8 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Os títulos do tesouro direto são um dos ativos favoritos das pessoas que estão saindo da poupança. Isso porque ele é considerado como o título mais seguro do mercado e proporciona uma rentabilidade acima da caderneta.
O extrato do tesouro direto serve como um informativo para que o investidor possa analisar dados importantes sobre suas aplicações, tais como a rentabilidade bruta acumulada.
Até mesmo os investidores que aplicam com objetivos de longo prazo, podem acessar o extrato do tesouro direto para ficar de olho nos rendimentos proporcionados por suas aplicações.
O que é tesouro direto?
O tesouro direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a BM&FBovespa, em 2002. Na prática, eles são títulos de dívida emitidos pelo governo como uma forma de arrecadar recursos, já que normalmente ele gasta mais do que arrecada em impostos.
Nesse sentido, ao aplicar em títulos do tesouro direto, o investidor está basicamente emprestando dinheiro para o governo e contribuindo com a dívida pública em troca de uma taxa de juros. Os tipos de títulos do tesouro variam de acordo com a rentabilidade acordada:
- Tesouro Selic: Esse é um título pós-fixado, já que a sua rentabilidade varia de acordo com as mudanças da taxa Selic no período.
- Tesouro Prefixado: Como o próprio nome sugere, no tesouro prefixado o investidor recebe uma taxa de juros previamente acordada. Nesse tipo de título o investidor pode ser remunerado apenas no vencimento ou pode receber juros semestrais.
- Tesouro IPCA+: Esse é um título híbrido, já que parte do rendimento é prefixado e outra parte varia de acordo com as mudanças no IPCA. A grande vantagem do Tesouro IPCA+ é que o investidor tem ganho real, já que ele recebe a inflação mais uma taxa de juros. Assim como o Tesouro Prefixado, no Tesouro IPCA+ existe a opção de receber os juros semestralmente.
Um detalhe importante sobre os títulos do tesouro direto é que eles sofrem a incidência do Imposto de Renda (IR) de acordo com a tabela regressiva. Sendo que, ao solicitar o resgate, a alíquota é descontada automaticamente.
Para aplicações até 180 dias, a alíquota é de 22,5%. Entre 181 e 360 dias, o imposto é de 20%. Entre 361 e 720 dias a alíquota é reduzida para 17,5%. Por fim, acima de 720 dias o IR chega à sua porcentagem mínima de 15%.
Vantagens e desvantagens
Como os títulos do tesouro direto são emitidos pelo governo, eles são considerados como a alternativa mais segura do mercado. Desse modo, esses títulos são interessantes para todos os investidores. Para os investidores conservadores eles são vantajosos, pois proporcionam uma rentabilidade superior à da poupança.
Já para os investidores moderados e arrojados, esses títulos são vantajosos para a parcela da carteira destinada a ativos de menor risco. Outra vantagem dos títulos do tesouro direto é que eles possuem uma aplicação mínima bem baixa.
Em contrapartida, é preciso que o investidor fique atento ao prazo de vencimento dos títulos, já que se o resgate for feito de maneira antecipada o investidor pode ter prejuízos devido à marcação a mercado. Em resumo, a marcação a mercado é o valor que o mercado está disposto a pagar por aquele título se ele for vendido antes do vencimento.
Como consultar o extrato do tesouro direto?
Você pode acompanhar os rendimentos dos títulos do tesouro direto através do próprio aplicativo da corretora que você tiver utilizado para investir. Outra opção é acessar o Portal do Investidor. Para isso, basta entrar no Portal e colocar o CPF e a senha de acesso. Sendo que, quando você investe pela primeira vez, a BM&FBovespa te envia a senha provisória.
Dentro do site você poderá visualizar o resumo das suas aplicações e acessar os recados importantes relativos aos títulos à disposição. Sendo assim, o que você precisa fazer é clicar em consultar e depois ir em extrato consolidado do período desejado.
Dados informados
No extrato você poderá verificar:
- Data da aplicação: Serve para distinguir as aplicações com datas diferentes;
- Quantidade de títulos: Quantos títulos foram comprados;
- Preço do título: Quanto custou cada título;
- Valor investido: Qual foi o valor aplicado em cada título;
- Rentabilidade Contratada: A rentabilidade dos títulos do tesouro direto pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida;
- Rendimento Bruto: É a rentabilidade bruta de cada título, sem levar em consideração o imposto;
- Rentabilidade Bruta Acumulada: É o rendimento de cada título desde a data da compra até a data da consulta, sem considerar o Imposto de Renda;
- Valor Bruto: O valor bruto é o saldo da aplicação no dia da consulta, sem considerar o imposto;
- Tempo da Aplicação: São os dias corridos desde a data de aquisição do título do tesouro até o dia da consulta;
- Alíquota IR: Os títulos de tesouro possuem desconto de imposto de acordo com a tabela regressiva do Imposto de Renda, começando com a alíquota de 22,5% até o mínimo de 15%;
- IOF: O Imposto sobre Operações Financeiras é cobrado somente se o resgate for realizado antes de 30 dias desde a aplicação;
- Taxa BM&FBovespa: A bolsa cobra uma taxa de 0,3% ao ano;
- Taxa Instituição Financeira: É a taxa da corretora;
- Valor Líquido: Por fim, o valor líquido é o valor em dinheiro creditado na conta depois da solicitação de resgate.
Enfim, agora que você sabe como acessar o extrato do tesouro direto, aprenda Como investir no Tesouro Direto? Tipos e como aplicar passo a passo
Fontes: Onze, Aletinvest e Onze
Imagens: Live capital, Money times, App investe e Pagseguro