Análise de ações: o que é, quais são os tipos e como fazer?

Análise de ações é o estudo de um ativo para avaliar seu desempenho financeiro, riscos e oportunidades de investimento. Leia mais.

24 de novembro de 2020 - por Sidemar Castro


Existem diversas maneiras de se realizar a análise de ações de uma empresa. Muitos investidores, quando entram no mundo das ações, desejam uma maneira fácil e rápida de realizar essa análise. Porém, uma boa análise, geralmente, não é feita em poucos minutos. 

Apesar de existirem maneiras diferentes, e algumas formas particulares de analisar uma ação, de maneira geral podemos dividir a análise de ações em duas vertentes: a análise fundamentalista e a técnica

A análise fundamentalista é a mais aprofundada e demorada de ser feita. Dessa forma, é também a que possui uma margem de erro menor. Por outro lado, a análise técnica é bem mais rápida e arriscada, sendo a mais usada, principalmente por traders.

Quer saber mais sobre sobre como fazer análise de ações? Prossiga na leitura da matéria.

O que é análise de ações?

A análise de ações é um processo de avaliação de empresas listadas na bolsa de valores, com o objetivo de selecionar aquelas que oferecem as melhores oportunidades de investimento. Existem duas abordagens principais para a análise de ações: a análise fundamentalista e a análise técnica.

A análise fundamentalista envolve o estudo da situação financeira e das perspectivas de uma empresa para avaliar seu potencial de crescimento a longo prazo, levando em conta os fundamentos da empresa, como balanço patrimonial, demonstrativos e perspectivas de crescimento.

Por outro lado, a análise técnica se baseia no estudo de padrões e tendências de preços no mercado, utilizando gráficos e indicadores para prever movimentos futuros dos preços das ações. Ambas as abordagens têm suas vantagens e são utilizadas por investidores com diferentes perfis e objetivos.

Quais são os tipos de análise de ações?

1. Análise fundamentalista

Definição: A análise fundamentalista é uma metodologia usada por investidores de longo prazo para avaliar os pilares (ou fundamentos) de empresas. Ela se baseia nos indicadores fundamentalistas, que servem como ferramentas de medição do potencial e dos resultados das ações na bolsa.

Indicadores:

  • Margem EBITDA: Indicador de margem de lucro operacional de um negócio.
  • Valor Patrimonial: Diferença entre o valor dos ativos de uma empresa e o seu passivo.
  • Lucro Líquido: Diferença entre todas as receitas da companhia e todos os gastos envolvidos na sua operação.
  • Margem Líquida: Indicador financeiro que demonstra a porcentagem de lucro em relação às receitas apresentadas por uma empresa no seu balanço.
  • Ativo Total: Soma de todos os ativos, ou seja, seus bens e direitos.
  • Dívida Bruta: Valor composto pela soma de todas as obrigações financeiras da empresa que estão para ser quitadas.
  • Dívida Líquida: Ligada às obrigações financeiras que as empresas adquirem.

2. Análise Técnica

Definição: A análise técnica, ou análise gráfica de ações, é uma ferramenta para encontrar as melhores oportunidades para operar na bolsa de valores. Essa abordagem é baseada na leitura e análise de gráficos.

Indicadores:

  • Suporte e Resistência: Indicam o limite entre a queda e o aumento dos preços dos ativos, respectivamente.
  • Linhas de Tendência: Ferramenta com aptidão de verificar a proximidade dos altos e baixos dos preços.
  • Médias Móveis: Relacionadas com os valores médios alcançados pelos preços em determinados períodos.
  • Bandas de Bollinger: Indicadores estatísticos de volatilidade.

Qual é o melhor método de análise de ações?

O melhor método de análise de ações depende do seu objetivo de investimento e do seu perfil de investidor.

Se você deseja investir a longo prazo, a análise fundamentalista é geralmente considerada o melhor método, pois permite que você se torne sócio de empresas com bons fundamentos, o que pode levar a uma possível valorização do papel.

Por outro lado, se a intenção for especular ou operar a curto prazo, a análise técnica faz mais sentido, pois ela é focada na análise de gráficos e indicadores passados para identificar tendências e padrões de preço.

Portanto, o melhor método é aquele que atende melhor às suas necessidades e expectativas. É importante lembrar que a análise de ações é uma ferramenta para auxiliar na decisão de investir e deve ser feita também durante e depois da compra das ações, para auxiliar nas vendas dos ativos.

Por que fazer análise de ações?

Fazer análise de ações é fundamental para uma série de razões. Primeiramente, ela permite que os investidores tomem decisões bem informadas. Através da análise de ações, é possível compreender a saúde financeira de uma empresa, seu histórico de desempenho e as perspectivas futuras.

Além disso, a análise de ações é crucial para a gestão de riscos. Avaliar o risco associado a uma ação é essencial para a gestão eficaz do portfólio. A análise de ações também pode ajudar a identificar oportunidades de investimento. Por exemplo, pode-se descobrir ações que estão sendo negociadas abaixo de seu valor intrínseco e que têm potencial de valorização.

Outro aspecto importante da análise de ações é a avaliação de valor. Ela ajuda a determinar se uma ação está sendo negociada a um preço justo. A análise de ações também é uma ferramenta essencial para o planejamento de investimentos a longo prazo.

Por fim, a análise de ações permite fazer ajustes estratégicos na carteira de investimentos com base nas condições de mercado. Portanto, a análise de ações é uma ferramenta essencial para qualquer investidor, seja ele de curto, médio ou longo prazo. Ela deve ser feita antes, durante e depois da compra das ações, para auxiliar nas decisões de venda dos ativos.

Fontes: Empiricus, BTG Pactual, WeInvest

GDR: o que são e como funcionam os Global Depositary Receipts?

Sociedade de Crédito Direto (SCD): o que é e como funciona?

IPI: o que é, como funciona e quando este imposto é cobrado?

Método de equivalência patrimonial: o que é e como funciona?