Tolerância ao risco: saiba como definir seu perfil de investidor

16 de setembro de 2022 - por Jaíne Jehniffer


A tolerância ao risco é o nível de risco que um investidor suporta. Ou seja, é o quanto um investidor consegue suportar as grandes oscilações para baixo, sem desfazer toda a sua posição.

O risco dos investimentos são as probabilidades de certa aplicação resultar em prejuízo. Todos os investimentos têm um nível de risco. Mas alguns são mais arriscados do que outros.

Além disso, é preciso considerar que quanto maior for o nível de risco de uma aplicação, maior tende a ser o retorno oferecido por ela.

Sendo que a tolerância ao risco tem relação direta com o perfil do investidor.

Por exemplo, um investidor conservador tem baixa tolerância ao risco. Logo, se ele aplicar em um ativo muito arriscado, as chances de ele vender antes da hora e ter prejuízos são grandes.

No fim das contas, quanto maior for a tolerância ao risco, mais arrojado o investidor é. Quanto menor for a tolerância ao risco, mais conservador ele é.

Risco de investimento de acordo com o perfil de investidor

De maneira geral, os investidores podem ser divididos em: conservadores, moderados e arrojados. Sendo que cada um deles tem características específicas e níveis de tolerância de risco diferentes.

1- Investidor agressivo ou arrojado

O investidor arrojado é aquele que aceita correr altos riscos em troca de grandes chances de obter altos retornos. Sendo assim, as características de um investidor arrojado são:

  • Alta tolerância a riscos

  • A maior parte da carteira é composta por ativos arriscados de renda variável

  • Geralmente investe em ativos como: ações, contratos futuros e criptomoedas.

2- Investidor moderado

Já o investidor conservador aceita correr um pouco de risco, em prol de um retorno mais alto. Contudo, ele não toma tanto risco quando o arrojado. Enfim, as características são:

  • Tem uma média tolerância ao risco

  • Investe em renda fixa e em renda variável

  • Sabe dosar o quanto de risco aceita correr

  • Costuma investir em ativos como: tesouro direto, CDBs, ações e fundos imobiliários.

3- Investidor conservador

Por fim, temos o investidor conservador que não gosta de correr risco. Ou seja, ele prefere ter um retorno menor do que se arriscar em prol de uma rentabilidade maior.

  • Baixa tolerância ao risco

  • Prefere a segurança do que a chance de ter uma rentabilidade maior

  • Não gosta de oscilações do mercado

  • Gosta de previsibilidade no retorno dos investimentos

  • Sente necessidade de preservar o patrimônio

  • Geralmente investe em tesouro direto e CDBs.

Como calcular o nível de tolerância ao risco?

O primeiro passo para calcular o nível de tolerância ao risco é descobrir o seu perfil de investidor. Isso porque o perfil de risco está diretamente relacionado com a quantidade de risco que você aceita correr.

Depois disso, é preciso verificar o risco da aplicação. Para identificar o risco, você deve analisar onde, quando, porquê e como algo poderia ocorrer.

Por exemplo, vamos supor que você vai investir na bolsa de valores. A dica é estudar sobre o histórico da empresa, o seu setor de atuação e seus indicadores.

Enfim, ao analisar o risco de um ativo, não deixe de considerar os seguintes fatores:

  • Riscos passados e atuais

  • Soluções preventivas

  • Nível de risco

Tolerância ao risco X capacidade a riscos

A tolerância ao risco está relacionada com o seu perfil de investidor. Já a capacidade a risco é a possibilidade de você exercer esse perfil na prática.

Por exemplo, vamos supor que você tem uma alta tolerância ao risco. Isso significa que você pode assumir investimentos mais arriscados.

No entanto, se você não tiver os recursos financeiros para se arriscar, você não conseguirá assumir os riscos que você poderia assumir.

Disposição x capacidade a riscos

A disposição a correr riscos é a vontade que o investidor tem de abrir mão da segurança em prol de um retorno maior.

Por outro lado, a capacidade a riscos está relacionada com a habilidade do investidor de acompanhar uma grande desvalorização dos ativos sem entrar em pânico e resgatar tudo antes da hora.

É por isso que antes de investir você precisa fazer o teste para descobrir o seu perfil de investidor e respeitar o seu perfil. Afinal de contas, não basta disposição para correr risco, é preciso ter capacidade de correr riscos.

O que é critério de risco?

O critério de risco se relaciona com a capacidade do ativo em oscilar ou não. Por exemplo, os ativos de renda variável têm um alto critério de risco.

Isso porque os ativos de renda variável costumam passar por muitas oscilações positivas e negativas.

Por outro lado, na renda fixa o esperado é que o critério de risco seja menor. Afinal de contas, os ativos de renda fixa costumam ser mais constantes.

Enfim, os critérios de risco são um dos fatores que você deve levar em conta ao analisar um ativo.

O que é apetite de risco?

O apetite aos riscos é o que o investidor agressivo ou arrojado tem. Ou seja, ele gosta de se arriscar e não se importa tanto com a segurança das aplicações.

Isso porque esses investidores entendem que quanto maior o risco, maior tende a ser o retorno oferecido pela aplicação.

Portanto, o investidor com apetite de risco gosta de ativos arriscados como criptomoedas, por exemplo.

LEIA MAIS

Como avaliar os riscos de investimentos financeiros?

Análise de risco: entenda o que é, como funciona e quando usar

Risco operacional: o que é e quais são os tipos?

Entenda o risco de ruína e o risco de trajetória

Capital de risco: o que é, como funciona e tipos

Investimentos de baixo risco: 4 alternativas de aplicações

Risco não-diversificável: questões que afetam o risco sistemático

Fontes: Exame, Clube do valor e Guru.

Non Performing Loan (NPL): o que é e como funciona?

Arrendamento: o que é, para que serve e quais os tipos?

Lock-up: o que é e como funciona esse tipo de cláusula?

Usufruto: o que é, como funciona e quais são os tipos?