Riscos dos investimentos, o que são? Quais são eles e como diminuí-los

Até mesmo os investimentos de renda fixa, que são considerados mais seguros, possuem algum tipo de risco. Sendo que o risco é a incerteza de receber o dinheiro aplicado de volta. Esse risco pode assumir diversas formas e impactar de diferentes maneiras os ativos.

No entanto, existe uma relação entre risco e retorno, que serve para recompensar o investidor pelo risco corrido. Desse modo, os investimentos mais arriscados possuem maiores chances de resultarem em altas rentabilidades e as aplicações menos arriscadas resultam em rendimentos menores.

O risco está relacionado também ao perfil de investidor, já que algumas pessoas aceitam correr mais riscos do que outras. Ao escolher ativos de acordo com o perfil, o investidor não apenas diminui os riscos, como também potencializa as chances de conseguir melhores retornos.

O que são riscos dos investimentos?

Os riscos dos investimentos são a possibilidade do investidor não obter de volta o dinheiro aplicado ou não receber a rentabilidade pretendida. Os maiores riscos são dos ativos de renda variável, já que eles passam por maiores oscilações. Entretanto, a renda fixa também possui riscos.

Investir de acordo com o perfil de investidor é uma boa maneira de diminuir alguns tipos de riscos. Isso porque, ao respeitar seu perfil, você corre menos riscos de sair de uma posição antes da hora certa.

Por exemplo, um investidor conservador que investe em ações, pode ficar com medo de ter prejuízos e vender os ativos justamente quando eles se desvalorizarem, resultando em prejuízos.

Rico

Existem dois tipos de riscos:

1- Sistemático: O risco sistemático, também conhecido como risco não diversificável, é o tipo de risco que afeta a economia como um todo. É claro que determinados setores ou empresas podem sofrer mais do que outros com este risco, porém, ele não é restrito a determinado tipo de ativo.

2- Não sistemático: O risco não sistemático é aquele que pode ser diluído por meio da diversificação das aplicações, já que ele aceita determinado segmento de mercado.

Quais são os riscos dos investimentos e como diminuí-los?

Não é possível montar uma carteira de investimentos totalmente sem risco. No entanto, conhecendo quais são os riscos, é possível tomar algumas atitudes para diminuí-los.

1- Risco de mercado

O risco de mercado afeta quase todos os investimentos, já que está relacionado à economia. Em outras palavras, o risco de mercado está ligado às variações dos preços, das taxas de juros e do câmbio. Dessa forma, todos os investimentos estão envolvidos nesse risco, já que todos eles possuem preços e taxas que variam constantemente.

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Esse risco é medido através da diferença entre a performance de uma aplicação e uma taxa de juros da economia. Essa taxa de juros deve ser usada como referência do preço do dinheiro no mercado, como, por exemplo, a taxa Selic ou o CDI. É possível usar também um índice que reflita os preços de um tipo de ativo, como o Ibovespa.

Para diluir o risco de mercado, o investidor pode diversificar suas aplicações em diferentes classes de ativos. Dessa maneira, além de diminuir as chances de prejuízo, o investidor também potencializa as possibilidades de retornos, Isso porque aplicações diferentes se comportam de maneiras diversas a cada variação do mercado.

2- Risco de liquidez

A liquidez é a facilidade com que o investidor consegue fazer o resgate de sua aplicação. Sendo assim, o risco de liquidez é o risco que o investidor corre de não conseguir resgatar seu dinheiro quando precisar dele. Esse risco é percebido também quando o resgate antecipado acarreta em prejuízos.

Portanto, o risco de liquidez é a impossibilidade de fazer o resgate antecipado do investimento ou quando o resgate antecipado resulta em perdas financeiras. Um exemplo de investimento que possui este risco são as LCAs, que devem ser resgatadas somente no vencimento do título.

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Como na prática o dinheiro do investidor fica retido até que o prazo vença, os títulos com baixa liquidez geralmente oferecem uma rentabilidade mais atrativa. Ou seja, existe uma relação entre a impossibilidade de movimentar o dinheiro e o retorno oferecido.

Uma maneira de tirar proveito do risco de liquidez é destinar parte da sua carteira para o longo prazo. Os títulos com baixa liquidez de longo prazo oferecem taxas de retorno bem interessantes. Logo, você pode obter bons retornos com uma aplicação que foi previamente planejada para ser resgatada somente no vencimento.

3- Risco de crédito nos investimentos

O risco de crédito é a possibilidade do investidor receber um calote da instituição emissora dos títulos. Um exemplo de investimento que possui esse risco são as debêntures. Nesse tipo de aplicação, o investidor empresta dinheiro para a empresa e, caso ela não devolva, ele fica no prejuízo, já que elas não possuem nenhum tipo de garantia.

Existem duas formas de diluir os riscos de crédito. A primeira opção é analisar o risco de adimplência do emissor e optar por empresas sólidas. Por exemplo, para analisar uma debênture, você pode verificar a situação financeira da empresa e seu histórico.

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Outra maneira de diluir o risco de crédito é dando preferência para os títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Desse modo, se você levar um calote da intuição, o FGC devolve até R$ 250 mil por CPF e instituição. Alguns exemplos de títulos protegidos são: CDBs, LCIs e LCAs.

4- Risco operacional

O risco operacional está associado à possibilidade de haver uma fraude ou falha no processo de operação, prejudicando as aplicações do investidor. Esse risco é mais difícil de ocorrer do que os anteriores. Mas, para se proteger, o investidor pode pesquisar sobre os agentes envolvidos nas operações e os emissores.

5- Risco legal

Para finalizar os tipos de riscos nos investimentos, temos o risco que está relacionado à legalização de contratos e cláusulas. Esse risco é mais recorrente no interior do que nas grandes cidades e ele pode ser observado quando um suposto agente oferece a gestão de investimentos prometendo retornos bem acima dos ativos similares do mercado.

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Para evitar esse risco, não acredite em promessas fantasiosas de lucros exorbitantes e sempre verifique se a pessoa ou empresa está autorizada a exercer suas atividades pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

E aí, gostou de aprender quais são os riscos dos investimentos? Então aprenda agora mesmo como fazer um Gerenciamento de risco, o que é? Quais os riscos e como fazer a gestão

Fontes: Seu guia de investimentos, The cap, Como investir e Infomoney

Imagens: Rico, Suno, Bhbit,  O caminho do investidor, Capital research e Trovo academy