19 de novembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer
O ROA serve para indicar qual o retorno que a empresa possui sobre seus ativos. Esse tipo de indicador é usado principalmente em análises fundamentalistas, pois serve como um demonstrativo da geração de valor de uma empresa.
O cálculo do ROA é útil tanto para gestores, que visam analisar e melhorar o desempenho de seus negócios, quanto para investidores, como uma forma de determinar a saúde da companhia.
Apesar de sua importância, é preciso que o investidor analise o ROA juntamente com outros tipos de indicadores da empresa, afinal, um negócio lucrativo hoje pode ter prejuízos no futuro. Entenda melhor!
O que é ROA?
ROA é a sigla para Return on Assets, ou em português, Retorno sobre Ativos. Ele é um importante indicador do potencial da empresa em gerar lucros a partir dos seus ativos.
Ou seja, o ROA reflete a eficiência da gestão da empresa. Exatamente por isso, esse indicador é tão importante na análise fundamentalista.
Por indicar a capacidade de retorno da empresa, o ROA é tido também como um índice de rentabilidade. Sendo que, a rentabilidade é o retorno que a empresa obteve com um determinado investimento à longo prazo.
Para que serve o ROA?
O ROA é um indicador financeiro que serve para medir o quanto uma empresa consegue gerar de lucro a partir dos seus ativos. Ele mostra, de forma simples, a eficiência da empresa em usar seus recursos para produzir resultados.
Para calcular o ROA, divide-se o lucro líquido da empresa pelo total de seus ativos, e o resultado é expresso em porcentagem. Assim, quanto maior o ROA, melhor, pois indica que a empresa está utilizando bem seus recursos para gerar ganhos.
Esse indicador é muito útil para comparar empresas do mesmo setor ou avaliar a evolução da própria empresa ao longo do tempo. Além disso, o ROA ajuda investidores e gestores a identificar se a empresa está no caminho certo ou se precisa melhorar sua gestão de recursos.
Em resumo, o ROA facilita a análise da saúde financeira e da eficiência operacional de uma empresa.
Qual é a importância do ROA?
O ROA é importante, principalmente, para conhecer a rentabilidade de uma empresa. No entanto, ele também pode ser usado para entender a eficiência dos ativos permanentes, saber como está a gestão do capital de giro e aplicar medidas de controle de despesas.
Além disso, com o return on assets, é possível perceber como está a margem de lucro da empresa, analisando se ela possui aumento ou diminuição.
Outra coisa importante indicada pelo ROA, é a alavancagem da empresa. A alavancagem financeira ocorre quando uma empresa recorre à fontes de recursos externos para que possa financiar seus ativos, o que pode resultar no endividamento da companhia.
Como calcular o ROA?
Podemos calcular o retorno sobre ativos através da fórmula:
ROA = Lucro líquido / Ativo Total
Em um balanço patrimonial, os ativos totais são as contas em que estão registrados os créditos, direitos e bens do patrimônio da empresa.
Entretanto, os ativos da empresa são financiados pelo patrimônio ou por dívidas. Logo, é possível realizar o cálculo desconsiderando os custos de adquirir os ativos, adicionando de volta os custos com juros na fórmula. Dessa maneira, para esse cálculo, a fórmula seria:
ROA = (Lucro líquido + Despesas de Juros) / Ativo Total Médio
O resultado dos cálculos de ROA devem ser apresentados em porcentagem e servem para demonstrar a eficiência da empresa em converter os ativos em dinheiro. Logo, quanto maior for o valor do ROA, mais eficaz é a empresa em gerar rentabilidade.
Por outro lado, um retorno sobre o ativo baixo pode ser o resultado de vários fatores, como, por exemplo, a empresa pode ter realizado investimentos em ativos com pouco retorno financeiro ou pode ter tido baixa produtividade.
O cálculo pode ainda apresentar um ROA negativo. Isso significa que, por algum motivo, a empresa não obteve lucros e teve que recorrer ao patrimônio líquido e aos ativos para cobrir suas despesas.
Em resumo, empresas com ROA baixo ou negativo, precisam passar por uma reavaliação, sendo necessário que a empresa busque formas de melhorar seus indicadores e se reestruturar.
Como analisar o ROA?
Existem diversas vantagens que levam os investidores à estarem sempre de olho nos retornos das empresas. Uma das principais, é a possibilidade de analisar a alocação de capital da empresa.
O ROA também é útil para medir o desempenho dos ativos e fazer uma comparação entre o desempenho das outras empresas. Para os gestores de um negócio, o ROA serve também como uma forma de visualizar os melhoramentos de que a empresa precisa e controlar as despesas do negócio.
Porém, o investidor precisa ter cuidado ao usar o ROA na análise de investimentos. Primeiramente, esse indicador não deve ser usado de maneira isolada, é importante considerar diversos outros aspectos das empresas, como, por exemplo, Capex e Opex.
Também é importante considerar que uma empresa que gera lucros atualmente, pode não gerar lucros no futuro. Justamente por isso, o ROA não deve ser usado de maneira isolada na análise de investimentos.
O que é ROA negativo?
O ROA negativo ocorre quando a empresa apresenta prejuízo, ou seja, o lucro líquido é menor que zero. Isso significa que os ativos da empresa não estão gerando retorno suficiente para cobrir os custos, resultando em perdas.
Essa situação pode indicar problemas na gestão, como investimentos mal-planejados, custos elevados ou queda nas receitas. Em alguns casos, pode ser um reflexo de fatores externos, como crises econômicas ou mudanças no mercado.
Embora o ROA negativo seja um sinal de alerta, é importante analisar o contexto. Empresas em fases iniciais ou em setores altamente competitivos podem apresentar ROA negativo temporariamente. No entanto, se o problema persistir, pode indicar a necessidade de ajustes estratégicos para melhorar a eficiência e a rentabilidade.
Qual é a diferença entre ROA, ROE, ROI e ROIC?
ROA, ROE, ROI e ROIC são indicadores financeiros importantes, mas cada um mede aspectos diferentes da eficiência e da rentabilidade de uma empresa. Entender suas diferenças é essencial para fazer análises completas. Veja a seguir:
- ROA (Return on Assets): mede o quanto a empresa consegue lucrar com seus ativos. Ele mostra a eficiência da empresa em utilizar seus recursos para gerar lucro. É calculado dividindo o lucro líquido pelo total de ativos. Quanto maior o ROA, melhor o desempenho.
- ROE (Return on Equity): foca no retorno para os acionistas. Ele mede o lucro que a empresa gera em relação ao patrimônio líquido. Esse indicador é importante para investidores, pois mostra como o capital investido está sendo valorizado. Calcula-se dividindo o lucro líquido pelo patrimônio líquido.
- ROI (Return on Investment): mede a rentabilidade de um investimento específico. Ele avalia se o retorno de um projeto, produto ou ação valeu a pena em relação ao custo investido. Para calcular, divide-se o lucro obtido pelo valor do investimento inicial. É útil para decisões estratégicas.
- ROIC (Return on Invested Capital): avalia o retorno que a empresa gera em relação ao capital investido, considerando tanto o capital próprio quanto o de terceiros (dívidas). Ele é mais abrangente que o ROE, pois analisa a eficiência geral no uso do capital. O cálculo é feito dividindo o lucro operacional após impostos pelo capital total investido.
Resumo das diferenças
- O ROA foca nos ativos da empresa.
- O ROE mede o retorno para os acionistas.
- O ROI avalia retornos de investimentos específicos.
- O ROIC analisa o retorno total do capital investido.
Cada indicador tem seu papel, e a escolha depende do que você quer analisar: eficiência operacional, rentabilidade para investidores ou retorno de projetos e capital.
- Leia mais: Enfim, agora que você sabe como analisar o return on assets, aproveite para aprender também como analisar o Balança comercial, o que é? Definição, principais tipos e como calcular
Fontes: Riconnect, Genail, Invest News, Concur, Nord, Remessa Online, Leverpro