Jorge Moll Filho – saiba mais sobre o presidente do Grupo D’Or

20 de novembro de 2021 - por Jaíne Jehniffer


O cardiologista e empresário Jorge Moll Filho é o presidente do conselho de administração da D’Or. A D’Or é a maior rede de hospitais privados do Brasil. Em resumo, Jorge foi pioneiro ao notar a falta de hospitais de alto padrão.

Ao perceber a oportunidade de empreender, ele abriu um laboratório de imagem para diagnóstico de saúde em 1977. Na década de 1990 Jorge Moll Filho abriu os primeiros hospitais de alto padrão.

Desde então, a empresa só cresceu. Hoje ela conta com 51 unidades próprias e 32 projetos em desenvolvimento em vários estados. Em 2020 veio a abertura de capital e Jorge Moll Filho tornou-se bilionário.

Vida pessoal e fortuna de Jorge Moll Filho

Jorge Neval Moll Filho nasceu em 1945 na cidade do Rio de Janeiro. Ele cursou a faculdade de medicina e optou por se especializar em cardiologia.

Ao perceber a necessidade de hospitais de alto padrão do Brasil, ele decidiu empreender. Foi justamente ao empreender no ramo hospitalar que Jorge Moll Filho construiu sua fortuna.

De acordo com o ranking da Forbes de 2021, Jorge Moll Filho é a 11ª pessoa mais rica do Brasil com cerca de R$ 25,2 bilhões. Com a abertura de capital da Rede D’Or em 2010, a família Moll se tornou uma das mais ricas do Brasil. 

Jorge Moll Filho

Jorge Moll Filho é pai de cinco filhos: Jorge, Renata, André, Pedro e Paulo. Os três mais velhos também são médicos e trabalham na companhia. Os dois mais novos atuam na gestão da empresa.

Sendo assim, Pedro faz parte do conselho de administração. Já Paulo é economista e no início do ano ele assumiu a presidência do grupo. Antes dele, quem ocupava este posto, desde 2013, era Heráclito Brito.

Rede D’Or

A história da Rede D’Or teve início em 1977 quando Jorge Moll Filho começou a empreender por meio do Grupo Labs. A Cardiolab, a primeira unidade da empresa, a Cardiolab, era voltada para a área de diagnósticos médicos.

Dessa forma, essa unidade fazia, por exemplo, ecocardiografias e ultrassonografias. Na década de 80 a empresa se expandiu por meio da abertura de novas unidades.

A implantação do conceito de todos os exames em um único lugar também ajudou no crescimento da companhia. Nos anos 90, ele de fato passou a investir na área hospitalar.

Sendo que ele decidiu abrir um hospital ao perceber que as pessoas que moravam na zona sul carioca não tinham um bom atendimento.

Isso porque, na época, eram poucos os hospitais particulares no Rio de Janeiro. Dessa maneira, muitas pessoas tinham que ir até São Paulo para conseguir atendimento.

Jorge Moll Filho

Com essa ideia em mente, Jorge Moll Filho conseguiu convencer o empresário Jacob Barata a transformar o Copa D’Or, um hotel de 4 estrelas, em um hospital.

Em resumo, Jorge Moll Filho tinha uma dívida com Jacob Barata. No entanto, era seu filho Daniel que intermediava a dívida. Jorge Moll Filho convenceu Daniel a investir na criação de um hospital no hotel.

Daniel gostou da ideia, mas seu pai não. A ideia então foi deixada de lado até 1995 quando Daniel foi assassinado. Com isso, Jacob decidiu transformar o hotel em hospital para honrar o desejo do filho.

Sendo assim, em 2000 ocorreu a inauguração do Copa D’Or. O hospital tinha um novo conceito de arquitetura, alta tecnologia e hotelaria hospitalar.

Para você ter uma ideia, os primeiros hospitais contavam com chef de cozinha, manicure e cabeleireiro. O mercado de saúde no Brasil também estava passando por um momento de expansão o que ajudou no crescimento da empresa.

Crescimento

Em 2010 Jorge vendeu o Grupo Labs para o Grupo Fleury. Com isso, ele voltou o seu foco para os hospitais privados.

O crescimento da Rede D’Or, contou não apenas com o capital obtido com a venda do laboratório, mas também com recursos de investidores.

Alguns investidores foram BTG Pactual, Fundo Soberano de Cingapura e a gestora de recursos Carlyle. O investimento do BTG foi feito por meio da compra de debêntures conversíveis em ações.

Com isso, ele se tornou sócio da empresa. Já o grupo Carlyle se tornou investidor do grupo em 2015. A transação injetou R$ 1,8 bilhão no negócio. Por fim, com R$ 2,4 bilhões, o Fundo Soberano de Cingapura adquiriu uma parte da empresa.

Atualmente

 Atualmente a Rede D’Or é o maior grupo de hospitais privados independentes do país.

O grupo conta com 51 unidades próprias, 1 sob administração e ainda 32 projetos de hospitais em desenvolvimento. Desse modo, esses hospitais estão distribuídos entre:

  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Pernambuco;
  • Bahia;
  • Sergipe;
  • Maranhão;
  • Paraná;
  • Ceará;
  • Distrito Federal.

Além disso, a Rede D’Or opera ainda no segmento de clínicas oncológicas. Dessa forma, hoje em dia a empresa tem 39 unidades distribuídas pelo Brasil.

A empresa também atua por meio de laboratórios de análises clínicas e de imagem e unidades de diálise. No total são 11 laboratórios e 53 unidades de diálise.

Além disso, a empresa investe em inovação e pesquisa clínica. Isso é feito através do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), que foi fundado em 2010.

No dia 10 de dezembro de 2020, ocorreu a abertura de capital da Rede D’Or. A sua IPO foi a terceira maior abertura da história da B3 e levantou R$ 11,39 bilhões.

Na abertura a empresa foi avaliada em R$ 115 bilhões. Sendo assim, ela estreou na B3 para a 10º maior empresa da bolsa. Ou seja, ela entrou na B3 valendo mais do que o dobro que outras empresas do mesmo setor na bolsa. 

Enfim, apesar do seu tamanho, a empresa ainda pretende crescer muito. De acordo com as informações apresentadas aos investidores em roadshow, a empresa pretende dobrar de tamanho em apenas 5 anos.

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