Fundo de ações, o que é? Como funciona, tipos, custos e como investir

Aplicar em fundo de ações pode ser uma boa alternativa para quem busca diversificar sua carteira de investimentos. Afinal, através de uma única aplicação, você já investe em diversos ativos diferentes. 

O fundo de ações pode ainda ser uma opção para as pessoas que desejam mais praticidade ao investir em ações. Isso porque o responsável por criar estratégias e investir será o gestor, o que facilita a vida do investidor. 

No entanto, antes de optar por este tipo de investimento, é importante que o investidor analise se essa é a escolha mais adequada para o seu perfil, já que se trata de um investimento mais arriscado do que os ativos de renda fixa. 

O que é fundo de ações

Um fundo de investimento é a reunião de investidores com o objetivo em comum de investir em determinado ativo. Os fundos são divididos em cotas, logo, ao aplicar neste ativo, o investidor se torna um cotista.

A rentabilidade do fundo é dividida de maneira proporcional à quantidade de cotas de cada cotista. Porém, os cotistas não possuem poder de decisão em relação à aplicação do patrimônio do fundo, já que este é o papel do gestor. 

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Para ser considerado como um fundo de ações, o fundo deve possuir ao menos 67% do seu patrimônio aplicado neste tipo de ativo. O restante do patrimônio pode ser aplicado em outros tipos de ativos. 

Como um fundo de ações funciona

Geralmente, os fundos só podem aplicar, no máximo, 20% do capital em ativos emitidos pela mesma instituição financeira. Sendo que o limite para empresas de capital aberto e outros fundos é até 10% e para os demais emissores é de 5%. 

Contudo, nos fundos de ações, esses limites podem ser ultrapassados. Para isso, eles precisam informar no termo de adesão do fundo que a carteira estará concentrada em poucos emissores, o que significa um risco maior. 

Os fundos de ações geralmente seguem algum índice de referência, portanto, a sua rentabilidade é próxima ao índice, sendo afetada pelas oscilações dos ativos que compõem a carteira do fundo. 

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Inclusive, esta é uma das principais características dos fundos de ações: a volatilidade. Isso acontece porque as cotações das ações mudam constantemente, afetando os valores das cotas dos fundos. 

Um fundo de ações pode funcionar por meio de dois tipos diferentes de gestão, sendo eles:

1- Gestão passiva

Os fundos de gestão passiva buscam apenas conseguir a rentabilidade combinada. Como neste caso o gestor do fundo basicamente aplica nos mesmos ativos do que o índice de referência, a taxa de administração costuma ser menor. 

2- Gestão ativa

Quando um fundo tem gestão ativa, o gestor possui uma liberdade maior nas aplicações. Isso porque ele busca superar o seu índice de referência e encontrar boas oportunidades de investimentos. 

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Ou seja, para conseguir superar a meta de retorno, o gestor traça estratégias e realiza operações visando retornos maiores, logo, ele possui uma participação mais ativa em todo o processo. 

Como o trabalho do gestor exige uma análise mais focada e específica, as taxas de administração também costumam ser mais elevadas. Além disso, temos a taxa de performance, caso o gestor supere a meta (benchmark) estabelecido. 

Tipos de fundos de ações

De acordo com as principais estratégias usadas pelos fundos, podemos distinguir os fundos em:

Fundos de dividendos: Os fundos de investimentos em ações focados em dividendos dão preferência para as empresas com histórico de boas distribuidoras de proventos. 

Small caps: Se enquadram nessa categoria os fundos que investem, pelo menos, 85% do seu patrimônio em ações de small caps. Os 15% restantes do patrimônio podem ser aplicados em ações de grandes empresas, mas não podem ser nas dez ações mais representativas do IBrX.

Fundos setoriais: Quando um fundo de ações é focado em apenas um setor, como varejo ou indústria, ele é chamado de fundo setorial. 

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Investimento no exterior: Para que um fundo de ações seja considerado como investimento no exterior, ele precisa investir mais de 40% do seu patrimônio em ativos internacionais. 

Específicos: Os fundos específicos são aqueles que seguem alguma estratégia em específico. Um exemplo são os fundos fechados, em que os investidores só podem entrar em determinados períodos e as cotas podem ser resgatadas somente no final do prazo do fundo. 

Livres: Por fim, temos ainda os fundo livres, que não seguem nenhuma estratégia em específico, sendo livres ao determinar seus investimentos. 

Custos

Todos os fundos de investimentos, inclusive os fundos de ações, contam com uma taxa de administração. Basicamente, ela serve como uma remuneração para a instituição responsável pela gestão e administração do fundo. A sua cobrança é divulgada como um percentual anual, porém, ela é cobrada diariamente de maneira proporcional.  

Em boa parte dos fundos existe também a taxa de performance. Em síntese, os fundos possuem uma meta de rentabilidade, e se o gestor conseguir superar essa meta, ele é recompensado com um percentual do valor excedente.

Se, por exemplo, um fundo de ação tiver como meta bater o Ibovespa, ao ultrapassar esse valor, o gestor ganha um percentual da rentabilidade a mais conseguida. 

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Além dessas duas taxas cobradas pelos fundos, existe ainda os impostos. Primeiramente, temos o Imposto de Renda que corresponde à 15% em cima da rentabilidade, sendo que ele é cobrado apenas no momento do resgate da aplicação. 

O outro imposto é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas este é cobrado apenas se o investidor ficar o resgate dos primeiros trinta dias da aplicação. Dessa maneira, o IOF segue uma tabela regressiva, começando com a tributação em 96% até chegar à 0%. 

Vantagens e desvantagens

Investir em um fundo de ações é vantajoso, principalmente, para as pessoas que desejam contar com a gestão de um profissional.

Também pode ser uma boa escolha para quem deseja diversificar a carteira de investimentos e para as pessoas que estão começando a se aventurar na renda variável. 

Investidor lucrativo

Entretanto, para os investidores experientes, o fato de não poderem intervir na carteira do fundo pode ser uma desvantagem. As taxas de administração e performance também podem ser uma desvantagem, dependendo dos valores cobrados. 

Como investir em fundo de ações

Para investir em um fundo de ações, o primeiro passo será conhecer o seu perfil de investidor. Os fundos de investimentos em ações são arriscados e não são todos os investidores que são tolerantes ao risco. 

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Posteriormente, é importante analisar os fundos disponíveis no mercado e descobrir qual estratégia eles seguem, qual a aplicação mínima, histórico de rentabilidade e as taxas cobradas. Por fim, basta abrir uma conta em uma corretora e começar a investir. 

Agora que você sabe tudo sobre o funcionamento de um fundo de ações, aproveite para entender sobre os Fundos multimercados, o que são? Como funcionam, tipos e como investir

Fontes: Infomoney, Rico e Xpi

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