29 de dezembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
A política econômica de um país são as medidas tomadas pelo governo para contribuir com a economia nacional, seguindo as metas de curto e longo prazo estabelecidas de acordo com o governo vigente. Nesse sentido, são três tipos de políticas: política monetária, política fiscal e política cambial. Com elas, espera-se ajudar o crescimento econômico do país, estabilizar os preços, além de gerar bem-estar para a população
Leia este texto para ter mais detalhes sobre o tema e conhecer quais são os instrumentos da política econômica.
O que é política econômica?
A Política Econômica, consiste, no conjunto de ações planejadas e executadas pelo governo para atingir os objetivos relacionados com a situação econômica do país. Essa política inclui a participação dos outros poderes e órgãos fundamentais, como o Banco Central.
Portanto, abarca temas fundamentais para o desenvolvimento econômico de uma nação, tais como:
- Taxa de juros;
- Tributação;
- Orçamentos governamentais;
- Mercado de trabalho;
- Oferta monetária.
O objetivo de uma política econômica bem elaborada, portanto, é melhorar o bem-estar dos cidadãos e da sociedade. Afinal de contas, tudo o que envolve a política de uma nação afeta a vida da população. Além disso, qualquer ação mal executada pode prejudicar as empresas, contribuindo com o desemprego e afastando investidores do país.
Quais são os objetivos da política econômica?
Uma das principais metas é o crescimento econômico e a geração de empregos, já que esse é o grande anseio da população e também dos políticos eleitos. Outro objetivo importante é o controle da inflação; até porque, se ignorado, distorções importantes no poder de compra da população poderão acontecer.
Por último, o equilíbrio nas contas externas de um país é essencial. Caso um país esteja com déficit nas contas externas, haverá acumulação de dívida externa e o crescimento dos custos financeiros. Consequentemente, diminuirá a quantia de recursos disponíveis para os cidadãos.
Classificações das políticas econômicas
A política econômica pode ser classificada de acordo com o seu objetivo ou método.
Quanto à forma de aplicação
- Política alocativa: Esse tipo aplicação tem como foco melhorar a alocação dos recursos na economia, visando o aumento da eficiência.
- Política estabilizadora: Essa forma tem como foco a estabilização da economia por meio do controle de indicadores como, por exemplo, a hiperinflação.
Política distributiva: O intuito é melhorar a distribuição de renda na sociedade. Ou seja, o foco está na diminuição da desigualdade social.
Quanto à modalidade
Estrutural: Tem como foco, no longo prazo, a modificação da estrutura macroeconômica.
- Conjuntural: Esse tipo visa, no curto prazo, a administração de situações como hiperinflação, depressão e escassez de produtos.
- Expansionista: Por fim, a modalidade expansionista foca na manutenção ou aceleração do crescimento econômico. O intuito dessa política é ajudar no crescimento econômico, por meio de incentivos na produção e consumo.
Quais são os instrumentos da política econômica?
A política econômica brasileira tem cinco instrumentos principais: a política fiscal, cambial, comercial, monetária e renda. Contudo, elas não devem trabalhar separadamente, o ideal é que haja um equilíbrio entre as cinco políticas.
Para conferir se as três estão em equilíbrio, são usados alguns indicadores, tais como inflação, crescimento da produção, aumento da geração de empregos e equilíbrio das contas externas.
Política fiscal
A política fiscal é tida como o instrumento mais importante da política econômica, porque ela consiste no planejamento orçamentário do Estado e no equilíbrio das contas públicas.
O orçamento é a diferença entre as receitas e despesas do estado em certo período. Quando as receitas são superiores aos gastos, tem-se uma situação de superávit. Por outro lado, quando os gastos são maiores do que as receitas, há o déficit.
A receita é arrecadada por meio de impostos, enquanto as despesas são mais diversas como pagamento de funcionários públicos, juros da dívida pública e construção de escolas e hospitais.
Quando o país apresenta superávit, é sinal de que está sobrando dinheiro, e o governo pode usar esse excedente, por exemplo, para reduzir a dívida pública.
Visar o equilíbrio das contas públicas é de extrema importância, uma vez que o governo arrecada trilhões em impostos, mas nunca é o suficiente para cobrir todos os gastos. Desse modo, o governo procura meios de conseguir arrecadar mais, seja por meio da criação de novos impostos ou aumentando a alíquota dos já existentes. Contudo, essa saída faz com que os brasileiros paguem ainda mais impostos, sendo o Brasil um dos países com mais impostos no mundo.
Outra solução seria realizar reformas administrativas com a intenção de acabar com os gastos públicos desnecessários e estimular a economia por parte do governo.
Política cambial
A política cambial diz respeito às taxas de câmbio. No Brasil, nós usamos a taxa de câmbio flutuante, o que significa que o valor do real varia diariamente.
Para o controle desta variação, existem algumas medidas adotadas pelo governo, como a compra e venda de moedas estrangeiras. A política cambial também é muito importante, porque ela pode gerar vários impactos em fatores macroeconômicos, como exportações e importações.
Quando a moeda estrangeira está em um momento de alta, a tendência é que os produtores nacionais direcionem seus produtos para as exportações. Com isso, restam menos produtos no país, o que pode acarretar a inflação e os juros.
Política comercial
Política comercial é o conjunto de ações tomadas e teorias que norteiam um governo para administrar o seu panorama comercial. Nessa política, são feitas parcerias com outros países, estabelecendo regras para a entrada de produtos estrangeiros no mercado interno e fomentando os negócios nacionais.
A política comercial é tão importante que faz parte dos quatro componentes da chamada política macroeconômica. Ela tem como objetivo criar um sistema no âmbito mercantil forte para evitar recessões e melhorar a a vida financeira da população.
Política monetária
A política monetária faz o controle da quantidade de moeda em circulação, com o intuito de controlar a inflação, por meio do controle da quantidade de dinheiro no mercado.
Uma das principais formas de controle é a taxa Selic, mas não é a única. O Banco Central também usa as operações no open market, os redescontos bancários e os depósitos compulsórios. Os instrumentos usados pelo governo dependem da política econômica ser expansionista ou contracionista.
Na política expansionista o governo estimula o crescimento econômico. Já na contracionista, ele desestimula o crescimento.
Desse modo, na expansionista, o governo injeta dinheiro e reduz a taxa Selic, o que torna o acesso ao crédito mais fácil. Essa injeção pode acontecer por meio da impressão de dinheiro ou por meio da compra de títulos públicos.
Uma das formas de controlar a inflação é adotar a política contracionista, pois ela desestimula o consumo, reduzindo a demanda frente a oferta e fazendo os preços serem reduzidos.
Política de rendas
A política de rendas está preocupada em promover uma melhor distribuição de renda entre os cidadãos de uma nação. Como exemplo dessa política, podemos citar a fixação de um valor para o salário mínimo.
Atualmente (2024), esse valor, no Brasil, é de R$ 1.412,00. Essa renda é primordial para garantir o desenvolvimento e o equilíbrio ao ecossistema socioeconômico.
- Leia também. E aí, você gostou deste texto? Que tal aprender mais? Então, leia este outro texto sobre balança comercial e saiba como como calcular. Boa leitura!
Fontes: Mais retorno, Suno,,Uni Dom Bosco