13 de agosto de 2021 - por Jaíne Jehniffer
O staking de criptomoedas consiste em manter moedas digitais na carteira com o intuito de receber recompensas pela validação de operações.
Ou seja, você pode manter criptomoedas na sua carteira e lucrar com isso.
Isso porque, no staking você valida transações, ajudando a manter a segurança da rede. Sendo assim, você é recompensado por isso.
No entanto, não é possível fazer staking com todos os tipos de criptos, apenas as que usam o Proof of Stake, isto é, a prova de participação para validar transações. Exemplos disso são: Stellar, Cardano e Neo.
Sendo que quanto maior a quantidade de criptos você tiver, maiores são as chances de você conseguir validar transações e receber a recompensa.
Como nem todo mundo tem dinheiro para comprar uma grande quantia de criptos, uma opção são as staking pools.
Em resumo, na staking pool, você une as suas criptos com outras pessoas, assim vocês aumentam as chances de conseguir validar transações. As recompensas são divididas entre os participantes de forma proporcional.
O que é staking de criptomoedas?
O staking é uma forma de conseguir renda passiva por meio de criptomoedas em uma carteira virtual.
Isso porque, se você mantiver moedas digitais durante determinado período, você poderá receber ao validar blocos.
Em resumo, você empresta suas moedas digitais para ajudar a validar as transações em uma rede blockchain.
Essa validação pode ser de dois tipos: Proof of Work (Pow) ou Proof of Stake (PoS). Por exemplo, a rede blockchain do Bitcoin tem como base o PoW.
Desse modo, os mineradores cedem a sua força computacional para solucionar problemas matemáticos e validar as operações. Esse processo é chamado de mineração.
Por outro lado, existem blockchains que usam o Proof of Stake. É nesse tipo de blockchain que é possível ganhar com staking.
Isso porque, o investidor trava suas criptos (stake) para validar as transações e manter a segurança da rede.
Como funciona?
O staking funciona como uma forma de consenso de prova de participação. Sendo assim, ele é usado em certas blockchains para validar as transações.
Os validadores ou stakers, são recompensados, pois eles ajudam a tornar a rede mais segura. Sendo que quanto maior for o staking, maiores são as chances de validar um novo bloco e receber as recompensas.
A lógica é que, quanto maior a quantidade de criptos alocadas, maior o risco da operação. Logo, maiores são as chances do validador ser honesto.
Além disso, os validadores podem ser penalizados, caso cometam pequenas violações. Eles podem até mesmo serem suspensos do processo de consenso e ter seus recursos removidos da rede.
Um detalhe importante é que você pode fazer stake com recursos que não sejam exclusivamente seus. Isso é possível por meio de um staking pool.
Em resumo, no staking pool um grupo de pessoas com tokens se unem para fazer o staking.
Como a quantidade de moedas juntas é maior, as chances de conseguir validar transações e receber as recompensas são maiores.
O staking pool pode ser uma boa opção caso você deseje fazer staking mas não tenha dinheiro para comprar muitas criptomoedas.
Você pode ainda se tornar o validador da sua própria staking pool, mas para isso você deve ter muita experiência no mercado de criptos.
Por fim, vale destacar que cada blockchain conta com suas próprias regras para validadores. Por exemplo, a rede Terra (LUNA) limitou em 130 o número máximo de validadores.
Enfim, para entender como o staking funciona na prática, é preciso conhecer as formas de validar as transações nas redes de blockchain. Os métodos mais famosos são:
1- Proof of Work (PoW)
O Proof of Work (PoW) é usado por várias moedas como Bitcoin, Monero e Litecoin. No PoW, as transações envolvendo essas criptomoedas são validadas em blocos pelos computadores da rede.
Essa validação ocorre por meio da resolução de um problema matemático por um computador. Esse processo exige muita energia elétrica e poder computacional.
Desse modo, como um incentivo para as pessoas fazerem essas validações (também conhecidas como mineração), a rede recompensa com uma quantidade de criptos.
2- Proof of Stake (PoS)
No PoS não ocorre a mineração. Ao invés disso, os computadores que validam as transações são recompensados com uma certa quantidade de criptomoedas.
Sendo que a quantidade tem como base a quantidade de criptos que a pessoa já tinha antes.
Sendo assim, quanto mais moedas certo computador tiver, mais transações ele será responsável pela validação e mais ele vai ganhar.
Portanto, para ser um validador de uma rede blockchain, você precisa ter uma certa quantidade de criptos para fazer staking.
No entanto, se você quer fazer staking mas não tem muitas criptos, você pode fazer parte de um pool de staking e ter lucros, mesmo com poucas criptos.
Criptomoedas possíveis de fazer staking
Não são todas as criptomoedas que aceitam o staking. Isso porque, nem todas as redes precisam desse tipo de validação.
Apenas as redes Proof of Stake possibilitam o staking. Por outro lado, as redes Proof of Work usam outra forma de validação. Enfim, alguns criptoativos que podem ser usados para staking são:
1- NEO
A NEO é uma altcoin parecida com a Ethereum. Dessa forma, em sua plataforma é possível desenvolver contratos inteligentes, aplicativos descentralizados e tokens.
2- Cardano
A Cardano é uma plataforma descentralizada que possibilita transferência de valor programáveis complexas de maneira segura e escalável.
A sua plataforma possui uma performance melhor do que algumas outras moedas digitais e sua blockchain possui camadas flexíveis e escalonáveis.
3- EOS
O EOS é uma plataforma com transações escaláveis e rápidas. Sendo assim, ele possui uma plataforma blockchain descentralizada e de alto desempenho.
4- Stellar
Por fim, o objetivo da Stellar é facilitar o envio e recebimento de dinheiro em múltiplas moedas com escalabilidade e taxas baixas.
Quais são os riscos?
Um dos riscos do staking é a volatilidade do mercado de criptos. Isso porque, como o preço das criptos passa por oscilações constantes, pode ocorrer da sua cripto se desvalorizar durante o staking.
Com isso, você pode ter uma quantidade maior de criptos com o staking, mas eles vão estar valendo menos.
Em outras palavras, pode acontecer da sua cripto passar por uma desvalorização enquanto você faz staking.
Neste caso, você vai ter uma quantidade maior de criptos com o staking, mas eles vão estar valendo menos. Isso ocorre pois, durante o staking, as criptos ficam travadas.
Ou seja, você não consegue negociar essas criptos e fugir de uma possível desvalorização dos ativos.
Inclusive, o fato das criptos ficarem travadas é outro risco que você deve levar em conta. Isso porque, se você precisar das criptos, talvez você não consiga fazer o resgate.
Em relação às staking pool, existe o risco do validador não fazer o trabalho direito, ser punido e você perder as recompensas.
Por fim, temos os riscos de ataque hacker. Se houver um ataque hacker e suas criptos forem roubadas, você fica no prejuízo.
Como são os retornos?
Os retornos obtidos por meio de staking variam bastante. Sendo que o retorno é sempre em criptomoedas. Antes de fazer o staking, o investidor fica sabendo qual será o seu retorno.
Existe ainda a questão de que as exchanges podem cobrar taxas, que irão afetar os seus retornos. As staking pools deduzem as taxas cobradas das recompensas, o que também afeta os rendimentos.
Uma forma de buscar aumentar a sua recompensa, é optando por staking pool com taxas de administração mais baixas e com um bom histórico de retorno.
Além disso, vale lembrar que a criptomoeda fica em staking por meses ou anos.
Mas em alguns casos, o investidor pode fazer o resgate da cripto quando desejar. Neste caso, ele recebe o saldo proporcional de criptos de forma instantânea.
Como começar a fazer staking de criptomoedas?
É possível fazer staking de duas formas. A primeira é usando uma wallet ou dispositivo físico específico, que você precisa comprar. A outra forma é por meio de uma staking pool.
Dentre as criptos que possibilitam staking, a Ethereum é uma das mais famosas. Algumas carteiras multi-ativos já permitem fazer staking:
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Trust Wallet
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Exodus Wallet
Se você já tem as criptos, basta transferir as moedas da sua conta ou aplicativo para uma conta que possibilite o staking.
A maior parte das grandes exchanges de criptomoedas oferecem a opção de staking. Exemplos disso são:
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Coinbase
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Kraken
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Binance
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EverStake
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BlockDaemon
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Figment
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MyContainer
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Fontes: Finance one, Velotax, Criptofácil, Infomoney, Investnews, Binance e, por fim, Money times.
Bibliografia
- Ortega, Fabiana. Staking: como obter renda passiva com criptomoedas e quais os riscos. Investnews. Acesso em 26 de julho de 2022.