14 de janeiro de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Os indexadores econômicos são taxas atreladas a determinados ativos. Dessa forma, a rentabilidade do investimento varia conforme as mudanças desses indicadores.
Os ativos mais impactados são os pós-fixados, já que a rentabilidade deles depende unicamente das variações dos indicadores. No entanto, ativos híbridos também são impactados, já que dependem da variação e de uma taxa previamente acordada.
Por fim, os indexadores econômicos são importantes também na economia brasileira. Um exemplo disso é a taxa Selic, usada no Tesouro Selic e determinante nos valores dos demais juros brasileiros.
O que são indexadores econômicos
Os indexadores econômicos são indicadores econômicos utilizados como referência no rendimento de determinado ativo e nos ajustes de contratos. Dessa maneira, os indicadores foram criados como uma forma de proteção para o sistema financeiros e os investidores, através do acompanhamento e correção de variações ocorridas.
Os indexadores econômicos impactam principalmente os investimentos pós-fixados. Afinal, a rentabilidade deste tipo de ativo depende do indexador atrelado.
Em outras palavras, o retorno do investimento varia durante todo o período segundo as variações do indexador. Eles impactam também os investimentos híbridos, que dependem das variações do indexador e de uma taxa combinada.
Importância e impactos dos indexadores econômicos
Os indexadores econômicos são extremamente importantes já que impactam na rentabilidade de diversos ativos. Portanto, o investidor deve sempre estar de olho nas variações dos indexadores econômicos que os seus investimentos estiverem atrelados.
Nesse sentido, caso deseje realizar o resgate antes do prazo acordado, é fundamental observar se o indexador não está baixo, já que o resgate nestas condições pode resultar em prejuízo.
Além de impactar nos investimentos, os indicadores também servem para que o investidor acompanhe o cenário da economia brasileira. Isso porque indexadores econômicos como a taxa Selic impactam diretamente em outras taxas de juros, que, por sua vez, contribuem para o aumento ou diminuição dos preços, medidos por outro indicador econômico, o IPCA.
Quais os principais indexadores econômicos
Os indexadores econômicos impactam diretamente na rentabilidade de um ativo, sobretudo nos investimentos pós-fixados, já que o retorno será correspondente às variações dos indexadores.
1- Selic
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) é considerado como a taxa básica de juros no Brasil. Ou seja, as demais taxas de juros são influenciadas pelo valor da Selic.
A Selic também influencia no rendimento da poupança, que atualmente corresponde a 70% da Selic. Por fim, ela possui influência direta no CDI, outro indexador econômico usado como base para o retorno dos investimentos.
O valor desse indexador econômico varia a cada 45 dias, de acordo com a determinação do Comitê de Política Monetária (COPOM). Além disso, ela é usada nas operações de curto prazo entre bancos que usam como garantia os títulos públicos.
Um exemplo do impacto da Selic é o Tesouro Selic, cuja rentabilidade depende exclusivamente das variações da Selic. Se, por exemplo, a Selic estiver 2% ao ano, será exatamente esta a porcentagem paga ao investidor, pelo título Tesouro Selic.
2- CDI
O Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) é um dos indexadores econômicos mais usados como base para investimentos em renda fixa.
Em síntese, para que os bancos não fechem o dia com valores abaixo do recomendado, eles realizam empréstimos de curtíssimo prazo entre si. Desse modo, o CDI é a média de juros cobrados nestes empréstimos interbancários.
O valor do CDI costuma ficar bem próximo da Selic, em torno de 0,20 pontos abaixo. Diversos tipos de investimentos usam o CDI e anunciam que pagam em média, 100%, 110% ou 120% desse indicador. Alguns exemplos são os CDBs, LCAs, LCIs e debêntures.
3- IPCA
O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo é um indicador de inflação. A inflação é o aumento dos preços, que resulta na diminuição do poder de compra da população. Logo, para que um investimento tenha ganho real, a sua rentabilidade deve ficar acima da inflação.
O IPCA é divulgado mensalmente pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ele é o responsável por realizar a pesquisa que resulta na média de aumento de preços, através da cesta de produtos da POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares.
O Tesouro IPCA+ é um exemplo de investimento que usa o IPCA como indexador econômico. Dessa maneira, a rentabilidade deste ativo depende da variação do IPCA juntamente com um valor prefixado. Esse ativo é uma boa opção para as pessoas que querem garantir ganho real, já que ele sempre rende mais do que a inflação.
4- IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é um dos indicadores econômicos usados na medição da inflação. Porém, enquanto o IPCA é mais abrangente e, por isso mesmo, considerado como o indicador oficial da inflação no Brasil, o IGP-M é conhecido como inflação do atacado e é usado principalmente como base para o reajuste de contratos.
Apesar de menos conhecido do que o IPCA, o IGP-M é usado em ativos como as LCs e os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Logo, quanto maior for o IGP-M, maior será a valorização das cotas dos fundos, sendo que ele impacta também os preços dos aluguéis de imóveis e a vacância para FIIs de imóveis físicos.
E aí, gostou de conhecer os indexadores econômicos? Então aproveite para descobrir quais são os Impostos sobre investimentos – Principais tipos e como são cobrados.
Fontes: Magnetis, Rico e Empreender dinheiro
Imagens: Onze, Endeavor, Bluesoft, Vangardi, Capital research, Infomoney e Bremenkam