18 de março de 2022 - por Jaíne Jehniffer
Existem várias formas de investir em startups. No texto de hoje eu vou te contar quais são elas. Este é um tipo de investimento de alto risco. Mas que pode trazer altos rendimentos.
Como investir em startups?
Existem várias opções de investimento em startup. No entanto, é preciso que você saiba que todas as formas têm riscos. Ou seja, não existe um caminho fácil, curto e sem riscos ao fazer este tipo de investimento.
Inclusive, é por isso que muitas pessoas optam por investir em mais de uma startup. Afinal, se você investir todo o seu dinheiro em uma única startup e ela não for para frente, você pode ficar no prejuízo.
Mas se você diversificar e aplicar em várias, você consegue diluir o risco.
Além disso, você não precisa ser milionário para investir em startups. Isso porque, existem várias opções, que irei listar neste texto, que não precisam de valores muito altos.
A desvantagem de investir em startup é o risco alto. Afinal, estamos falando de uma empresa nova que pode quebrar. Por outro lado, as vantagens são:
- Retorno;
- Participação na gestão;
- Contribuição para a inovação e transformação;
- Crescimento exponencial e desenvolvimento econômico.
Opções de investimento em startups
Algumas formas de investir em startups são:
1- Investidor anjo
Este tipo de aplicação costuma ser feita por pessoas físicas com capital próprio e ampla experiência no mercado. Alguns exemplos disso são os empresários e profissionais liberais.
Essas pessoas estão em busca de empresas que estão começando, mas que têm um alto potencial de crescimento. Vale destacar que é comum que os investidores anjo participem como mentores e conselheiros.
Como eles são pessoas com experiência, eles agregam conhecimento para ajudar a startup a decolar. Sendo que este tipo de investimento é também conhecido como smart-money, justamente por conta deste aconselhamento.
Em relação ao valor aplicado, ele varia muito. De maneira geral, ele representa de 5% a 10% de seus patrimônios.
Se você ficou interessado em fazer esse tipo de investimento, saiba que você não precisa ter grandes fortunas. Isso porque, os valores por startup podem variar entre R$ 50 a R$ 250 mil, por exemplo.
2- Investimento semente
Este tipo de investimento serve para pessoa física com alto perfil de renda ou family offices. Eles estão na 1º camada de investimento acima do investidor anjo.
Isso significa que ele fica entre R$ 500 mil a R$ 200 milhões no Brasil. Como uma forma de diluir o risco e diversificar a carteira, os investidores de capital semente montam fundos que captam de vários investidores.
Com isso, eles conseguem investir em várias empresas e aumentar as chances de acertarem na que terá alto retorno. Sendo que o retorno para o investidor costuma vir a partir de 2 anos.
3- Crowdfunding
O crowdfunding é também chamado de financiamento coletivo. Em síntese, ele consiste na obtenção de capital por iniciativas de interesse coletivo.
Sendo assim, por meio dele muitas empresas, projetos independentes e ONGs se beneficiam. Contudo, o crowdfunding de investimento para startups é um pouco diferente.
Isso porque, o capital reunido é destinado ao desenvolvimento de um produto ou serviço para a startup. Vale destacar que o crowdfunding é regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na prática, no crowdfunding de investimentos, as startups usam plataformas online para captar recursos. Em troca, elas emitem contratos ou títulos que conferem direito de crédito ou de participação na empresa.
4- Aceleradora
Em resumo, as aceleradoras são um tipo de incubadoras de empresas. Ao investir por meio delas, você terá acesso a startups em fase inicial. Isso significa que o risco é maior, já que elas podem quebrar.
Na prática, você investe na aceleradora que, por sua vez, irá montar um portfólio para você. O valor a ser investido varia muito. Mas no total o portfólio fica entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Como as startups estão em fase inicial, além do risco alto, o retorno também demora um pouco mais. Sendo assim, o retorno da aplicação costuma ser acima de 4 anos.
5- Séries A, B, C…
A série A é a 1º rodada de investimentos feita junto a fundos de venture capital. Já as séries B, C, D… são rodadas que se seguem à primeira.
Esse tipo de investimento é feito por investidores institucionais. As startups escolhidas estão crescendo de forma acelerada. A expectativa de retorno é a partir de 2 anos.
6- Plataformas de investimento
Esta é uma boa opção para investidores pessoas físicas investirem em startups. O valor investido por startup pode variar de acordo com a plataforma.
Sendo que as opções de startups são empresas que já validaram seus produtos no mercado e começaram a decolar.
7- Startups norte-americanas
Por fim, além de investir nas startups brasileiras, você pode também diversificar e investir em startups norte-americanas. Você pode fazer isso por meio de fundos de investimentos, por exemplo.
Ao investir em startups de fora, você expõe parte do seu capital à variação econômica de outro país. Isso pode ser um risco maior ou pode resultar em um retorno mais alto.
Dicas ao investir em startups
Algumas dicas que podem te ajudar ao investir em startups são:
1- Entenda os tipos de investimentos que existem. Primeiramente, não invista em uma startup por impulso. Ao invés disso, estude e procure entender quais são os tipos de investimento e quais são os riscos envolvidos.
2- Risco. Defina a porcentagem do seu capital que será aplicada em ativos de alto risco.
3- Tese de investimento. Estabeleça em quais setores e empresas você pretende investir. Com base nisso, monte a sua estratégia de investimento.
4- Procure as startups. Para encontrar boas startups para investir, é preciso que você esteja de olho no mercado. Isso é possível por meio de plataformas de investimento online ou através de eventos de empreendedores.
5- Vá além do dinheiro. Por fim, o investimento em startup envolve colocar o seu dinheiro na empresa. Mas não pare por aí. Ao invés disso, ajude a empresa a crescer. Isso pode ser feito por meio de mentorias, orientações e afins.
Enfim, gostou de aprender como investir em startups? Então aproveite para conferir também alguns outros textos aqui no site que podem te interessar como, por exemplo: Análise de risco: entenda o que é, como funciona e quando usar