30 de setembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
A diversificação de investimentos é uma estratégia onde o investidor opta por adquirir ativos de empresas diferentes pertencentes a setores diferentes. Ou seja, o investidor não vai apostar em apenas uma empresa.
Essa estratégia de diversificação de investimentos serve para reduzir o risco de perdas financeiras. Portanto, se um setor sofrer baixa, o investidor não corre o risco de ter toda a sua carteira afetada.
Em resumo, investimentos sempre possuem uma parcela de risco. Porém, a diversificação da carteira ajuda o investidor a proteger o capital contra as baixas do mercado.
O que é diversificação de investimentos?
A estratégia de diversificação da carteira visa, principalmente, proteger os investimentos contra as baixas do mercado. Em outras palavras, a diversificação de investimentos é uma técnica de controle de riscos.
Isso é possível através da aplicação em diferentes ativos que pertençam a diferentes setores. Além disso, é interessante que os indexadores, como, por exemplo, o CDI, Ibovespa ou Selic, sejam diferentes.
A estratégia de diversificação da carteira pode ser aplicada tanto em investimentos de renda fixa, quanto de renda variável. É claro que a aplicação em diferentes ativos vai depender do perfil do investidor.
Alguns investidores de sucesso que defendem essa técnica são Benjamin Graham e Warren Buffett. Em resumo, realizar a aplicação em diferentes ativos ajuda o investidor a maximizar seu retorno e reduzir suas perdas ao longo do tempo.
Por que diversificar
Ao decidir investir em uma empresa, é impossível saber o que será dela no futuro. Mesmo realizando análises antes de investir, ainda assim, investir em uma empresa na bolsa de valores, é um risco.
Portanto, ao escolher uma empresa, pode ser que ela não seja assim tão boa e possa ter prejuízos ou, até mesmo, falir.
Quanto menor o tamanho dessa empresa e mais jovem ela for, maior se torna esse risco. Por exemplo, cerca de 21% das empresas abertas no Brasil vão a falência.
Claro que esse número é bem menor na Bolsa de Valores. Afinal, as empresas na B3, são maiores e melhor administradas do que as empresas de modo geral.
Em resumo, menos de 10 empresas faliram na Bolsa de Valores nos últimos tempos. Ou seja, o número é bem menor que a média do Brasil.
Entretanto, isso não significa que os investidores obtêm sucesso em todos os seus investimentos. Infelizmente, a verdade é que muitas empresas continuam se arrastando por anos. Já outras, acabam fechando o capital antes da falência efetiva.
Enfim, investir em uma única empresa não é a estratégia mais inteligente, diversificar é a regra número 1 de qualquer investidor.
Tipos de aplicação em diferentes ativos
Existem alguns tipos de diversificação de investimentos, como por exemplo:
1- Diversificação de classes de ativos
Esse tipo de diversificação tem o objetivo de minimizar a volatilidade da carteira de investimentos. Dessa maneira, para diversificar entre classes, o investidor pode escolher investir, por exemplo, em ações e em renda fixa.
Portanto, em caso de baixa no mercado de ações, o investidor não corre o risco de perder tanto.
Para diversificar entre classes de ativos, o investidor possui algumas opções, como:
- Ações;
- Renda Fixa;
- Fundos imobiliários;
- Moedas estrangeiras;
- Fundos de investimentos.
2- Diversificação de setores
A diversificação de setores também é muito importante na hora de investir. Dessa maneira, caso um setor tenha baixa, o investidor não vai ser tão afetado, como seria se tivesse todas as ações em um único setor.
Dessa maneira, o investidor pode, por exemplo, investir em bancos, energias e varejo, que são setores diferentes.
3- Diversificação geográfica
Esse tipo de diversificação é muito importante para proteger o patrimônio do investidor de possíveis crises em seu país. É mais fácil e cômodo investir apenas no próprio país, contudo, isso representa um risco.
O aconselhável é investir uma parte do capital em países que possuem moedas fortes. Para esse tipo de diversificação é possível aplicar em:
ETFs – Exchange Traded Funds: Os ETFs são negociados na bolsa de valores brasileira. Eles são fundos de índices no qual o gestor realiza todas as operações. Essa é uma ótima forma de diversificação;
Stocks: As stocks são ações dos Estados Unidos negociadas na própria bolsa norte-americana. Portanto, para investir em Stocks, o investidor precisa abrir uma conta em uma corretora norte-americana;
REITs – Real Estate Investment Trust: Para investimento em REITs, o investidor também precisa abrir uma conta em uma corretora dos Estados Unidos. O funcionamento dos REITs é parecido com o dos fundos imobiliários. Portanto, eles são ativos que visam os imóveis e a distribuição de lucro;
BDRs – Brasilian Depositary Receipts: Os BDRs são negociados na B3 e funcionam como uma espécie de fundos de investimento.
Vantagens da diversificação de investimentos
Existem muitas vantagens em não colocar os ovos em uma única cesta, algumas delas são:
1- Ganhos
O probabilidade de ganhos é elevado ao optar por investir em novas empresas com potencial de bons retornos.
2- Redução de perdas
Ao reduzir os riscos, as perdas de dinheiro também são reduzidas. Ou seja, essa é uma das maiores vantagens, afinal, você não quer investir todo o seu dinheiro em uma única empresa e ela ir a falência, não é mesmo?
3- Liquidez da diversificação de investimentos
Realizar a aplicação em diferentes ativos, ajuda na sua liquidez. Liquidez é a facilidade com que o investidor consegue resgatar o dinheiro investido.
Dessa maneira, ao diversificar os investimentos, o investidor pode optar por aplicações com liquidez menor e rendimentos maiores, ao mesmo tempo em que investe em ativos com grande liquidez, para caso precise urgentemente resgatar o seu dinheiro.
4- Construção do patrimônio
Para construir um patrimônio a longo prazo, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio. Mesmo que isso signifique uma certa redução dos ganhos a curto prazo, a longo prazo é a estratégia mais acertada.
Afinal, a construção de uma carteira de investimentos diversificada visa o longo prazo.
Como fazer a diversificação de investimentos
Para realizar a diversificação de investimentos, não basta sair comprando qualquer empresa. Na hora de diversificar a carteira, diversos critérios devem ser levados em consideração.
O primeiro deles se refere à correlação. A correlação é a relação que as ações têm entre si. Por exemplo, as ações das empresas Energias do Brasil e Cemig estão relacionadas, já que ambas se referem ao setor de energia elétrica. Ou seja, é importante, diversificar o setor.
Dessa forma, quanto menos correlação os seus investimentos tiverem entre si, melhor. Em outras palavras, na hora de investir, quanto menor for a correlação entre os seus investimentos, menor a chance de você perder dinheiro.
Outro critério importante de se considerar é a pulverização. Muitos investidores defendem que, a partir de certa quantidade de ativos, você estaria pulverizando a sua carteira e não mais diversificando.
Isso porque, pode se tornar praticamente impossível acompanhar com precisão uma carteira com, por exemplo, 100 ações diferentes.
Quantas ações ter em carteira
O número correto de ações para se ter na sua carteira é a quantidade que você conseguir acompanhar. Infelizmente, não existe um número ou uma regrinha mágica que, ao ser seguida, proporcione grandes riquezas ao investidor.
Portanto, as aplicações e o número de investimentos para cada carteira diversificada de investimento é variável.
Se você for um investidor conservador, você pode realizar a maior parte de suas aplicações em renda fixa. Algumas opções são: tesouro direto, CDBs, LCAs e LCIs. Ou seja, diversificando entre as opções disponíveis.
Por outro lado, se você for um investidor moderado, uma opção é investir metade em renda variável e metade em renda fixa. Lembrando sempre de realizar aplicação em diferentes ativos dentro de ambos os tipos de renda.
Por fim, o investidor agressivo pode optar por aplicar, principalmente, em renda variável. Mesmo gostando de correr mais riscos, o investidor agressivo deve sempre se lembrar de diversificar dentre as tantas opções de renda variável.
Agora que você conhece os conceitos relacionados à aplicação da diversificação de investimentos, veja o vídeo de Raul Sena e confira exemplos práticos de aplicação em diferentes ativos:
E aí, gostou de conhecer sobre a diversificação de investimentos? Então, na hora de escolher quais ativos irão diversificar sua carteira de investimentos, faça uma Análise Fundamentalista, o que é? Conceitos, cálculos e como aplicar
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