O financiamento coletivo é uma maneira das pessoas arrecadarem dinheiro para o desenvolvimento dos mais diversos tipos de projetos, como por exemplo, abertura de uma empresa ou lançamento de um livro.
Já para as pessoas que contribuem com os projetos, o financiamento coletivo é uma maneira de ajudar outras pessoas a realizarem seus sonhos ou desenvolverem projetos que irão contribuir de alguma forma com a sociedade.
Além disso, de maneira geral, os contribuidores recebem recompensas em troca da ajuda financeira, como, por exemplo, participação societária na empresa.
O que é financiamento coletivo?
O financiamento coletivo, ou crowdfunding, é uma forma de levantar recursos através da contribuição de pessoas que acreditam em determinado projeto. Sendo que o termo crowdfunding deriva de crowd, que significa multidão, e funding, que é financiamento. Logo, em português crowdfunding é financiamento coletivo.
Nessa modalidade de captação de recursos, as pessoas podem contribuir para que ideias saiam do papel e em troca elas recebem recompensas. Ou seja, quem está fazendo a captação de recursos deve apresentar seu projeto e pedir a ajuda financeira de outras pessoas que gostarem da sua ideia.

Ciclo vivo
Normalmente, estipula-se uma meta de arrecadação para que o projeto seja desenvolvido e é oferecido algo em troca para quem contribuir com o projeto. Geralmente as pessoas que recorrem ao financiamento coletivo são artistas, iniciativas filantrópicas e pequenos negócios.
Uma curiosidade é que, apesar de o financiamento coletivo ser popularmente conhecido como crowdfunding e ser realizado por meio de plataformas especializadas, o financiamento coletivo existe a muito tempo em formatos diferentes.
Por exemplo, a realização de rifas nas escolas ou na vizinhança, tinham os mesmos objetivos que o crowdfunding: arrecadar recursos para o desenvolvimento de algum projeto.
Como o financiamento coletivo funciona?
O crowdfunding funciona como uma forma de várias pessoas contribuírem financeiramente para o desenvolvimento de projetos. Para isso, o dono do projeto cadastra sua ideia em uma das plataformas de financiamento coletivo.
Essas plataformas digitais são especializadas em realizar a intermediação entre as pessoas que desejam arrecadar recursos e aquelas que estão dispostas a contribuir.

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Junto ao cadastro diversas informações devem ser disponibilizadas, como, por exemplo, o valor que precisa ser levantado, como o projeto será desenvolvido e quais são as recompensas para os doadores.
Esse projeto então será visualizado por outras pessoas que também estão cadastradas na plataforma e podem escolher entre contribuir ou não com o seu projeto. Esse tipo de plataforma existe no Brasil desde 2013 e qualquer pessoa pode contribuir, mesmo que com pouco dinheiro.
Para que serve?
O crowdfunding serve para levantar recursos para o desenvolvimento de vários tipos de projetos, como, por exemplo, realização de eventos, apoio a uma causa social e criação de empresas. Sendo assim, o financiamento coletivo pode ser uma ferramenta de arrecadação financeira utilizada em qualquer tipo de mercado, como tecnológico, de saúde, indústria e cultural.
O financiamento coletivo serve tanto para quem pretende desenvolver determinado projeto quanto para quem deseja participar de algum projeto. Nesse sentido, o crowdfunding é uma maneira das pessoas ou empreendedores levantarem recursos e não precisarem recorrer a outras maneiras de financiamento, como por exemplo, empréstimos de bancos.

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Em contrapartida, essa também é uma maneira das pessoas participarem, mesmo com baixo investimento, no desenvolvimento de projetos. Por exemplo, com baixo investimento, uma pessoa pode ajudar no desenvolvimento de uma empresa, que pode se tornar um negócio milionário no futuro.
Tipos de financiamentos coletivos
Os financiamentos coletivos podem ser divididos em quatro tipos:
1- Recompensa
Esse é o tipo de financiamento coletivo mais utilizado no mundo. Nessa modalidade, o contribuidor recebe uma recompensa previamente estabelecida. Desse modo, a pessoa cria a campanha e explica o porquê ela merece receber a contribuição das pessoas, o que será feito do dinheiro, a meta de arrecadação e qual será a recompensa para quem contribuir.
2- Participação societária
Também chamada de Equity, esse tipo de crowdfunding é caracterizado como um investimento no capital de uma empresa. Em outras palavras, as pessoas vendem títulos da sua companhia para os investidores que acreditam na ideia do negócio.

Ambito jurídico
Dessa maneira, a sociedade gestora oferece participação na empresa ou ações aos investidores. Logo, esses investidores se tornam parte da sociedade. Apesar de a participação societária servir como uma espécie de recompensa pela contribuição financeira, esse tipo de crowdfunding se diferencia do financiamento coletivo de recompensa.
Isso porque quem investe no crowdfunding de participação societária tem como objetivo obter retorno financeiro e crescer junto com o negócio. Esse tipo de arrecadação funciona da seguinte maneira: a pessoa cria a campanha e explica sobre a atuação da empresa, os planos para o negócio e qual será o retorno que os contribuintes irão receber.
3- Participação financeira
Também conhecido como peer-to-peer (P2P), as pessoas que investem no projeto recebem seu dinheiro de volta acrescido de juros. Ou seja, as pessoas podem emprestar seu dinheiro para um projeto que acreditam e posteriormente receber o dinheiro de volta com juros.
Dessa forma, a modalidade permite que as pessoas obtenham empréstimos, sem a necessidade de recorrerem aos bancos tradicionais. O funcionamento ocorre da seguinte maneira: uma pessoa cria a campanha e explica qual o projeto, no que o dinheiro será investido, como o dinheiro será devolvido e quando será essa devolução.

Pdt
4- Doações
De maneira geral, os projetos de crowdfunding oferecem algum tipo de retorno para os contribuidores, seja por meio de recompensas, participação na empresa ou o recebimento do dinheiro de volta. No entanto, o financiamento coletivo do tipo doação não oferece recompensa.
Esses projetos normalmente são realizados por grandes instituições de caridade. Desse modo, as pessoas que contribuem não estão esperando por nenhum item em troca, elas ajudam simplesmente por acreditarem na causa.
Sendo assim, o funcionamento ocorre da seguinte maneira: a pessoa cria uma campanha para arrecadar fundos na plataforma e explica o que será feito com o dinheiro levantado, qual a meta de arrecadação e porque ela merece receber a contribuição das pessoas.

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Modalidades de financiamento coletivo
Além dos tipos de financiamento coletivo, existem ainda as modalidades flexível ou tudo ou nada. Na modalidade flexível, não existe um valor mínimo para que uma pessoa possa contribuir com o seu projeto. Sendo que você se compromete a realizar o projeto e entregar as recompensas mesmo que a meta de arrecadação não seja atingida.
Por outro lado, na modalidade tudo ou nada, você receberá o valor arrecadado apenas se ele atingir ou ultrapassar determinada meta. Portanto, se a meta não for atingida ou ultrapassada, o dinheiro será devolvido para os contribuidores.
Essa modalidade normalmente é usada em projetos que só podem ser desenvolvidos se houver um valor mínimo. As diferenças entre as duas modalidades são:

Fellow funders
- Compromisso: No flexível você terá que realizar o projeto e entregar as recompensas. No tudo ou nada, você só precisa realizar o projeto e entregar as recompensas se a meta for atingida.
- Meta: Na modalidade flexível você recebe o valor arrecadado, mesmo que não tenha atingido a meta. No tudo ou nada, se a meta não for atingida o dinheiro é devolvido aos contribuidores e você não recebe nada.
- Recompensas: No flexível você pode optar por oferecer ou não recompensas. Porém, se oferecer é necessário entregá-las mesmo que a meta não seja atingida. No tudo ou nada a recompensa é entregue apenas se a quantidade mínima for atingida.
Além dessas modalidades, o financiamento coletivo também pode ser:
- Pontual: É quando a meta de arrecadação tem um prazo para ocorrer para que o projeto seja desenvolvido.
- Contínua: Essa modalidade é usada pelas pessoas que precisam de renda recorrente para manter, desenvolver ou potencializar determinado projeto, como por exemplo, as ONGs.
Vantagens do crowdfunding
A principal vantagem do financiamento coletivo para os contribuidores, é a possibilidade de ajudar no desenvolvimento de projetos, contribuindo com um valor pequeno. Além disso, para as pessoas que desejam obter retornos financeiros, esse tipo de investimento pode ser uma maneira de diversificar a carteira e conseguir bons rendimentos.

Chocale
Já para as pessoas que lançam as campanhas, o crowdfunding é muito vantajoso, pois elas conseguem desenvolver seus projetos sem a necessidade de recorrer a empréstimos nos bancos tradicionais. O financiamento coletivo também é uma maneira de validar um projeto e provar que outras pessoas também acreditam na sua ideia.
Isso também contribui para que o projeto tenha maior visibilidade, podendo atrair mais pessoas. Existe ainda a vantagem de que os contribuidores geralmente compartilham suas opiniões, sugestões e críticas. Esse feedback é importante pois pode contribuir para o melhoramento do seu projeto.
Por fim, tanto para o contribuidor quanto para quem lança a campanha, existe a vantagem de que trata-se de um processo fácil e rápido que não envolve burocracias. Porém, é importante que antes de lançar a campanha, você verifique quais as taxas cobradas pela plataforma.
Riscos
Um dos principais riscos do financiamento coletivo são os golpes. Acontece que qualquer pessoa pode criar um plano de negócio, fazer um vídeo e convencer milhares de pessoas de que sua ideia de empresa é sensacional. Contudo, essa pessoa pode está mostrando uma empresa fantasma apenas para conseguir dinheiro.

Lopes
Já para as pessoas que desejam obter financiamento coletivo, existe o risco de que sua ideia seja plagiada, já que ela é exposta para milhares de pessoas. Enfim, se você é um investidor mais conservador e não gosta de correr riscos com a sua carteira de investimentos, então confira algumas opções de Investimentos seguros – Alternativas de aplicações com pouco risco
Fontes: Vangardi, Apoia-se e Quick books
Imagens: Tecno show comigo, Fintech, Eqseed, Ambito jurídico, Pdt, Ciclo vivo, Profesi digital, Fellow funders, Chocale e Lopes