Criptomoeda: o que é, como funciona, vantagens e riscos

As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas, ou seja, elas funcionam pela internet e não são reguladas. Saiba como investir.

28 de agosto de 2020 - por Jaíne Jehniffer


As criptomoedas são moedas digitais. Isso significa que o uso, compra e venda é feito somente pela internet, sem dinheiro impresso. Dessa forma, a moeda não é regulamentada pelo Banco Central e não é necessário o intermédio de bancos para a sua aplicação.

É possível inclusive investir em criptomoedas, que são um tipo de investimentos de alto risco, pois passam por oscilações constantes de preço. Isso significa que elas não são uma boa opção para todos os perfis de investidores.

Antes de investir em criptomoedas, portanto, defina seus objetivos e metas com a aplicação. O ideal é analisar bem a cripto antes de investir, evitando as chamadas shitcoins.

O que é criptomoeda?

As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas. Isso quer dizer que elas não precisam da intermediação de instituições financeiras. Elas também não são controladas pelo governo, como ocorre com as moedas fiduciárias, isto é, o dinheiro de um país.

Existem diversos tipos de moedas digitais, mas o Bitcoin, sem dúvidas, é a mais conhecida. Afinal de contas, o Bitcoin foi a primeira cripto a ser lançada, em 2009. Desse modo, além de ser mais conhecido, ele também conta com maior confiança do mercado.

De forma geral, uma das dúvidas mais pertinentes é em relação à segurança. As criptomoedas em si são seguras, pois têm criptografia. Mas algumas coisas relacionadas às criptos podem não ser tão seguras. Por exemplo, existe o risco de ataque hacker e da perda de todas as suas moedas por causa disso.

Como funcionam as criptomoedas?

As criptomoedas são dinheiro virtual, e portanto funcionam como um meio de pagamento. Ou seja, elas têm uma função similar às moedas tradicionais, sendo úteis em transações de compra e venda de produtos e serviços.

Além disso, as criptos são muito comuns no pagamento de serviços e operações dentro das exchanges. Mas as criptos tem algumas diferenças em relação às moedas tradicionais.

Por exemplo, a emissão e controle do real é de responsabilidade do governo. Por outro lado, as criptomoedas são descentralizadas e sua “emissão” se dá por meio da mineração. Não é uma emissão de fato, já que cada moeda tem uma quantidade máxima a ser minerada.

O preço das criptos varia de acordo com a lei da oferta e demanda. Portanto, quando o número de investidores interessados em criptos sobe, a tendência é um aumento nos preços. Da mesma forma, quando o interesse diminui, os preços tendem a cair.

O interesse por criptos pode subir ou cair por vários motivos. Por exemplo, quando Elon Musk fala alguma coisa sobre as criptomoedas, os preços tendem a subir ou descer, dependendo do que ele falar. Mas essas mudanças de preços são no curto prazo.

De fato, as oscilações de preços constantes é uma das principais características das criptos. Isso ocorre porque o preço varia apenas de acordo com a lei da oferta e demanda. Ou seja, não existe um órgão tomando atitudes para reduzir essa volatilidade.

Como armazenar as criptomoedas?

Como não existe o controle das criptos por parte de nenhuma autoridade central, é preciso que o registro e validação das transações seja realizada por um conjunto de pessoas, que as armazenam na blockchain.

A blockchain, por sua vez, é um gigantesco registro de transações, onde estão os históricos das operações que foram realizadas anteriormente em cada unidade de moedas digitais. Nesse sentido, a blockchain é o controle e regulamentação que existe sobre as criptomoedas. 

Para garantir que não ocorra o uso de uma moeda mais de uma vez, e por mais de uma pessoa, cada nova transação que envolva a moeda é verificada no blockchain. Todos esses registros são feitos pelos chamados mineradores.

Esses mineradores recebem, como pagamento por usarem seus computadores para os processamentos, novas unidades de moedas digitais. As moedas digitais são criadas pelos computadores que conseguem solucionar problemas matemáticos complexos, além de averiguar a validade das transações adicionadas no blockchain.

Conforme o número de mineradores aumenta, os problemas matemáticos ficam mais complexos. Isso serve como forma de limitar a quantidade de mineração.

Como as criptomoedas são criadas?

As criptomoedas são criadas por meio de processos tecnológicos que envolvem programação, computadores e pessoas voluntárias dispostas a ajudar.

Dependendo da forma empregada, qualquer pessoa com conhecimentos básicos pode dar vida a um ativo digital.

A atividade é descentralizada, dispensando a necessidade de governos ou bancos centrais, essenciais para a emissão de moedas fiduciárias.

Além disso, criptomoedas inteiramente novas são geralmente criadas por meio de uma Oferta Inicial de Moedas (ICO), onde os criadores apresentam o projeto para o mercado em busca de recursos.

Para que servem as criptomoedas?

As criptomoedas servem como moedas digitais que utilizam a criptografia e a tecnologia blockchain para garantir sua integridade e segurança. Elas são descentralizadas, o que significa que não são emitidas por um banco central ou controladas por um governo, e seu valor é determinado pela oferta e demanda.

O principal uso das criptomoedas é para enviar valores em um sistema digital e completamente seguro, de forma independente, para qualquer parte do mundo. Elas oferecem uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, o que pode proteger os usuários de regimes opressivos.

As criptomoedas são transferidas diretamente entre os usuários, sem intermediários ou supervisão, permitindo a transferência de fundos de A para B em qualquer parte do mundo sem a necessidade de confiar em uma terceira parte.

O Bitcoin é a criptomoeda mais conhecida, criada em 2009 por Satoshi Nakamoto, cuja identidade real ainda é desconhecida. É a primeira criptomoeda descentralizada, e seu design permite transações anônimas e seguras.

As criptomoedas são seguras?

As criptomoedas são consideradas seguras devido a várias razões. A criptografia e a transparência das transações são fatores que contribuem para a segurança das criptomoedas. Além disso, a tecnologia blockchain, que é a base das criptomoedas, garante a integridade e a confiabilidade dos dados.

Embora o mercado de criptomoedas seja volátil e baseado na lei de oferta e demanda, a segurança das transações é mantida pela tecnologia subjacente. Ainda assim, a identidade dos detentores de criptomoedas é preservada, e as transações não são anônimas, o que contribui para a segurança e rastreabilidade.

Como comprar as criptomoedas?

Para comprar criptomoedas, você pode seguir esses passos:

Escolha uma bolsa de criptomoedas

Existem várias bolsa disponíveis, como Crypto.com, Coinbase e Foxbit. Essas plataformas permitem comprar, vender e armazenar criptomoedas. Pesquise e compare as características, taxas e medidas de segurança de diferentes bolsas para encontrar a que melhor atende às suas necessidades.

Crie uma conta

Após selecionar uma bolsa, você precisará criar uma conta. Isso geralmente envolve fornecer algumas informações pessoais, como nome, endereço de e-mail e uma senha segura. Algumas bolsas podem exigir etapas adicionais de verificação, como carregar um documento de identidade emitido pelo governo ou fornecer um comprovante de endereço.

Proteja sua conta

Para proteger sua conta e as criptomoedas que você vai comprar, é essencial habilitar recursos de segurança, como autenticação de dois fatores (2FA). Isso adiciona uma camada a mais de proteção exigindo um código único gerado no seu smartphone para cada tentativa de login.

Deposite fundos

Para comprar criptomoedas, você precisará depositar fundos em sua conta. Isso pode ser feito usando vários métodos de pagamento, como transferências bancárias, cartões de crédito/débito ou mesmo outras criptomoedas. É importante ter em mente que algumas bolsas podem cobrar taxas por depósitos ou retiradas, então é essencial verificar as taxas associadas a cada método de pagamento.

Compre criptomoedas

Uma vez que você depositou fundos, pode comprar as criptomoedas que deseja. Isso geralmente pode ser feito por meio de uma interface fácil de usar, onde você pode selecionar a criptomoeda, inserir a quantidade que deseja comprar e confirmar a transação. Algumas bolsas também oferecem recursos de negociação avançados, como ordens limite e ordens de parada, para traders mais experientes.

Armazene suas criptomoedas

Depois de comprar criptomoedas, você precisará armazená-las com segurança. Isso geralmente é feito usando carteiras de criptomoedas, que podem ser carteiras físicas (offline, dispositivos físicos) ou carteiras de software (online, aplicativos digitais).

Algumas bolsas oferecem serviços de carteira integrados, facilitando o armazenamento de suas criptomoedas diretamente na plataforma. No entanto, é importante notar que nem todas as bolsas fornecem serviços de carteira, e é geralmente recomendável usar uma carteira separada para maior segurança.

Seguindo esses passos, você pode comprar criptomoedas e começar a participar do crescente mercado de moedas digitais. No entanto, é importante lembrar que investir em criptomoedas envolve riscos, e é crucial ficar informado sobre tendências de mercado, desenvolvimentos regulatórios e práticas de segurança para garantir uma experiência de investimento segura e bem-sucedida.

Exemplos de criptomoedas

Aqui estão alguns exemplos de criptomoedas e uma breve explicação sobre cada uma:

1) Bitcoin (BTC)

O Bitcoin é a primeira e mais conhecida criptomoeda. Foi criado em 2009 por uma pessoa (ou grupo) chamada Satoshi Nakamoto. O Bitcoin é descentralizado, baseado em blockchain e é chamado por  muitos de “ouro digital”. Ele é usado como meio de troca e também como reserva de valor.

2) Ethereum (ETH)

O Ethereum é uma plataforma blockchain que permite a criação de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (DApps). Sua moeda nativa é o Ether (ETH).

Além de ser uma criptomoeda, o Ethereum é uma base para inovações na área de finanças descentralizadas (DeFi) e tokens não fungíveis (NFTs).

3) Tether (USDT)

O Tether é uma criptomoeda conhecida como “stablecoin”. Seu valor é ancorado ao valor de uma moeda fiduciária, como o dólar americano. Isso significa que 1 USDT deve sempre valer aproximadamente 1 dólar.

4) XRP (Ripple)

O XRP é a moeda nativa da rede Ripple. Ele é usado para facilitar transferências internacionais e pagamentos rápidos. A Ripple visa melhorar a eficiência das transações bancárias tradicionais.

5) Cardano (ADA)

O Cardano é uma plataforma blockchain que se concentra em segurança, escalabilidade e sustentabilidade. Sua moeda, o ADA, é usada para staking e governança na rede.

6) Dogecoin (DOGE)

O Dogecoin começou como uma piada, mas ganhou popularidade. Ele é baseado no meme do cachorro Shiba Inu e é usado principalmente como meio de troca e gorjetas online.

7) Matic Token (Polygon)

O Matic Token faz parte da rede Polygon, que visa melhorar a escalabilidade e a interoperabilidade do Ethereum. Ele é usado para pagar taxas de transação na rede.

8) Solana (SOL)

A Solana é uma blockchain de alto desempenho que visa processar milhares de transações por segundo. O SOL é sua moeda nativa.

9) Litecoin (LTC)

O Litecoin é semelhante ao Bitcoin, mas com tempos de confirmação de transação mais rápidos. Ele é usado para transações cotidianas. Foi criado em 2011.

10) Bitcoin Cash (BCH)

O Bitcoin Cash é uma bifurcação do Bitcoin original. Ele visa melhorar a escalabilidade e a velocidade das transações. É usado como meio de troca e reserva de valor.

  • Leia mais: Agora que você sabe como investir em criptomoeda e conhece os riscos, veja com Raul Sena, o Investidor Sardinha, os motivos para investir em moedas digitais. Assista o vídeo:

Fontes: Infomoney, Nubank, Kapersky 

Non Performing Loan (NPL): o que é e como funciona?

Arrendamento: o que é, para que serve e quais os tipos?

Lock-up: o que é e como funciona esse tipo de cláusula?

Usufruto: o que é, como funciona e quais são os tipos?