29 de dezembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
Existem algumas alternativas de investimentos no mercado imobiliário que não envolvem a compra de um imóvel. Algumas dessas alternativas são os fundos imobiliários, uma modalidade de investimento em conjunto.
A forma mais tradicional de investir no setor imobiliário é por meio da compra ou construção de um imóvel. No entanto, existem diversos empecilhos e burocracias que tornam essa alternativa não muito atraente.
Neste contexto, os investimentos no setor imobiliário através de outros meios que não seja a compra direta, vem ganhando cada vez mais destaque. Afinal, este é um setor tido como mais estável e com grande capacidade de valorização.
Opções de investimentos no mercado imobiliário
Existem diversos tipos de investimentos em imóveis, que não requerem a compra do imóvel diretamente pelo investidor. Alguns deles são:
1- Fundos imobiliários (FII)
Os fundos de investimentos, no geral, são uma reunião de investidores que adquirem cotas e por isso são chamados de cotistas. Esta é uma boa opção para quem quer investir em imóveis sem ter que se preocupar com inquilinos e burocracias. Isso porque o responsável por realizar as aplicações é o gestor do fundo.
Portanto, ao aplicar em fundos imobiliários, o investidor precisa ter em mente que ele não possui nenhum poder de decisão em relação às aplicações. Essa é uma vantagem para as pessoas que querem investir no mercado imobiliário com praticidade nos investimentos, mas pode ser uma desvantagem para as pessoas que gostam de estar no controle das aplicações.
O patrimônio do fundo pode ser aplicado em diferentes ativos, como por exemplo, galpões logísticos, shopping centers ou edifícios comerciais. Além disso, essas aplicações podem ter como objetivo alocar o imóvel ou vendê-lo posteriormente.
Enfim, para investir nesta opção de investimento no setor imobiliário, o investidor deve utilizar as plataformas das corretoras. Sendo assim, ele pode participar da oferta pública do fundo, ou comprar as cotas negociadas na bolsa de valores.
Vantagens e desvantagens
Uma grande vantagem dos fundos imobiliários é o recebimento de rendimentos mensais. De maneira geral, cerca de 95% do lucro líquido dos fundos é distribuído para os cotistas.
A possibilidade de receber rendimentos mensais é vantajosa para os investidores que já possuem um bom patrimônio e querem utilizar esses rendimentos para completar a renda.
Outra possibilidade ainda mais interessante é reinvestir este valor e aumentar a participação no fundo. Ou seja, como a divisão de rendimentos é proporcional à participação do cotista, ao reinvestir ele está garantindo uma parcela maior de rendimentos no futuro.
Por outro lado, os fundos imobiliários também possuem algumas desvantagens. A principal é a oscilação do valor das cotas do fundo. As variações de preços podem ser causadas por diversos motivos, como por exemplo, a redução dos preços dos imóveis. A liquidez também pode ser uma desvantagem, já que para sair do fundo, o investidor precisa conseguir vender suas cotas na bolsa de valores.
2- CRI
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), são títulos de crédito nominativos e transferíveis, lastreados em créditos imobiliários. Os CRIs são previstos pela Lei 9514/97, que determina que a sua emissão pode ocorrer por companhias securitizadoras. Logo, eles não podem ser emitidos por instituições financeiras formadas por sociedades de ações.
3- LCI
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI), são títulos emitidos por bancos, com o objetivo de destinar recursos para o setor imobiliário. Considerado um investimento de renda fixa, as LCIs apresentam um baixo risco ao investidor.
Em resumo, ao aplicar em LCIs, o investidor está emprestando dinheiro ao banco em troca de uma porcentagem de juros. Os bancos então emprestam este dinheiro para os seus clientes em troca de uma taxa de juros ainda mais alta, já que ele precisa pagar os juros do investidor e ter lucros.
Uma das principais vantagens deste investimento no mercado imobiliário é a isenção de imposto de renda para as pessoas físicas. Outro ponto positivo é a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Desse modo, caso o banco não possa devolver o dinheiro, o FGC faz a devolução de até R$ 250 mil por CPF e instituição.
A desvantagem desta aplicação é a liquidez. Isso porque muitas LCIs possuem um prazo mínimo de resgate. Ou seja, antes de optar por esta opção, é aconselhável analisar se você vai precisar do dinheiro rapidamente.
4- Equity Crowdfunding Imobiliário
Também conhecido como investimento coletivo, o equity crowdfunding, funciona por meio da compra coletiva de cotas de um empreendimento. Este modelo de investimento surgiu por meio do financiamento coletivo de diversos tipos de projetos na internet.
Esta opção de investimento em imóveis acontece quando um projeto imobiliário é levado para um grupo de investidores. Assim, os que se interessarem adquirem cotas. Com o dinheiro arrecadado, a construção do empreendimento se torna viável. Uma vantagem é que, por não possuir intermediários, os ganhos costumam ser vantajosos.
A demanda pelo mercado imobiliário
O mercado imobiliário é muito procurado por investidores que acreditam que este é um setor confiável. Além disso, ele também é procurado devido ao seu potencial de valorização, já que normalmente a demanda pelo setor imobiliário é alta.
Outro motivo que leva os investidores ao mercado imobiliário, é a possibilidade de diversificar a carteira de investimentos. Neste sentido, os fundos imobiliários são os queridinhos, já que além da facilidade, proporcionam uma boa diversificação, através de um único investimento.
Entretanto, para fazer uma correta diversificação, não basta aplicar em ativos diferentes. É preciso variar o setor e as empresas. Para aprender a diversificar, veja o vídeo de Raul Sena:
Enfim, agora que você conhece diversas opções de aplicações no setor imobiliário, aproveite para descobrir quais são os Investimentos sem imposto de renda – Quais são e características
Fontes: Vangardi e Organizze
Imagens: O minuto, FIA, Fricon, Revista construa e Ademilar