13 de outubro de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Os títulos de dívida pública são títulos de dívida emitidos pelo Governo. O governo emite esses títulos como uma forma de captar recursos para as diversas atividades que ele realiza, como, por exemplo, os serviços públicos.
Emitidos por meio do programa Tesouro Direto, esses títulos podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. Os prefixados ficam com a mesma taxa de juros da aplicação até o vencimento.
Já nos pós-fixados, o retorno varia conforme o indexador. Por fim, os títulos híbridos garantem o retorno acima da inflação, já que consideram o IPCA.
O que são títulos de dívida pública?
Os títulos de dívida pública são títulos emitidos pelo Governo Federal. O intuito com esses títulos é captar recursos para custear a máquina do estado e para as atividades do governo. Na prática, ao adquirir esses títulos, o investidor está emprestando seu dinheiro para o governo e contribuindo com a dívida pública do país.
Esses títulos são vantajosos para o governo, pois ele consegue captar dinheiro. Já para os investidores, os títulos são uma forma de receber juros mais altos do que a poupança. Esses títulos são emitidos por meio do Tesouro Direto.
Em resumo, o Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional junto com a BM&FBovespa. Os títulos do Tesouro Direto são uma forma bem fácil e prática de investir. Isso porque o valor mínimo é baixo, a segurança é alta e o retorno é maior que a poupança.
Além dos títulos de dívida pública, existem ainda os títulos de dívida corporativa. Esse tipo de título é emitido por empresas. O objetivo dos dois tipos de títulos é o mesmo: captar recursos. Porém, eles se diferenciam em relação à segurança e retorno.
Os títulos de dívida pública são tidos como os títulos mais seguros do mercado. Isso porque, eles são garantidos pelo governo. Já os títulos de dívida corporativa como, as debêntures, por exemplo, possuem um risco maior. No entanto, por serem arriscadas, elas trazem um retorno maior.
Dívida pública
A Dívida Pública Federal (DPF) é composta por todas as dívidas que o governo federal contraiu. Sendo que essas dívidas são contraídas para cobrir as insuficiências orçamentárias. Em outras palavras, apesar de captar muitos recursos por meio de impostos e afins, o governo ainda gasta mais do que arrecada. Dessa maneira, ele está sempre se endividando.
Enfim, a dívida pública por ser dividida entre dívida pública interna e externa. A interna é composta pelos débitos que o governo tem com as instituições financeiras, pessoas e empresas. Essa dívida é paga na moeda nacional, isto é, o real. As 3 principais fontes dessa dívida são:
- Manutenção das políticas monetárias e cambiais;
- Gastos com saúde, educação e infraestrutura;
- Pagamento de juros das dívidas.
Por outro lado, a dívida externa é feita no exterior. Desse modo, ela deve ser paga em moeda estrangeira. A causa dessa dívida costuma ser os empréstimos de dinheiro feitos no exterior pelo governo ou empresas estatais.
Tipos de títulos de dívida pública
Os títulos de dívida pública podem ser de três tipos:
1- Prefixado
Como o próprio nome indica, nesse tipo de título a taxa de juros é indicada desde o momento do investimento. Ou seja, na hora de aplicar, o investidor já sabe qual será a taxa de juros, que irá continuar a mesma até o vencimento. A vantagem é que existe uma previsibilidade. Sendo assim, o investidor pode fazer os cálculos e saber o quanto irá receber no vencimento.
A desvantagem é que se a inflação subir muito, o título pode não trazer um ganho real. Os títulos prefixados do Tesouro Direto podem ser de dois tipos: Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. No primeiro caso, o rendimento será recebido apenas no vencimento do título. Na segunda opção, o investidor recebe os rendimentos a cada 6 meses.
A vantagem de receber os juros semestrais é que o investidor está sempre recebendo o rendimento. Desse modo, esse título pode ser vantajoso para quem vive de renda. Contudo, existe a desvantagem de que nesse tipo de título os juros compostos não agem tão bem.
2- Pós-fixados
O retorno dos títulos pós-fixados varia conforme a taxa considerada. Dessa forma, se a taxa subir, o rendimento também sobe e vice-versa. O título de dívida pública pós-fixado é o Tesouro Selic.
Sendo assim, o investidor recebe a taxa de juros equivalente à Selic. A vantagem desses títulos é que o investidor pode receber juros mais altos se a Selic subir. A desvantagem é que dependendo do valor da Selic, o investidor não terá um ganho real.
3- Híbrido
Por fim, temos ainda os títulos híbridos. O retorno desses títulos é composto por uma parte prefixada e outra pós-fixada. O Tesouro IPCA + é o título híbrido do Tesouro Direto. Nele o investidor recebe uma taxa de juros previamente determinada mais o IPCA. Isso significa que o investidor sempre terá um ganho acima da inflação.
Liquidez
Como os títulos de dívida pública são títulos de renda fixa, o investidor sabe ao investir qual é a data de vencimento. Sendo que se ele esperar até o vencimento, ele irá receber o valor acordado. Porém, existe a opção de resgatar o título antes. Isso porque, os títulos do Tesouro Direto possuem liquidez diária.
Logo, o investidor pode fazer o resgate da aplicação quando ele quiser. Neste caso, o investidor pode ter lucros acima do esperado com a marcação a mercado ou pode ter prejuízos. A liquidez diária dos títulos existe, pois o governo se compromete a fazer a recompra do título.
Custos e impostos
A maioria das corretoras não cobra taxas para investir no Tesouro Direto. Apesar disso, existe ainda a taxa de custódia. Essa taxa é da Bolsa de Valores e representa 0,25% ao ano, em cima do valor do título. Em relação aos impostos, existem dois: Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O imposto de renda segue a tabela regressiva. Sendo assim, em até 180 dias desde a aplicação, a alíquota é de 22,5%. Entre 181 e 360 dias o IR é de 20%. De 361 até 720 dias, a alíquota é de 17,5%. Por fim, acima de 720 dias, o IR chega ao seu valor mínimo de 15%.
Em contrapartida, o IOF é descontado somente em resgates antes de 30 dias desde a aplicação. Ele segue uma tabela regressiva própria, onde ocorre a redução diária da alíquota, até zerar com 30 dias.
Como investir em títulos de dívida pública?
Para investir em títulos de dívida pública, leve em consideração o seu perfil de investidor. Apesar de ter um risco baixo, é preciso considerar o perfil, pois a porcentagem da carteira em renda fixa vai variar de acordo com o perfil do investidor. Além disso, considere também os seus objetivos.
Isso é importante, pois os títulos possuem diferentes prazos de vencimento. Logo, é interessante escolher títulos com prazos que se encaixem com os prazos dos seus objetivos. Depois disso, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, como a iSaEx, por exemplo. Por fim, faça uma transferência, escolha os títulos e invista.
Enfim, gostou de aprender sobre os títulos de dívida pública? Aprenda também sobre Mindset financeiro, o que é? Definição, como é moldado e como mudar