17 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
O planejamento de investimento é um documento que serve como guia para que o investidor possa fazer aplicações mais acertadas e consiga realizar seus objetivos dentro do prazo.
Os planejamentos de investimentos devem ter alguns elementos básicos, como por exemplo, objetivo com o investimento, prazos, investimentos indicados para seu perfil e maneiras de reduzir os riscos das aplicações.
Sendo assim, o planejamento de investimento é um importante guia que te ajuda a reduzir os riscos da carteira e alcançar seus objetivos.
O que é planejamento de investimento?
O planejamento de investimento ou simplesmente plano de investimento, é um documento que serve para auxiliar os investidores em suas aplicações financeiras.
Isso porque, com este documento é possível visualizar aspectos importantes ao investir, como, por exemplo, objetivos, aplicações que se encaixam em seu perfil de investidor e orçamento disponível para aplicar.
A primeira vista, fazer um planejamento de investimento pode parecer um pouco desnecessário. Entretanto, como ele serve como um guia que irá direcionar o investidor em suas aplicações, ele é fundamental para que o investidor consiga atingir seus objetivos de maneira efetiva.
Importância
O planejamento de investimento é importante para que você consiga de fato realizar seus objetivos com os investimentos. Além disso, ele é uma ferramenta importante para reduzir os riscos dos seus investimentos, já que ele contribui para a eliminação dos riscos desnecessários nas aplicações.
Por exemplo, se você investir em algo que não é indicado para o seu perfil de investidor, você estará correndo riscos desnecessários. Em contrapartida, com o planejamento você pode conferir quais os ativos que se encaixam em seu perfil, e que foram previamente especificados no plano de investimentos, e aplicar somente nesses ativos.
Vantagens do plano de investimentos
Realizar um planejamento de investimento, possui diversas vantagens que podem ser dividas em três grandes benefícios: evita investimentos pouco rentáveis, evita perdas e ajuda a investir o valor certo. Portanto, para usufruir os benefícios, não deixe de fazer o plano de investimentos.
1- Evitar aplicações pouco rentáveis: Realizar um plano de investimentos envolve estudar profundamente sobre o funcionamento e a rentabilidade oferecida pelos diversos ativos disponíveis no mercado.
Desse modo, ao estudar a fundo um ativo antes de investir nele, você consegue identificar quais são os ativos que oferecem retornos compatíveis com o risco e evita as aplicações pouco rentáveis. Por exemplo, sem um planejamento você pode encontrar uma aplicação que aparentemente é vantajosa e posteriormente descobrir que ela proporciona um retorno abaixo da inflação.
2- Evitar perdas: Normalmente as aplicações possuem uma relação entre risco e retorno. Dessa maneira, quanto maior for o retorno oferecido, maior tende a ser o risco da aplicação. Conhecer a relação entre risco e retorno é essencial para que você não invista em um ativo somente porque ele oferece altos retornos.
É claro que rentabilidade é importante, porém, é preciso analisar se o risco da aplicação é compatível com a sua tolerância pessoal ao risco. Em outras palavras, o plano de investimento te ajuda a investir em ativos que tenham uma relação de risco e retorno compatível com seu perfil.
3- Investir o valor certo: Por fim, outra vantagem do planejamento de investimento é que ele te ajuda a investir a quantia certa de acordo com seus objetivos e situação financeira. Investir o valor correto é essencial para que você evite investir mais do que devia e depois precise fazer um resgate antecipado com prejuízo.
Como montar um plano de investimento?
Agora que você conhece a importância e as vantagens de realizar um plano de investimento, você deve estar ansioso para fazer o seu, certo? Não se preocupe, preparamos um passo a passo para você fazer o seu planejamento sem dificuldades, confira:
1- Perfil de investidor
O primeiro passo para fazer um plano de investimento é conhecer o seu perfil de investidor. Em síntese, existem três tipos de investidores:
- Conservador: O conservador não gosta de correr riscos. Dessa forma, ele prefere aplicar em ativos mais seguros, mesmo que o retorno não seja tão alto.
- Moderado: O moderado é aquele investidor que aceita correr um pouco de riscos em troca de um retorno mais alto.
- Arrojado: Por fim, o investidor arrojado é aquele que aceita correr grandes riscos, com a intenção de conseguir altos retornos.
2- Estude sobre investimentos
Depois de conhecer seu perfil de investidor, está na hora de estudar sobre investimentos. Comece estudando sobre o mercado de maneira geral e depois passe a estudar sobre o funcionamento específico dos ativos recomendados para o seu perfil.
Uma boa maneira de estudar sobre o mundo dos investimentos, são os livros. Isso porque, existem livros destinado a investidores iniciantes, medianos e avançados que podem te ajudar muito. Além disso, vale a pena fazer algum curso que vai te ensinar a investir na prática, como por exemplo, A Única Verdade Possível.
Ao estudar sobre o mercado, não deixe de verificar os riscos que atingem os investimentos. Sendo que, eles podem ser divididos em:
- Risco de crédito: É o risco da instituição financeira não devolver o dinheiro para o investidor. Uma maneira de diluir esse risco, é realizar aplicações cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
- Risco de mercado: Esse é o risco dos ativos passarem por desvalorização, como resultado da lei da oferta e demanda.
- Risco de liquidez: É o risco de não conseguir fazer um resgate antecipado ou quando o resgate antes do vencimento resulta em prejuízos. Para reduzir o risco de liquidez, invista em ativos que estejam tenham prazos semelhantes aos seus objetivos.
3- Situação financeira atual
Faça uma análise da sua situação financeira atual e determine de maneira realista qual a quantia você possui para investir. É muito importante que você seja realista nessa etapa do plano de investimentos, pois assim você evita investir um valor que será necessário em breve.
Para analisar sua situação atual, você pode fazer um controle financeiro. Em resumo, um controle financeiro serve para que você verifique quais são seus gastos, descubra para onde está indo seu dinheiro e se necessário, realize cortes de despesas.
Se você estiver com dívidas, o ideal é quitá-las antes de começar a investir. Além disso, é essencial que você crie uma reserva de emergência. Em resumo, uma reserva de emergência é um dinheiro que deve ser usado apenas quando surgirem imprevistos.
Com a reserva montada antes de investir, você reduz as chances de precisar resgatar seus investimentos quando algum imprevisto aparecer. Enfim, o valor da reserva deve ser equivalente, a pelo menos, seis meses das suas despesas mensais.
4- Objetivos
Os objetivos pelos quais você deseja investir pode ser os mais diversos, como por exemplo, aposentadoria, independência financeira ou comprar uma casa. Após estabelecer qual o seu objetivo, está na hora de determinar o prazo e as metas para alcançá-lo.
O prazo é essencial para que você saiba exatamente quando seu objetivo será alcançado e realize investimentos com prazos de vencimento equivalentes. Já as metas servem como passos.
Logo, a cada meta cumprida, você dá um passo em direção à realização do seu grande objetivo. Um detalhe muito importante, é que suas metas precisam ser alcançáveis, mensuráveis e possuírem prazos.
5- Horizonte de investimentos
O horizonte de investimentos é o prazo de duração de uma aplicação. Como você definiu anteriormente qual será o prazo para a realização dos seus objetivos, neste momento você deve analisar quais são os ativos que se enquadram nesse prazo.
Por exemplo, se seu objetivo é se aposentar em 30 anos, então você pode escolher opções de longo prazo, como por exemplo, títulos de Tesouro IPCA+.
6- Coloque em prática seu plano de investimentos
Como todos os dados anteriores reunidos em um único documento, você está preparado para começar a investir. Portanto, mensalmente quando você for realizar sua aplicação, verifique em seus planos quais são os ativos selecionados e invista em um deles.
7- Reavalie seu planejamento de investimentos
Com os dados colhidos nos passos anteriores, você já deve ter montado um bom plano de investimentos, capaz de atender à seus objetivos. No entanto, não deixe de reavaliar periodicamente seu planejamento e realizar ajustes quando necessário.
8- Diversifique
Independente do seu perfil de investidor, não deixe de diversificar entre os ativos recomendados para o seu perfil de investidor. A diversificação é fundamental para que você dilua os riscos e potencialize os ganhos. Sendo assim, em renda fixa, não deixe de diversificar entre os diversos títulos oferecidos no mercado.
Já na renda variável, diversifique somente entre os ativos recomendados para o seu perfil. Sendo que, na parte de ações, aplique em diferentes empresas que pertençam a setores diversos. Para aprender como fazer isso, veja o vídeo de Raul Sena:
Enfim, agora que você sabe como fazer um planejamento de investimento, aprenda sobre Horizonte de investimentos, o que é? Tipos de prazos, riscos e liquidez
Fontes: Inco, Eu quero investir, Sofisa direto e Focalise
Imagens: Onze, Exame, Startup sc, Alpha investidor, The cap, Fácil 123, Diário oficial, Ynos e Guia bolso