Investir em fundos imobiliários, ainda vale a pena?

Investir em fundos imobiliários é uma boa maneira de diversificar a carteira de investimentos e obter renda passiva mensal, por meio da distribuição de dividendos.

Você pode usar os proventos para reinvestir e aumentar sua participação no fundo, ou ainda como uma espécie de salário mensal, caso você esteja vivendo de renda.

Apesar de falarmos sobre o investimento em fundos imobiliários, este texto não deve ser considerado como uma recomendação ou indicação de investimentos.

O que são fundos imobiliários?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma reunião de investidores focados em aplicar no setor imobiliário. Essa é uma maneira interessante de investir neste setor, pois o investidor não precisa alocar todo, ou grande parte, do seu patrimônio na compra ou construção de um imóvel físico.

Isso porque, para investir em imóveis por meio de fundos, basta comprar algumas cotas na bolsa. Além de ser uma maneira bem mais barata de investir neste setor, os fundos também proporcionam a diversificação da carteira. Os FIIs possuem ainda a vantagem de que o gestor é o responsável por toda a burocracia que envolve os imóveis.

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Sendo assim, ao adquirir cotas, você está investindo no setor imobiliário, mas não precisa lidar com inquilinos e burocracias. Outra vantagem dos fundos, é que eles distribuem dividendos periodicamente. Em relação ao funcionamento dos fundos, eles precisam seguir algumas regras específicas:

• Nenhum cotista pode deter mais do que 10% do fundo;
• O fundo deve ter no mínimo 50 cotistas em sua base;
• O FII deve ser listado na bolsa de valores;
• São obrigados a distribuir 95% do resultado semestral;
• São isentos de Imposto de Renda.

Tipos de fundos imobiliários

Você pode investir em vários tipos de fundos imobiliários. Sendo que, eles se diferenciam de acordo com os ativos que compõem a carteira do fundo:

1- Fundos de renda: Também chamados de fundos de tijolo, os fundos de renda são os mais tradicionais do mercado. Estes FIIs investem em imóveis físicos e obtêm renda do aluguel desses imóveis. Normalmente eles investem em lajes corporativas, galpões logísticos e industriais, hospitais, escolas, agências bancárias, hotéis e shoppings centers.

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2- Fundos de recebíveis: Também conhecidos como fundos de papel ou fundos de CRIs, os fundos de recebíveis aplicam em títulos relacionados ao setor imobiliário. Ou seja, diferente dos fundos de tijolo, os fundos de papel não possuem imóveis físicos.

3- Fundos de desenvolvimento imobiliário: São os fundos focados em construir imóveis. Dessa maneira, os lucros dos fundos de desenvolvimento são oriundos da venda ou locação dos imóveis prontos.

4- Fundos de fundos: Por fim, os fundos de fundos (FOF) são aqueles FIIs que adquirem cotas de outros FIIs. Via de regra, os FOFs possuem entre 20 e 25 fundos imobiliários em carteira. Isso faz com que este tipo de fundo imobiliário seja um dos menos arriscados.

Como analisar?

Antes de investir em fundos imobiliários, é fundamental analisar os fundos disponíveis. Você pode começar verificando como os fundos são administrados e o quanto eles cobram de taxa de administração. É importante ficar atento, pois alguns fundos cobram taxas altíssimas, o que impacta negativamente nos rendimentos do FII.

Além disso, analise também os ativos do fundo, de acordo com o seu tipo. Por exemplo, se você estiver pensando em investir em FIIs de tijolo, então verifique qual a localização e quantos imóveis o fundo possui. Não deixe de pesquisar também se os imóveis são alugados apenas para um locatário ou vários.

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Vale a pena verificar também qual a taxa de vacância atual dos imóveis e os tipos de contratos de locação. Essa etapa da análise é muito importante, pois fundos com poucos ativos são mais arriscados. Outros critérios a serem levados em consideração são o Dividend Yield, o patrimônio por cota, o preço das cotas e o desempenho histórico do fundo.

Investir em fundos imobiliários, vale a pena?

A dúvida sobre se ainda vale a pena investir em fundos imobiliários surgiu recentemente devido à possibilidade de taxação dos dividendos dos FIIs. Em síntese, o governo apresentou a proposta de criar um imposto de 20% em cima dos dividendos dos fundos imobiliários.

Com a perspectiva de criação do imposto nos dividendos, o valor das cotas dos fundos imobiliários sofreu uma forte queda. Contudo, a nova proposta do governo prevê a manutenção da tributação dos dividendos como é hoje em dia. Sendo assim, as negociações de cotas continuam com a alíquota de 20% e os dividendos continuam isentos.

Como a proposta de taxação não foi para frente, então os fundos imobiliários continuam sendo uma boa alternativa de investimento. Veja o vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e entenda o porque mesmo se o imposto fosse criado, os FIIs ainda seriam vantajosos:

Enfim, agora que você sabe que investir em fundos imobiliários vale a pena, não deixe de entender sobre a Tributação de dividendos – Projeto de Lei e o fim da distribuição de JCPs

Fonte: F.

Imagens: Infomoney, Investnews, Riconnect e Brasil 247