Qual a diferença entre prefixado e pós-fixado?

17 de novembro de 2021, por Jaíne Jehniffer

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Se você é novo no mundo dos investimentos, deve ter reparado que os títulos de renda fixa podem ter retorno prefixado ou pós-fixado. Mas você sabe qual a diferença entre eles?

À primeira vista, o próprio nome entrega como funciona: no prefixado o investidor sabe previamente qual será o retorno. Já no pós-fixado, o retorno varia.

No entanto, além das obviedades, existem algumas diferenças um pouco mais profundas que você deve conhecer antes de escolher entre os dois tipos de rentabilidade.

Títulos prefixados

Os títulos prefixados são aqueles onde o investidor sabe desde o momento da aplicação qual será o rendimento do título. Ou seja, a taxa de retorno é fixa desde o início.

Sendo que ela não muda no decorrer do tempo, é a mesma até o vencimento do título. Isso faz com que o título tenha uma certa previsibilidade.

Qual a diferença entre prefixado e pós-fixado?

Com isso, o investidor pode calcular o quanto exatamente ele irá receber se mantiver o título até o vencimento. Vale destacar também que os títulos prefixados apresentam uma porcentagem ao ano.

Vamos supor que você entre na sua conta na corretora e veja um título do Tesouro prefixado de 9% ao ano. Isso significa que, por ano, o título terá uma taxa de juros de 9%.

O retorno é o mesmo desde a aplicação até o vencimento. Logo existe a vantagem de que o retorno não é afetado com as mudanças na taxa Selic.

Por outro lado, no longo prazo isso pode ter um risco maior. Isso porque, dependendo da taxa combinada, o investidor pode ter um retorno abaixo da inflação.

Pós-fixados

Os títulos pós-fixados são os títulos cujo retorno varia de acordo com um indexador econômico.

Sendo assim, o retorno pode ser mais alto ou mais baixo, de acordo com as variações do indexador. Isso significa que o investidor não tem uma previsibilidade do quanto ele terá no vencimento do título.

Por exemplo, se você investir em um título do Tesouro Selic, você terá um retorno equivalente à Selic. Sendo que a Selic pode mudar a cada 45 dias, quando é feita a reunião do COPOM.

Diferença entre prefixado e pós-fixado

A grande diferença entre prefixado e pós-fixado é que no prefixado a taxa de juros é definida previamente. Com isso, o investidor sabe o quanto irá receber até o vencimento do título.

No pós-fixado não existe essa previsibilidade, já que o retorno acompanha um indicador. Outra diferença entre eles é o risco. Os títulos prefixados, de maneira geral, são opções para investidores mais ousados.

Qual a diferença entre prefixado e pós-fixado?

Já os pós-fixados costumam ser uma opção para os investidores que querem segurança. Isso porque, por estarem atrelados a indicadores, eles podem ser menos afetados pela inflação, por exemplo.

Títulos híbridos

Além dos títulos prefixados e pós-fixados, existem também os títulos híbridos. Neste caso, uma parte do retorno é prefixada e a outra é pós-fixada.

Por exemplo, no Tesouro IPCA+ o investidor recebe o IPCA que é a parte pós-fixada, mais uma porcentagem prefixada.

A grande vantagem desse título é que o investidor tem um ganho real com a aplicação. Ou seja, o investidor tem a certeza de ter um retorno acima da inflação.

Exemplos

Alguns exemplos de investimentos prefixados e pós-fixados são:

1- Tesouro Selic: O retorno do título varia de acordo com a taxa Selic. Logo, ele é um título pós-fixado. Como se trata de um título do governo, ele é considerado de baixo risco. Afinal de contas, o investidor tem a garantia do governo.

Qual a diferença entre prefixado e pós-fixado?

Esses títulos têm ainda a vantagem de terem uma boa liquidez. Isso porque o investidor pode fazer o resgate antes do vencimento. Além disso, eles apresentam um rendimento maior do que a poupança.

2- Fundos de DI: Os fundos de Renda Fixa Referenciados DI, aplicam pelo menos 95% do patrimônio do fundo em títulos públicos atrelados à taxa Selic ou ao CDI.

Eles são um tipo de aplicação pós fixada. A vantagem desse tipo de fundo é o baixo risco, liquidez diária e retorno perto do CDI.

3- CDB: Os Certificados de Depósito Bancário são títulos de dívidas de bancos. O intuito desses títulos é captar recursos para as atividades dos bancos.

Sendo assim, ao investir em CDBs, o investidor está emprestando o seu dinheiro para o banco em troca de uma taxa de juros que pode ser prefixada ou pós-fixada.

4- Tesouro Prefixado: Este é um dos tipos de títulos do Tesouro Direto. Desse modo, ele se parece com o Tesouro Selic. A diferença é que a taxa de juros é conhecida pelo investidor desde a aplicação.

5- Debênture: As debêntures são títulos de empresas. O intuito é captar recursos para investir no crescimento ou expansão da companhia.

Dessa forma, ao investir nesses títulos, o investidor empresta seu dinheiro para a empresa, em troca de uma taxa de juros. Elas podem ser prefixadas ou pós-fixadas.

Qual o melhor tipo de título?

A escolha entre os títulos vai depender dos seus objetivos. Ou seja, não existe um título melhor ou pior. Por exemplo, se você tem objetivos de longo prazo, o Tesouro IPCA+ pode ser uma boa opção.

Afinal de contas, ele irá proteger o seu patrimônio contra a inflação no longo prazo. Por outro lado, se seus objetivos são de curto prazo, você pode escolher o Tesouro Selic, por exemplo.

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