21 de maio de 2021 - por Jaíne Jehniffer
As debêntures incentivadas são títulos emitidos por empresas para a realização de projetos voltados para a infraestrutura do país. Como este é um tipo de investimento que o governo deseja incentivar, estes títulos são isentos de Imposto de Renda (IR).
Além da vantagem da isenção do imposto, as debêntures incentivadas são vantajosas, pois proporcionam um rendimento superior a alguns outros tipos de ativos de renda fixa. Entretanto, elas também são mais arriscadas, já que não possuem a proteção do FGC.
Uma forma de diluir os riscos ao aplicar em debêntures incentivadas, é analisar a solidez da empresa emissora dos títulos. Desse modo, optando por empresas com boa saúde financeira, as probabilidades do investidor levar um calote são reduzidas.
O que são debêntures incentivadas?
As debêntures, de maneira geral, são títulos de dívida emitidos por empresas que desejam arrecadar dinheiro para investir em seus projetos de expansão e crescimento. Nesse sentido, as debêntures podem ser comuns ou incentivadas.
As duas funcionam da mesma maneira, com a única diferença de que as incentivadas são isentas de Imposto de Renda. Essa isenção ocorre porque o dinheiro levantado pelas empresas é destinado para a realização de obras e serviços relacionados com a infraestrutura do país, como, por exemplo, estradas e aeroportos.
Ou seja, as debêntures incentivadas possuem esse nome justamente porque o governo opta por não cobrar Imposto de Renda como uma forma de incentivar as pessoas a investirem nesse tipo de título.
Como as debêntures incentivadas funcionam?
As debêntures incentivadas funcionam como um empréstimo do dinheiro do investidor para as empresas emissoras em troca de uma taxa de juros.
As empresas que emitem debêntures incentivadas, fazem isso como uma maneira de captar recursos para financiar a execução de projetos de infraestrutura.
Como esses projetos impactam positivamente o país, o governo não cobra Imposto de Renda em cima dessas aplicações. Portanto, a vantagem desses títulos é que eles podem gerar um bom retorno, já que parte do rendimento não é comido pelo IR como acontece com outros tipos de ativos.
Por outro lado, temos a desvantagem de que elas não possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de calote.
Riscos
Apesar de ser um ativo de renda fixa, as debêntures incentivadas possuem alguns riscos:
1- Risco de crédito: O risco de crédito é o risco da empresa falir e dar um calote no investidor. Esse é um dos principais riscos das debêntures incentivadas, já que elas não possuem a proteção do FGC. Uma maneira de diluir esse risco, é investindo apenas nos títulos das empresas com solidez financeira.
2- Risco de fluxo de caixa: Caso a empresa fique sem fluxo de caixa suficiente para realizar o pagamento de todos os juros dos investidores, ela pode acabar não pagando o valor total combinado.
3- Risco de planejamento: Antes de investir em debêntures incentivadas é essencial que o investidor realize um planejamento.
Isso porque o ideal é que ele permaneça com o título até o vencimento, sendo que geralmente os vencimentos são de médio ou longo prazo. Caso o resgate seja feito antes do vencimento, o investidor pode perder parte ou todo o rendimento obtido até então.
4- Risco de liquidez: As debêntures incentivadas devem preferencialmente serem mantidas até o vencimento. Caso sejam vendidas antecipadamente, o investidor pode ter dificuldades em vender os títulos no mercado secundário, já que eles podem ter baixa liquidez.
5- Risco de mercado: Por fim, temos ainda o risco de mercado, que está associado às mudanças no cenário econômico que podem impactar o rendimento das debêntures.
Garantias
As debêntures são consideradas mais arriscadas do que algumas outras opções de ativos de renda fixa. Desse modo, para que o investidor não fique completamente desprotegido, as debêntures incentivadas possuem algumas garantias:
1- Garantia real: As debêntures incentivadas com garantia real normalmente possuem menos riscos, já que a garantia é feita através das propriedades da empresa.
2- Flutuante: Na garantia flutuante existe a prioridade do pagamento do investidor, caso a empresa emissora declare falência.
3- Subordinada: As debêntures incentivadas com garantia subordinada possuem prioridade somente para os acionistas caso a empresa quebre. Como são mais arriscadas, elas geralmente oferecem um retorno maior.
4- Sem preferência: Também conhecida como garantia quirografária, as debêntures não apresentam nenhuma preferência. Isso significa que os investidores e credores podem não receber nada em casos críticos.
Como investir em debêntures incentivadas?
O primeiro passo para investir em debêntures incentivadas é conhecer o seu perfil de investidor. Essa é uma etapa extremamente importante, pois, apesar das debêntures incentivadas serem consideradas como ativos de renda fixa, elas possuem mais riscos do que alguns outros tipos de aplicações.
Depois de analisar se o seu perfil se encaixa com o risco das debêntures, verifique se esse é o melhor ativo para a realização dos seus objetivos. Nessa etapa você também pode analisar se é melhor aplicar diretamente em debêntures ou em fundos de debêntures incentivadas.
Em resumo, os fundos de debêntures incentivadas são um tipo de fundo de investimento, focado em aplicar sobretudo em debêntures incentivadas.
A vantagem é que através de um único fundo o investidor tem acesso à rentabilidade de vários tipos de títulos e diversifica a carteira.
Como desvantagem temos a taxa de administração que dependendo do valor pode afetar os rendimentos. A terceira etapa é analisar a solidez da empresa emissora.
Para isso, analise dados como endividamento e faturamento. Também vale a pena verificar a nota que as agências de rating deram para o crédito da empresa.
Por fim, faça uma transferência para a sua conta na corretora e invista. Se ainda não tem uma conta em uma corretora, aprenda Como escolher e abrir conta em uma corretora?
Fontes: Mais retorno, Toro investimentos e Modalmais
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