História da economia do Brasil: da origem à atualidade

A história da economia do Brasil é marca pelas muitas trocas de moedas e a desvalorização constante do dinheiro brasileiro.

23 de novembro de 2021 - por Jaíne Jehniffer


A história da economia do Brasil, e as muitas moedas que tivemos ao longo dos anos, serve para mostrar que não é recomendado deixar todo o seu dinheiro no Brasil.

O mais interessante é ter uma carteira de investimentos diversificada com ativos nacionais e internacionais. Com isso, você consegue proteger melhor o seu patrimônio.

Acompanhe, nessa matéria, você vai conhecer melhor as muitas moedas que o Brasil já teve e entender Porque não é legal deixar todo o seu patrimônio aqui.

Continue a leitura.

História da economia do Brasil

A economia do Brasil tem uma história marcada por diferentes fases e influências. Inicialmente moldada pelo pensamento mercantil europeu do século XV, a economia brasileira teve sua base na exportação, especialmente do café, que impulsionou a industrialização no século passado.

A transição de uma economia colonial para uma economia nacional foi um marco importante, com destaque para a industrialização nos anos 1950. O país ocupava a nona posição no ranking econômico mundial em 2019, mas estar no top 10 em relação ao PIB não significa ser rico e desenvolvido.

A história econômica do Brasil também é a história da sociedade brasileira, refletindo como a economia moldou a sociedade, povo e território. A obra “História Econômica do Brasil” de Caio Prado Junior oferece uma análise abrangente desde a colonização até o século XX, explorando as estruturas econômicas, transições e desafios enfrentados ao longo do tempo.

Outros estudos, como os de Simonsen, contribuem para compreender a evolução econômica do país, desde a chegada dos portugueses até o século XX, abordando ciclos econômicos, políticas coloniais, industrialização, e outros aspectos fundamentais.

Como foram as fases da história da economia do Brasil?

Período pré-colonial

O período pré-colonial (1500-1530) corresponde aos primeiros anos de colonização do Brasil pelos portugueses. A principal atividade econômica foi a exploração do pau-brasil.

Período colonial

No período colonial (1500-1822) Portugal colonizou e explorou o Brasil. A economia colonial consistia na exploração de riquezas para atender aos interesses do mercado externo por meio da mão de obra escravizada.

Ciclos pré-industriais

Os ciclos pré-industriais referem-se aos ciclos econômicos do Brasil que foram desenvolvidos no país em diversos momentos:

  • Ciclo do Pau-Brasil: Inicialmente, a extração do pau-brasil foi uma atividade econômica fundamental, sendo explorada na costa brasileira para obtenção de corante e produção de utensílios em madeira.
  • Ciclo da Cana-de-Açúcar: Após o esgotamento do pau-brasil, os portugueses passaram a explorar a cana-de-açúcar, estabelecendo engenhos para a produção de açúcar, com mão de obra escrava, principalmente no nordeste do país.
  • Ciclo do Ouro: Com a descoberta de ouro no Sudeste, especialmente em Minas Gerais, a extração aurífera tornou-se uma atividade lucrativa por quase 100 anos, enriquecendo várias pessoas e cidades.
  • Ciclo do Café: O café foi fundamental para o desenvolvimento industrial no Brasil, impulsionando investimentos privados e a industrialização incipiente, sendo um dos principais produtos de exportação.

Industrialização

A industrialização do Brasil é considerada um processo tardio, iniciado um século após o surgimento das primeiras indústrias na Europa. As primeiras manufaturas foram abertas no território nacional durante o século XIX, mas foi somente a partir da década de 1930 que o processo ganhou força.

Desenvolvimentismo

No Brasil, o desenvolvimentismo ocorreu principalmente com o governo de Juscelino Kubitschek (1956 – 1961) a partir de um projeto de Plano de Metas, que estabelecia um desenvolvimento no país para atrair indústrias estrangeiras em busca de auxiliar na questão econômica.

Milagre econômico

O chamado “milagre econômico” (1968-1973) foi um período caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e inflação baixa.

A década perdida

A década perdida (1980-1990) é um período é conhecido como por este nome devido à estagnação econômica, ao baixo crescimento do PIB e à acentuada inflação durante estes anos.

Abertura econômica

A abertura econômica do Brasil, iniciada nos anos 90, marcou uma nova era de desafios e oportunidades, redefinindo a participação do país no cenário global.

Plano Real

O Plano Real (1994) foi um processo de estabilização econômica iniciado em 1993 e o seu sucesso representou a quebra da espinha dorsal da inflação no Brasil.

Como é a economia do Brasil hoje?

A economia do Brasil hoje é diversificada e abrange os setores primário, secundário e terciário. No setor primário, o país se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas, como soja, café, carne bovina, frango, cana-de-açúcar e laranja.

No setor secundário, a indústria de transformação, construção civil e produção de energia são áreas de destaque, com indústrias nos setores automobilístico, aeronáutico, petroquímico, siderúrgico, têxtil e de alimentos.

Já no setor terciário, que é o mais representativo da economia brasileira em termos de participação no PIB, engloba os serviços, como comércio, educação, saúde, turismo, entre outros. A economia brasileira apresenta sinais de recuperação, com um crescimento do PIB de 2,9% em 2023, impulsionado por setores como a agropecuária, indústria e serviços.

O consumo das famílias, consumo do governo e exportações foram fatores que contribuíram para esse crescimento, apesar da queda nos investimentos. A economia do Brasil está em constante evolução, buscando superar desafios como a burocracia, altas taxas de juros e problemas no sistema previdenciário.

Em síntese, a economia brasileira atual é diversificada, abrangendo os setores primário, secundário e terciário, com destaque para a produção agrícola, indústria de transformação, exploração de petróleo, e mineração, refletindo a complexidade e evolução da economia do Brasil ao longo dos anos.

Vale a pena investir apenas no Brasil?

Ao analisarmos a história da economia do Brasil, fica claro a importância de não investir apenas no Brasil. O investimento no exterior pode parecer estranho para muitos investidores, mas ele faz muito sentido.

Afinal de contas, se o Brasil não fosse o seu país, você iria deixar todo o seu dinheiro em uma nação que passou por tantas moedas há poucos anos?

Além de investir no exterior, é fundamental ter uma carteira de investimentos diversificada. Por exemplo, se você tiver aplicações em ouro, você já fica um pouco protegido contra as desvalorizações do dinheiro.

Ou seja, o dinheiro em papel e a poupança estão sujeitos a desvalorização constante. Por isso, o interessante é ter aplicações em ações, ouro, fundos imobiliários e em ativos no exterior.

Agora que você sabe a importância de ter uma carteira diversificada com ativos nacionais e internacionais, assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e confira a desvalorização que o dinheiro teve ao longo dos anos:

Fonte: Brasil Escola, Toda Matéria, Portal da Indústria

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