Rendimento: o que é e como utilizar a seu favor?

Rendimento é o percentual de remuneração de dinheiro aplicado. Ou seja, é o quanto o investidor obteve de retorno com a aplicação. Leia!

18 de janeiro de 2021 - por Sidemar Castro


O rendimento é o retorno financeiro de um investimento. Ou seja, toda a diferença entre o valor inicialmente aplicado e o resultado final é chamado de rendimento. 

O rendimento pode ser bruto, quando se considera apenas a rentabilidade resultante, ou pode ser líquido, que é o resultado após os descontos de taxas e impostos.

Além disso, o retorno pode ter ganho real ou não. Para descobrir se houve rentabilidade real, é preciso descontar a inflação do período. Desse modo, se o resultado for acima da inflação, houve ganho real. Se for abaixo, houve apenas rendimento nominal.

O que é rendimento?

O rendimento, também chamado de rentabilidade, é o retorno financeiro resultante de um investimento. Em outras palavras, o retorno é a diferença entre o valor inicial investido e o valor total resgatado.

Dessa forma, quanto maior for a diferença entre essas duas razões, maior serão os lucros do investidor. No entanto, o investidor também pode perder dinheiro e, neste caso, o retorno é negativo. 

Suponhamos que você tenha investido no Tesouro Selic quando a taxa Selic estava em 6% ao ano. Vamos imaginar também que essa taxa não foi alterada durante o ano. Neste caso, a sua rentabilidade é a taxa Selic juntamente com a ação dos juros compostos do período. 

No contexto geral, rendimento é uma proporção entre o resultado obtido e os meios que tenham sido usados para o efeito. Trata-se do produto ou da utilidade que rende alguém ou algo.

Quais são os tipos de rendimento nos investimentos?

O rendimento de um investimento pode acontecer de três maneiras: rendimento nominal, líquido ou real. 

Rendimento real

Rendimento real é o retorno que um investidor receberá após o desconto da taxa de inflação em relação aos lucros de um investimento. Em outras palavras, é a rentabilidade de um investimento ajustada pela inflação, que mede a variação do poder de compra do dinheiro ao longo do tempo.

A rentabilidade real é importante porque permite que o investidor avalie o verdadeiro ganho ou perda do seu investimento, levando em conta a inflação. Para calcular a rentabilidade real, é necessário subtrair a taxa de inflação do retorno bruto do investimento, utilizando a seguinte fórmula:

Rendimento\ Real = \frac{1 + Rendimento\ Nominal}{1 + Inflação} – 1$$

Onde:

  • Rendimento Nominal: é o retorno bruto do investimento, sem considerar a inflação.
  • Inflação: é a taxa de inflação acumulada no período considerado.

É importante lembrar que a rentabilidade nominal não reflete o poder de compra do dinheiro, pois não considera a inflação. Por isso, é fundamental avaliar a rentabilidade real de um investimento antes de tomar uma decisão de investimento.

Rendimento nominal

Rendimento nominal é o retorno bruto que um investimento gera. Isso significa que é o ganho total sem levar em consideração quaisquer descontos, como taxas de administração, impostos ou inflação.

Por exemplo, se você investir R$1.000 em uma aplicação que promete um rendimento de 10% ao ano, após um ano você terá R$1.100. Esse valor de R$1.100 é o seu rendimento nominal, pois não considera possíveis taxas ou impostos que possam ser cobrados.

No entanto, é importante lembrar que o rendimento nominal não é o valor que você realmente recebe, pois não leva em conta as taxas e impostos. O valor que você realmente recebe é chamado de rendimento líquido. Além disso, para saber se seu investimento está realmente crescendo mais do que a inflação, você deve considerar o rendimento real.

Rendimento líquido

O rendimento líquido é o lucro que se obtém de um investimento, uma empresa ou um salário, depois de descontar todos os custos, taxas e impostos envolvidos. Por exemplo, se você investe R$ 10.000 em um fundo de ações e resgata R$ 12.000 após um ano, o seu rendimento bruto é de R$ 2.000. Mas se você tiver que pagar 15% de imposto de renda e 1% de taxa de administração, o seu rendimento líquido será de R$ 1.550 (R$ 2.000 – R$ 300 – R$ 150).

O rendimento líquido é importante para saber qual é o ganho real de um investimento ou de uma atividade econômica, e para comparar diferentes opções disponíveis no mercado.

Como fazer análise de rendimento de uma aplicação?

Para verificar se você obteve ganho real, e não apenas nominal, é preciso considerar um índice de inflação, como por exemplo, o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O IPCA é o mais utilizado por ser considerado como o índice oficial da inflação brasileira e por ser mais abrangente do que outros índices. 

Depois de determinar qual o índice será usado, é preciso calcular a diferença entre a inflação do período e o retorno líquido do investimento. Dessa maneira, se o resultado for positivo, então você obteve ganho real e aumentou o seu patrimônio.

Se o resultado for que o seu ganho foi igual ao índice, então você não valorizou nem desvalorizou o seu patrimônio, você manteve o seu poder de comprar. Por fim, se o resultado foi que o rendimento foi abaixo da inflação, então você perdeu poder de compra. 

Como aumentar o rendimento dos investimentos?

Não existe fórmula certa para dobrar seus retornos financeiros. Entretanto, algumas dicas podem ser úteis para te ajudar a investir melhor e, consequentemente, conseguir melhores retornos:

1. Objetivos

Estabeleça quais são os seus objetivos com os investimentos. Isso é extremamente importante, porque somente sabendo onde se quer chegar é possível estabelecer a melhor rota. Por exemplo, se o seu objetivo for investir a longo prazo para  sua aposentadoria, os ativos escolhidos serão diferentes dos investimentos com o objetivo de comprar um carro em cinco anos.

2. Perfil de investidor

O perfil de investidor serve para estabelecer o seu grau de aversão ao risco. Ou seja, esta etapa é importante porque os ativos escolhidos devem respeitar o seu perfil. Sendo assim, para cada perfil, são indicados aplicações diferentes que proporcionam retornos diversos.

3. Estudos

Depois de definir seus objetivos e estabelecer os caminhos a serem tomados, isto é, quais ativos se encaixam com o seu perfil, está na hora de estudar. Procurar formas de aprofundar seus conhecimentos por meio de sites, cursos e livros, certamente irá impactar nos resultados dos seus investimentos. 

4. Longo prazo

Para alcançar bons rendimentos é essencial investir com foco no longo prazo. Isso porque, com o longo prazo, o investidor pode contar com os efeitos dos juros compostos.

Na renda fixa, os juros compostos potencializam os rendimentos, pois ocorre a rentabilidade dos juros sobre juros. Já na renda variável, quando o investidor reinveste os valores recebidos em dividendos, também ocorre o efeito dos juros compostos. 

5. Diversificação

Para finalizar, você deve diversificar a sua carteira. A diversificação serve para diluir o risco de perda e assim proporcionar maiores retornos. Contudo, a diversificação não deve ser feita apenas entre papéis de empresas diferentes, mas também entre setores diversos.

Fontes: Capital research, Fiis, C6 Bank

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