História da economia e das moedas do Brasil

23 de novembro de 2021, por Jaíne Jehniffer

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A história da economia do Brasil, e as muitas moedas que tivemos ao longo dos anos, serve para provar que não é recomendado deixar todo o seu dinheiro no Brasil.

O mais interessante é ter uma carteira de investimentos diversificada com ativos nacionais e internacionais. Com isso, você consegue proteger melhor o seu patrimônio.

Portanto, nesse texto você vai conhecer melhor as muitas moedas que o Brasil já teve e entender o porque não é legal deixar todo o seu patrimônio aqui. Boa leitura.

História da economia do Brasil

Estudar sobre o passado do Brasil, serve para você entender o porque não é seguro investir apenas no Brasil. Nesse sentido, neste texto vamos falar sobre a história da economia brasileira.

Para que você entenda mais sobre a economia brasileira, vamos falar sobre as várias moedas que o Brasil já teve. A primeira moeda brasileira, foi o Real Império de 1833 a 1888.

Iremos falar a partir dessa moeda, pois antes disso não existia uma moeda que fosse de fato brasileira. Na economia brasileira nós tivemos muitas moedas e o Real Império foi um das mais duradouras.

Apesar do Real Império ser uma moeda brasileira, ele tinha o sistema monetário português como base. Sendo que ele era popularmente conhecido como Réis.

A história da economia do Brasil: moedas que já tivemos

A próxima moeda foi o Real República que durou de 1889 a 1942. Com a proclamação da república, ocorreu a troca dos símbolos do império por símbolos da república.

Na prática, a troca foi apenas no nome, a moeda continuou sendo a mesma. Nessa época mil réis era conhecido como o nome da moeda. Sendo que um réis valia mil dos antigos réis do império.

Foi assim que houve o primeiro corte de 3 zeros na moeda. O montante equivalente a mil réis era chamado de contos de réis, isto é, um milhão de réis do antigo império.

Com essa mudança podemos notar uma desvalorização da moeda brasileira a partir da proclamação da república. Depois do Real República, o Brasil teve muitas moedas.

Cruzeiro

Para resolver a confusão que os milésimos causavam, veio o Cruzeiro, que permaneceu entre 1942 e 1967. Para facilitar as transações, o Cruzeiro introduziu os centavos.

O Cruzeiro era equivalente a mil réis, ou seja, um conto de réis. Depois do Cruzeiro tivemos o Cruzeiro Novo entre 1967 e 1970.

Ele usa as mesmas cédulas do Cruzeiro antigo, com carimbos nas cédulas informando o novo valor. Com isso eles cortaram mais alguns zeros da moeda.

Houve o reaproveitamento das cédulas porque o país estava sem dinheiro até para imprimir novas cédulas. Como sempre, o país não tinha, e ainda hoje não tem, o devido cuidado com as suas finanças.

A história da economia do Brasil: moedas que já tivemos

De 1970 a 1986, o Cruzeiro voltou a ser a moeda do Brasil. Com isso o governo imprimiu novas cédulas com o valor que não foi alterado em relação ao Cruzeiro novo.

Assim como as outras moedas, o governo continuou imprimindo dinheiro demais e causando inflação. Logo, a moeda se desvaloriza e o governo muda, de novo, a moeda.

Moeda Cruzado

Quando o Cruzeiro se desvalorizou, veio o Cruzado de 1986 a 1989. Com a mudança a moeda perdeu mais 3 zeros. Mil Cruzeiros passam a valer 1 Cruzado durante os primeiros meses.

Não houve nova impressão de notas de Cruzeiro para Cruzado. Dessa forma, as notas foram apenas carimbadas. De 1989 a 1990 tivemos o Cruzado Novo.

Com essa mudança, ela perdeu mais 3 zeros em relação a sua antecessora. Mais uma vez, as notas foram apenas carimbadas no período de troca.

Alguns anos depois, tivemos o Cruzeiro de 1990 a 1993. Essa foi a época em que o Collor tomou medidas polêmicas como, por exemplo, o confisco da poupança.

O Collor conseguiu piorar ainda mais uma situação econômica que já era ruim. Depois veio o Cruzeiro Real em 1993. A estratégia foi a mesma das moedas anteriores: grande impressão de dinheiro, corte de 3 zeros e carimbo nas notas.

A história da economia do Brasil: moedas que já tivemos

Real

O Real está sendo usado desde 1994. Primeiramente, tivemos a URV – Unidade Real de Valor, com o intuito de conter a inflação.

Quando o Real foi instituído definitivamente, um real valia uma URV, que era travada no preço do dólar. Essa foi a primeira vez na história que o Brasil adotou qualquer medida que não fosse simplesmente cortar 3 zeros.

As personalidades brasileiras estavam nas muitas moedas que o Brasil já teve. Sendo assim, com o Real as notas adotaram os animais da fauna brasileira.

Com o Real, implantado com o Plano Real, o Brasil conseguiu controlar a inflação desenfreada da época e parar de trocar de moedas constantemente.

É claro que o real se desvalorizou bastante ao longo do tempo. Mas mecanismos foram criados para exercer certo controle, como a Selic, por exemplo. Mas é claro que isso não impede o Real de acabar um dia.

Vale a pena investir apenas no Brasil?

Ao analisarmos a história da economia do Brasil, fica claro a importância de não investir apenas no Brasil. O investimento no exterior pode parecer estranho para muitos investidores, mas ele faz muito sentido.

Afinal de contas, se o Brasil não fosse o seu país, você iria deixar todo o seu dinheiro em uma nação que passou por tantas moedas há poucos anos?

Além de investir no exterior, é fundamental ter uma carteira de investimentos diversificada. Por exemplo, se você tiver aplicações em ouro, você já fica um pouco protegido contra as desvalorizações do dinheiro.

Ou seja, o dinheiro em papel e a poupança estão sujeitos a desvalorização constante. Por isso, o interessante é ter aplicações em ações, ouro, fundos imobiliários e em ativos no exterior.

Agora que você sabe a importância de ter uma carteira diversificada com ativos nacionais e internacionais, assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e confira a desvalorização que o dinheiro teve ao longo dos anos:

Enfim, agora que você conhece a história da economia do Brasil, aproveite para descobrir quais são as Moedas mais valorizadas do mundo: quais são elas?

Fonte: Roteiro de Raul Sena.