4 de fevereiro de 2022 - por Jaíne Jehniffer
Se você está pensando em aplicar em fundos de investimento, você precisa saber o que são as gestoras de investimento. Isso porque, as gestoras fazem a administração do patrimônio de pessoas e empresas.
Elas fazem isso com fundos ou carteiras administradas. No caso dos fundos, a gestora faz aplicações de acordo com o público alvo do fundo. Já nas carteiras, o foco é o cliente.
Enfim, para investir em fundos ou ter uma carteira administrada, é preciso entender como funciona uma gestora e como escolher uma. E é isso que irei te ensinar no texto de hoje.
O que é gestora de investimentos?
As gestoras de investimentos são também conhecidas como asset management. Em resumo, uma gestora de investimentos é uma empresa com foco em gerenciar o dinheiro de pessoas e empresas.
Ou seja, a atividade principal de uma gestora é administrar o patrimônio de terceiros. Para isso, ela pode criar fundos ou criar carteiras de investimento personalizadas para os clientes.
Um detalhe importante é que você deve tomar cuidado para não confundir asset management com wealth management.
Os dois termos estão ligados à gestão financeira. Porém, o asset é exclusivo do mundo dos investimentos. Por outro lado, o wealth é voltado para questões como direitos e obrigações e planejamento fiscal.
Como funciona?
O chefe de gestão de investimentos, é o agente central em uma asset. Isso porque, é ele quem faz toda a gestão de ativos dos fundos da instituição.
Sendo que isso envolve tanto a compra e venda de ativos, quanto o desenvolvimento da melhor estratégia para os seus objetivos financeiros.
No entanto, a decisão de compra e venda de ativos não é uma decisão apenas do gestor. Na verdade, essas decisões envolvem comitês. Já as carteiras são geridas de acordo com o perfil do fundo e o retorno pretendido.
Enfim, o trabalho do gestor tem o resguardo de uma equipe de apoio encarregada de passar ao gestor os dados precisos para as tomadas de decisão.
Vale destacar que a remuneração do gestor deriva da cobrança de uma taxa de administração nos fundos. Existe ainda a taxa de performance, que não é cobrada em todos os tipos de fundos.
Um detalhe importante é que uma gestora de investimentos atua de forma diferente de um banco. O banco tem acesso a bons produtos, mas eles oferecem apenas para os setores privates.
Já as gestoras têm acesso a quase todos os produtos e podem escolher os melhores. Outra diferença é que no banco pode ter conflito de interesses.
Isso porque, a remuneração dos gerentes é feita por meio de comissões dos produtos vendidos. No caso das gestoras isso não ocorre, já que quanto mais o cliente ganha, mais a gestora ganha.
Estrutura de uma asset
A estrutura de uma asset management pode variar. Contudo, os principais agentes nessas empresas são:
CEO: O CEO é o chefe geral da área. Esse profissional comanda os segmentos de gestão, produtos, comercial e apoio às outras atividades.
CIO: É o chefe de gestão. Ele comanda os segmentos de gestão de recursos de renda fixa, renda variável, mercado internacional, câmbio e áreas de pesquisa.
CSO: O CSO é o chefe comercial de produtos. Ele é responsável pelo segmento de distribuição de fundos.
Sendo que a área de produtos costuma ser responsável pela manutenção do funcionamento formal dos atuais fundos e do lançamento de novas alternativas. Além disso, esse segmento faz o acompanhamento pós-venda.
COO: É o chefe operacional. O COO envolve o backoffice. Sendo assim, está relacionado com a ligação entre as operações feitas pelo segmento de gestão e a liquidação das transações na bolsa.
Chefe de risco: É responsável por monitorar a política de investimentos dos fundos, em termos de risco. A intenção é garantir que a política esteja sendo cumprida.
Chefe de Compliace: Por fim, temos o chefe de compliance, que representa o cliente no dia a dia. Em síntese, ele visa garantir que a empresa funcione bem e que o cliente não seja prejudicado.
Prós e contras
A grande vantagem de investir por meio de gestoras, é a praticidade. Afinal de contas, é a gestora quem irá analisar e escolher os ativos.
Dessa forma, ao investir com gestoras, você conta com um profissional que irá fazer a alocação de recursos. Existe ainda a vantagem da diversificação.
Se você investe em um fundo, por exemplo, você está aplicando em vários tipos de ativos. Sendo que a diversificação ajuda a diluir os riscos e potencializar os retornos.
Já a desvantagem são as taxas de administração e performance. Essas taxas são importantes para que as gestoras possam pagar bons profissionais. No entanto, elas também são um custo para o investidor.
Como escolher uma gestora de investimentos?
Se você está pensando em contratar os serviços de uma gestora, é essencial saber como escolher uma gestora. Afinal de contas, ela será responsável por contribuir com o crescimento do seu patrimônio.
Logo, é preciso que seja uma empresa de confiança que presta bons serviços. Sendo assim, ao escolher uma gestora, fique atento a alguns pontos importantes.
O 1º ponto é os serviços que a gestora oferece. Ou seja, veja se os produtos se encaixam com o seu perfil. Ao respeitar o seu perfil, as chances de você ter os resultados que deseja são maiores.
Outro ponto a ser levado em conta, é o histórico de rentabilidade. A rentabilidade passada não garante a rentabilidade futura. Contudo, essa é uma forma de avaliar a atuação da gestora e os resultados por ela obtidos.
Vale a pena observar com especial atenção como foram os resultados da empresa em períodos de crise. Com isso, você pode verificar como a empresa atua em diferentes cenários.
O 3º ponto que você deve analisar é a credibilidade da gestora. Se você vai deixar seu dinheiro com a empresa, ela tem que ser confiável, não é mesmo?
Portanto, confira se a gestora segue as políticas e está credenciada nos órgãos e agências regulatórias. Por fim, leve em conta as taxas cobradas.
É preciso verificar se não está sendo cobrada taxas muito altas e se ela está fazendo bom uso do dinheiro contratando bons profissionais.
E aí, gostou de aprender o que é uma gestora de investimentos? Então aprenda também Como investir em fundos imobiliários – 6 Passos para incluir FII na carteira