Política expansionista: aprenda o que é e como funciona

A Política Expansionista é um conjunto de medidas tomadas pelo governo para acelerar o crescimento da economia. Saiba mais nesta matéria.

21 de outubro de 2022 - por Jaíne Jehniffer


A política expansionista é um tipo de política econômica com foco no aceleramento do mercado econômico, por meio de medidas tomadas pelo governo. Em outras palavras, trata-se é um conjunto de medidas tomadas pelo governo, com o intuito de estimular o crescimento econômico.

De maneira geral, esse tipo de política é implementada, quando o governo conclui que o país não está conseguindo se desenvolver por conta própria, de forma saudável, na velocidade que deveria. Por essa razão, o governo decide intervir, visando o maior crescimento econômico do país.

Na prática, as políticas expansionistas são estratégias planejadas para vários subgrupos da política econômica como, por exemplo, as políticas fiscal, monetária e cambial.

Leia e saiba mais sobre esse tipo de política. 

Como funciona a política expansionista?

A política expansionista funciona como um conjunto de medidas que o governo toma com o intuito de estimular o crescimento econômico do país. De forma geral, essa política é usada quando o país não está crescendo da forma que deveria. Por exemplo, quando o país está em recessão, essa política pode ajudar o país a dar a volta por cima.

Um dos instrumentos usados pelo governo nesse tipo de política, é a redução da taxa básica de juros. Ao reduzir a taxa básica de juros, o acesso ao crédito fica mais barato e mais fácil. Consequentemente, a quantidade de dinheiro em circulação no mercado sobe e o consumo é estimulado.

É importante frisar que a política expansionista é mais segura para países que estão com as finanças públicas saudáveis, ou seja, países que arrecadam mais do que gastam (superávit).

Isso se dá porque países com superávit podem reduzir tributos e elevar os gastos sem que agrave o endividamento do governo. O mesmo não ocorre com países em situação de déficit fiscal.

Desse modo, para um país com déficit fiscal (gasta mais do que arrecada), esse tipo de política pode ser perigosa, já que, ao elevar os gastos e reduzir a receita, o déficit público pode se agravar.

Quais são os tipos?

Os tipos de política expansionista são:

1) Política fiscal expansionista

Essa política é utilizada quando o PIB (Produto Interno Bruto) está abaixo do esperado e a oferta de produtos e serviços está acima da demanda, ocasionando desemprego e redução de salários. Assim, o governo intervém com o intuito de elevar o rendimento econômico.

Para isso, ele emprega políticas fiscais, isto é, ações de diminuição de tributos e aumento de gastos públicos em investimentos, porque o intuito é estimular a economia.

2) Política monetária

Por outro lado, a política monetária controla o dinheiro que está em circulação no país. Com a política monetária expansionista, tem-se um aumento da moeda em circulação na economia. Além disso, há a redução da taxa básica de juros.

Com mais dinheiro em circulação, o consumo é estimulado. No entanto, é preciso ficar atento, já que com o aumento do dinheiro em circulação, a inflação tende a subir.

3) Política cambial

Por fim, a política cambial, que trata da relação financeira que existe entre o Brasil e outros países. Ela também diz respeito à forma com que o Banco Central lida com a compra de moedas estrangeiras e as negocia por aqui.

Na política cambial expansionista, o intuito é elevar a taxa de câmbio e desvalorizar a moeda nacional. Com isso, os produtos nacionais ficam mais baratos e os importados mais caros.

Portanto, ocorre uma maior exportação do que importação, causando um saldo positivo da balança comercial.

Quais são os riscos desse tipo de política?

Um dos grandes riscos desse tipo de política, é que ela pode causar déficit público, visto que, se o déficit sair do controle, o governo pode ter muitos problemas.

Isso ocorre quando o país começa a acumular muitas dívidas, e os credores passam a exigir uma taxa de juros maior em troca do empréstimo de recursos. Com isso, o custo da dívida sobe e o orçamento do governo fica ainda mais deficitário, pois ele precisa incorrer em mais gastos.

Você já deve ter notado que toda essa situação pode virar uma grande bolsa de neve. De fato, muitos países tiveram dificuldades com esse tipo de cenário. Assim, tiveram que adotar uma política fiscal contracionista para equalizar os gastos.

A Grécia e a Argentina são dois países que tiveram, em anos recentes, grandes problemas por causa de políticas fiscais muito frouxas. Por causa da política expansionista, esses países tiveram que recorrer a instituições internacionais, como o FMI, para conseguir honrar com os seus compromissos.

Diferenças entre política expansionista e contracionista

As principais diferenças entre política monetária expansionista e contracionista são:

Política Monetária Expansionista:

  • Visa aumentar a oferta de moeda e a liquidez na economia.
  • Geralmente adotada em períodos de recessão ou crise para estimular o crescimento econômico.
  • Principais medidas: redução da taxa de juros, compra de títulos públicos, redução do depósito compulsório.
  • Consequências: aumento do consumo, renda, produção industrial e PIB.
  • Risco de inflação descontrolada se prolongada por muito tempo.

Política Monetária Contracionista:

  • Visa reduzir a oferta de moeda e a liquidez na economia.
  • Adotada para conter inflação alta e reduzir déficits fiscais.
  • Principais medidas: aumento da taxa de juros, venda de títulos públicos, aumento do depósito compulsório.
  • Consequências: redução do consumo e investimentos, desaceleração da economia.
  • Risco de recessão e aumento do desemprego se prolongada.

Portanto, a política expansionista visa estimular a economia através do aumento da liquidez, enquanto a contracionista busca conter a inflação e o crescimento excessivo através da redução da oferta de moeda. Ambas têm riscos e efeitos colaterais se mal utilizadas ou mantidas por longos períodos.

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