Fundos referenciados, o que são? Como funcionam, prós e contras

Os fundos referenciados são um tipo de fundo de investimento, que busca acompanhar o desempenho de um índice em específico, geralmente o CDI ou a Selic.

Esses fundos são considerados como uma aplicação de renda fixa, já que passam por baixa volatilidade e a maior parte da carteira está alocada em ativos de renda fixa de baixo risco. Por serem fundos com baixo risco, eles são uma alternativa interessante para os investidores conservadores.

No entanto, justamente por serem mais seguros, eles não proporcionam uma rentabilidade tão alta quanto outros fundos mais arriscados. Afinal de contas, existe uma relação entre risco e retorno, onde quanto mais arriscado um ativo é, maiores as chances de altos rendimentos.

O que são fundos referenciados?

Os fundos referenciados, também chamados de fundos DI, são um tipo de fundo de investimento, que tem como base um indicador pré-estabelecido. Ou seja, a diferença entre os demais fundos de investimentos e os fundos referenciados, é que eles buscam replicar o rendimento de determinado índice.

Em outras palavras, o benchmark, isto é, a meta de rendimento do fundo, é o índice usado como referência. Sendo assim, o objetivo é conseguir um retorno semelhante ao índice usado como base. As taxas mais usadas como referência são:

1- CDI: O Certificado de Depósito Interbancário é o resultado da média de juros praticados em empréstimos de curtíssimo prazo entre as instituições financeiras. Em resumo, o Banco Central (Bacen) estabelece que as instituições financeiras devem fechar o dia com saldo positivo.

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Logo, quando ocorrem mais saques do que depósitos durante o dia, os bancos precisam recorrer a empréstimos de curtíssimo prazo para cumprir com a determinação do Bacen. O CDI é usado como índice de referência em diversos ativos de renda fixa, como, por exemplo, nas Letras de Crédito Imobiliário. 

2- Selic: O Sistema Especial de Liquidação e Custódia é a taxa básica da economia brasileira. Isso significa que ela é usada como base para todas as outras taxas de juros, inclusive o CDI. Ela também é usada como indexador em algumas aplicações, como o tesouro Selic.

Como os fundos referenciados funcionam?

Os fundos referenciados funcionam como uma alternativa de investimento em renda fixa. Isso porque, no mínimo, 95% do portfólio do fundo deve ser aplicado em títulos privados ou públicos, de renda fixa e com baixo risco envolvido.

Por exemplo, os fundos referenciados podem aplicar no tesouro direto, que é considerado como a alternativa de investimento mais segura do mercado. Como esse tipo de fundo aplica em ativos menos arriscados, ele é considerado como uma opção de investimento mais segura.

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Desse modo, esse tipo de fundo é escolhido sobretudo pelos investidores conservadores, que não gostam de ativos voláteis e arriscados. Em relação à tributação, os fundos referenciados de longo prazo são tributados de acordo com a tabela regressiva de renda fixa.

Sendo assim, a alíquota máxima é de 22,5% e a mínima é de 15%. Já nos fundos de curto prazo, o Imposto de Renda (IR), possui a alíquota máxima de 22,5% até 180 dias desde a aplicação e 20% a partir de 181 dias.

Fundos referenciados versus fundos de índices

Os nomes fundos referenciados e fundos de índices são parecidos e podem confundir o investidor. Entretanto, os dois tipos de fundos são bem diferentes. Isso porque os fundos referenciados são considerados como aplicação de renda fixa e possuem baixo risco. 

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Por outro lado, os fundos de índices são considerados como aplicação de renda variável, cujo portfólio deve ser composto com no mínimo 95% de valores mobiliários ou outros ativos de renda variável que sejam autorizados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários. 

Portanto, a diferença entre os fundos referenciados e os fundos de índices é que os fundos referenciados usam um índice como referência de rentabilidade. Em contrapartida, os fundos de índices replicam a carteira teórica do índice de referência e são mais arriscados.

Prós e contras

A principal vantagem dos fundos referenciados, é a segurança. Normalmente, os fundos aplicam principalmente em títulos públicos. Como esse tipo de ativo é considerado bastante seguro, consequentemente, o fundo também possui baixo risco.

Como é uma aplicação menos arriscada e que conta com a gestão de um profissional, os fundos referenciados são uma boa alternativa para as pessoas que desejam sair da poupança, mas não querem se arriscar na renda variável. 

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Por fim, os fundos referenciados possuem ainda a vantagem de ajudar na diversificação da carteira de investimentos. Em contrapartida, existe a desvantagem do baixo rendimento, já que os ativos menos arriscados geralmente oferecem retornos menores.

Ou seja, como 95% da carteira está alocada em ativos menos arriscados, o rendimento do fundo não é tão alto quanto outros tipos de fundos mais arriscados. Se você não gosta de correr riscos, descubra algumas opções de Investimentos seguros – Alternativas de aplicações com pouco risco

Fontes: Eu quero investir, Suno e Mais retorno

Imagens: Dax investimentos, Kury rodrigues, Fiis, Rico e Brasília empresas