O que é e como funciona a mineração de criptomoedas?

21 de setembro de 2022, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 4 min, 27 seg


A mineração de criptomoedas é um processo de validação e inclusão de transações na blockchain, onde novas criptomoedas são criadas.

Sendo assim, a mineração serve como uma forma de validar as transações com criptos e fazer a sua inclusão na rede blockchain.

Portanto, a mineração funciona tanto como uma forma de validar e incluir novas transações na blockchain, quanto como uma maneira de colocar mais criptos em circulação.

Para minerar, você precisa de um computador com grande poder computacional. Isso porque o computador precisa resolver complexos problemas matemáticos para validar as transações.

Sendo que a resolução dos problemas ocorre na base da tentativa e erro. Logo, quem conseguir resolver a questão primeiro, recebe a recompensa pela validação da transação.

Como funciona a mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas funciona como uma forma de validar e incluir novas transações na blockchain.

Neste processo, os computadores dos mineradores tentam achar a solução para equações complexas. A solução é encontrada na base da tentativa e erro, o que exige um grande poder computacional.

Com as validações, criptomoedas são criadas. Sendo que esse tipo de validação é chamada de Proof of Work, ou seja, prova do trabalho.

Mas nem todas as criptos possibilitam o processo de mineração. Isso porque algumas criptos funcionam por meio do Proof of Stake, isto é, prova de participação.

Quanto ganha um minerador?

Os mineradores ganham criptomoedas como recompensa pela validação das transações e inclusão na blockchain.

Em novembro de 2021, o valor para cada bloco minerado era de 6,25 BTC, o que corresponde a R$ 2 milhões.

Cada bloco é minerado, em média, a cada 10 minutos. Sendo assim, em uma hora, 37,5 novas unidades de Bitcoin são criadas. Portanto em 24 horas, 900 BTC são colocados em circulação.

Desse modo, o faturamento bruto diário da atividade é de quase R$ 300 milhões. Vale destacar que o valor pago é diminuído pela metade a cada 210 mil blocos minerados, por causa da halving.

Em resumo, a halving serve como um fator deflacionário para a cripto e acontece, em média, a cada quatro anos.

O que você precisa para ser um minerador de criptomoedas?

Para ser um minerador de criptomoedas, basta seguir os passos abaixo:

1- Faça uma carteira virtual

O primeiro passo é ter uma carteira de criptomoedas. Uma carteira é necessária para que você possa armazenar as suas critptos.

Sendo que as carteiras podem ser online ou offline. Em síntese, as carteiras online, também chamadas de hot wallets (carteiras quentes), são conectadas à internet.

Em contrapartida, as carteiras offline, ou cold wallets (carteiras frias), não se conectam na internet.

2- Adquira um hardware de mineração

O 2º passo é comprar um hardware para minerar criptomoeda. Para minerar Bitcoin, por exemplo, você precisa dos equipamentos chamados de ASIC.

Para outras criptos, você pode usar computadores com placas de vídeo potentes. Enfim, a regra geral é que quanto maior o poder computacional, mais chances se têm de minerar mais.

3- Conecte-se a um software de mineração

Por fim, você precisa se conectar a um software de mineração.

Em síntese, um software de mineração é um programa instalado no computador que controla todo o processo de validação e fabricação de novas moedas e o envio delas para a wallet.

Quais criptomoedas podem ser mineradas?

De maneira geral, as moedas que funcionam por meio do Proof of Work, precisam ser mineradas. Alguns exemplos disso são: Bitcoin, Litecoin, Monero e Zcash.

Por outro lado, as moedas que funcionam por meio do Proof of Stake, os usuários precisam manter criptos na rede para validar os blocos. O nome desse processo é staking.

Alguns exemplos de criptos que funcionam com o Proof of Stake são: Cardano, Tezos e Solana. Inclusive, o Ethereum pretende migrar do Proof of Work para o Proof of Stake.

Vale destacar que existem cerca de 15 mil criptos no mercado. No geral, elas seguem algumas regras em comum.

No entanto, é preciso estudar separadamente o que você pretende minerar, pois ela pode ter regras específicas.

Vale a pena?

Depende. Por exemplo, a mineração de Bitcoins vale mais a pena para os grandes grupos que se dedicam a isso.

Por outro lado, minerar Bitcoins em casa não vale muito a pena. Isso porque a mineração exige um gasto muito grande com energia elétrica.

Contudo, a mineração de outras criptomoedas em casa pode valer a pena. No entanto, este não é um processo rápido, e geralmente ele leva bastante tempo.

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Fontes: Infomoney, Nubank e Exame.