desse modo, o investidor pode analisar os índices de ações antes de optar por um ativo.
Como eles funcionam e para que servem?
Os índices de ações são compostos por ativos de várias empresas, que são selecionados segundos critérios pré-estabelecidos pelos índices. Portanto, cada índice segue os próprios parâmetros, porém, comumente, o valor de mercado e a liquidez são fatores determinantes.
Além disso, a maioria dos índices leva em consideração a representatividade das empresas em seus setores de atuação.
Existem diversos índices diferentes no mercado, sendo que alguns analisam grandes empresas com liquidez, como o Ibovespa. Em contrapartida, alguns levam em conta apenas algumas poucas ações de empresas líderes, como o Dow Jones.
Os 12 principais índices de ações do mundo
Existem diversos índices, tanto no Brasil, quanto no exterior. Alguns deles são:
1. Ibovespa
Não tem como falar sobre índices de ações sem falar do Ibovespa. Isso porque, ele é o principal índice de ações do Brasil, conhecido também como IBOV. Esse índice foi criado, em 1968, na bolsa de valores de São Paulo, a nossa atual B3.
Dentre os critérios para que as empresas façam parte da carteira teórica de ações do IBOV está a negociabilidade e a liquidez. Em outras palavras, como essas ações serão representativas, elas precisam possuir um alto índice de negociação na bolsa, o que faz com o que, consequentemente, elas possuam liquidez.
Dessa maneira, as ações da carteira teórica do Ibovespa correspondem a cerca de 80% do volume de negociação da bolsa.
Em resumo, dentro da carteira do Ibovespa, as ações possuem pesos diferentes. Já os pesos são analisados segundo as cotações dos ativos e a sua quantidade na carteira teórica.
Enfim, como as ações possuem pesos diferentes, variando entre 1% e 5%, quando é noticiado que a bolsa teve alta ou baixa, não significa que houve variação em todo o mercado.
Dessa maneira, se apenas alguns ativos com pesos maiores tiverem variação já é suficiente para subir ou baixar todo o índice. A cada quatro meses é feita uma avaliação das ações que estão no índice.
Portanto, caso não cumpra todos os critérios, determinada ação pode ser retirada. Por outro lado, o IBOV pode acrescentar novas ações.
2. Índices de fundos de investimentos imobiliários (IFIX)
O IFIX demonstra o resultado do desempenho dos fundos imobiliários da B3. Ele foi criado em 2012 e é avaliado a cada quatro meses, sendo que o IFIX não tem um limite de cotas.
Para entrar no índice, as cotas dos fundos devem ter valor de mercado total, liquidez, não ser vendidas por menos de 1 real e ter participado em, pelo menos, 60% das sessões de três carteiras anteriores.
3. Dow Jones
O Dow Jones é um dos principais índices de ações dos Estados Unidos. Ele foi criado, em 1896, pelo mesmos sócios fundadores do The Wall Street Journal, Charles Dow e David Jones.
Uma curiosidade é que não existe um critério específico para as escolhas dos ativos que compõem a carteira teórica desse índice.
No entanto, as ações são sempre de Blue Chips, líderes em seu setores de atuação. Outra característica do Dow Jones é que são analisados os desempenhos de apenas 30 empresas.
Por fim, o Dow Jones é criticado por ser tão restrito, mas ele continua a influenciar fortemente o mercado.
4. Small Caps
O índice Small Caps (SMLL), é voltado para as empresas com menor capital da B3. Ele foi criado, em 2005, e segue alguns critérios, como o fato de que as empresas devem estar em ao menos 95% dos pregões de três carteiras anteriores.
Além disso, as ações não devem ser negociadas por um preço abaixo de 1 real.
Em resumo, o SMLL demonstra as variações dos preços dos ativos e o impacto do pagamento de dividendos. Enfim, esse índice é muito importante para os investidores, que gostam de aplicar em Small Caps, conseguirem acompanhar esse setor.
5. S&P 500
Junto ao Dow Jones, o S&P 500 é um dos índices de ações norte-americano mais importantes. O índice leva em consideração o valor do mercado das companhias.
Dessa maneira, o índice analisa o desempenho de Blue Chips, independentemente de serem líderes ou não. Neste índice, as empresas com maior valor de mercado possuem maior participação do que as outras menores.
Por outro lado, por sere mais abrangente do que o Dow Jones, o S&P 500 analisa os ativos de 500 empresas e, com isso, acaba sendo mais utilizado.
6. Índice de ações – Shanghai (SSEC)
Acompanhar os índices da China é importante, pois, além da China possuir um PIB gigantesco, ela ainda é a principal parceira comercial do Brasil.
O SSEC é um dos principais índices de ações da China, sendo que todas as empresas negociadas na bolsa de valores de Shanghai fazem parte desse índice.
7. Nikkei 225
O Nikkei é um índice do Japão. Ele surgiu em 1950 e é um índice de ativos da bolsa de Tóquio. São 225 empresas presentes no índice Nikkei e os resultados do índice são calculados pelo Jornal Econômico do Japão.
A composição desse índice é revista uma vez por ano e as empresas que fazem parte dele devem ter os maiores preços no mercado.
8. Nasdaq
A Nasdaq é uma bolsa de valores em New York. Esse índice tem a particularidade de abranger todas as empresas que estiverem na bolsa de valores da Nasdaq.
Ele foi criado em 1971 e é importante, pois apresenta o desempenho de milhares de empresas norte-americanas. Como os Estados Unidos é uma potência mundial, é importante estar sempre atento ao desempenho de suas empresas.
9. CAC 40
O CAC 40 (Cotation Assistée en Continu) é um índice de mercado de ações francês que representa uma medida ponderada por capitalização das 40 ações mais significativas entre as 100 maiores capitalizações de mercado na Euronext Paris (anteriormente a Bolsa de Paris). O índice é um indicador de retorno de preço.
O valor inicial do índice — 1000 pontos — foi estabelecido em 31 de Dezembro de 1987. O CAC 40 é um índice de capitalização de mercado de flutuação livre que reflete o desempenho das 40 ações maiores e mais negociadas listadas na Euronext Paris. É o indicador mais amplamente utilizado do mercado de ações de Paris.
O índice serve como um ativo subjacente para produtos estruturados, fundos, fundos negociados em bolsa, opções e futuros.
10. FTSE 100
O FTSE 100 é o principal índice do mercado acionário britânico, representando as 100 maiores empresas listadas na Bolsa de Valores de Londres. Foi criado em 1984 pela união do Financial Times de Londres e da London Stock Exchange.
Ele é gerido pelo FTSE Group e inclui empresas de diversos setores, muitas das quais são multinacionais. O índice é importante no mercado de capitais mundial, concentrando as empresas que detêm 80% do valor de mercado de todas as ações negociadas.
Além do FTSE 100, existem variações como o FTSE 250 e o FTSE 350, que reúnem um maior número de empresas listadas na LSE.
11. DAX
O DAX, abreviação de Deutscher Aktienindex, é o principal índice de ações da Bolsa de Valores da Alemanha, a Frankfurter Wertpapierbörse. Ele é composto pelas 40 maiores empresas listadas na Alemanha em termos de capitalização de mercado e volume de negociação.
O DAX é um indicador importante do desempenho do mercado de ações alemão e é comumente usado como referência para os investidores que desejam acompanhar a economia alemã.
12. S&P/BMV IPC
O S&P/BMV IPC é um índice que procura medir o desempenho das ações de maior tamanho e liquidez listadas na Bolsa Mexicana de Valores (BMV). Ele é composto por uma seleção de ações que representam uma parte significativa do mercado de ações mexicano.
O índice é uma medida importante do mercado de ações do México e é comumente utilizado como referência para o desempenho geral do mercado de ações do país.
Além disso, existe o S&P/BMV IPC CompMx, que é uma medida mais ampla do mercado mexicano de valores, buscando medir o desempenho de um maior número de ações listadas na BMV.
Fontes: Sulamericana, Suno, XPEducação