26 de fevereiro de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Os títulos privados são emitidos por bancos, financeiras ou empresas como uma maneira de captar recursos para as suas atividades e projetos.
Ao investir em títulos privados, o investidor está basicamente emprestando seu dinheiro para essas instituições, em troca de uma taxa de juros, que normalmente é o CDI ou o IPCA.
Como existem várias alternativas, com graus de riscos diversos, os títulos privados são uma opção de investimento não apenas para os investidores conservadores, mas também moderados e arrojados.
O que são títulos privados?
Os títulos privados são uma alternativa de investimento em renda fixa. Eles são emitidos por bancos, empresas ou financeiras, como uma maneira de captar recursos para o financiamento de seus projetos e atividades.
Sendo assim, ao aplicar nesses títulos, o investidor está emprestando dinheiro para as empresas e contribuindo com a realização de seus projetos.
Portanto, os títulos privados são títulos de dívidas, onde as empresas pegam dinheiro emprestado com os investidores, em troca de uma taxa de juros. As taxas usadas como base para remuneração, geralmente são o CDI – Certificado de Depósito Interbancário ou o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
Características dos títulos privados
Como existem muitas opções de títulos privados, suas características variam muito. Desse modo, alguns possuem prazos maiores, outros não tem liquidez e existem aqueles isentos de Imposto de Renda (IR). No entanto, de maneira geral, eles são caracterizados por serem prefixados, pós-fixados ou híbridos.
Em resumo, os prefixados possuem a porcentagem de juros definida no momento da compra, os pós-fixados são atrelados a um indexador que varia (como o CDI) e por fim, os híbridos têm uma parte da rentabilidade previamente fixada e outra que varia.
Os riscos de se investir em títulos privados também mudam de acordo com o tipo de título. Isso porque alguns títulos como os CDBs – Certificados de Depósito Bancário, são protegidos pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito. Porém, outros ativos, como as debêntures, não contam com nenhuma proteção.
No momento de escolher um título privado, é importante considerar a relação entre risco e retorno aliado ao seu perfil de investidor. Vamos por partes: primeiramente, a relação de risco e retorno existe em todos os ativos.
Essa relação se refere ao fato de que os ativos mais arriscados devem proporcionar a possibilidade de rentabilidade mais alta, como uma espécie de compensação pelo risco corrido.
Já o perfil de investidor se refere ao seu grau de tolerância ao risco. Sendo assim, não basta apenas escolher os ativos que tragam maior rentabilidade e sejam mais arriscados. É preciso considerar quais ativos e riscos se encaixam em seu perfil.
Em relação ao Imposto de Renda, com exceção dos investimentos isentos, eles seguem a tabela regressiva do IR. Dessa forma, a alíquota começa em 22,5% e chega ao seu mínimo de 15% com 720 dias de aplicação.
Títulos privados versus públicos
Como dito anteriormente, os títulos privados são emitidos por bancos, empresas ou financeiras com o intuito de captar dinheiro para seus projetos e atividades. Os títulos públicos possuem objetivos parecidos, a diferença é que o emissor é o governo.
Além de terem emissores diferentes, os títulos privados e públicos se diferem em relação ao risco de crédito. Isso porque, como os títulos públicos são garantidos pelo Tesouro Nacional, eles são considerados como o investimento mais seguro do Brasil.
Já os títulos privados podem ter ou não a proteção do FGC. E até mesmo o FGC possui com limitações, já que ele devolve somente R$ 250 mil por CPF e instituição, em caso de calote. Em contrapartida, por serem mais arriscados do que os títulos públicos, os títulos privados geralmente oferecem uma rentabilidade mais interessante.
Alternativas de títulos privados
Existem diversas opções de títulos privados com graus de risco, liquidez e rentabilidades diferentes, confira:
1- CDB
Os Certificados de Depósito Bancário são emitidos por bancos para financiar suas atividades. Ou seja, o dinheiro que o investidor empresta para a instituição bancária pode ser usado, por exemplo, para conceder empréstimos para os clientes do banco.
Esses ativos podem ter remuneração prefixada, pós-fixada ou ainda serem atrelados à inflação. Existem opções com liquidez diária e outros que só podem ser resgatados no investimento. Uma vantagem desses títulos de dívida, é que eles possuem a proteção do FGC.
2- LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio são semelhantes aos CDBs. A diferença, é que o dinheiro captado deve ser usado exclusivamente para o financiamento de projetos dos setores do agronegócio e imobiliário. A principal vantagem desses títulos privados em comparação com os demais, é a isenção de IR.
3- LC
As Letras de Câmbio são semelhantes aos CDBs. A única diferença significativa é que eles são emitidos por financeiras. Portanto, o dinheiro captado também é usado como capital de giro e em empréstimos. Além disso, elas possuem ainda a proteção do FGC.
4- CRI e CRA
Os Certificados de Recebíveis Imobiliário e do Agronegócio são títulos privados com lastro. Dessa maneira, os CRIs são lastreados em fluxos de pagamentos de aluguéis e imóveis. Por outro lado, os CRAs são lastreados em direitos creditórios de operações de financiamentos das atividades do setor de agronegócio.
A vantagem desses títulos é que eles são isentos de Imposto de Renda. Entretanto, eles possuem a desvantagem de não contarem com a proteção do FGC. Logo, se o emissor der o calote no investidor, ele perde o dinheiro aplicado.
5- Debêntures
As debêntures são títulos de dívida emitidos por sociedades anônimas (S/A). As debêntures podem ser comuns ou incentivadas. A diferença entre elas é que os recursos captados pelas debêntures incentivadas são destinados a projetos de desenvolvimento do país e por isso, elas são isentas de IR.
Como investir em títulos privados?
O primeiro passo para investir em títulos privados, é conhecer o seu perfil de investidor. Como as alternativas de títulos de dívida possuem graus de riscos diferentes, é recomendado que você escolha a opção que melhor se encaixa com seu perfil.
Posteriormente, pesquise sobre as opções de títulos privados que se encaixam com seu perfil. Analise a rentabilidade, os riscos e opte pelo que melhor se encaixar com seus planos e objetivos. Por fim, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, fazer uma transferência e investir.
Enfim, agora que você conhece as opções de aplicações em títulos privados, aproveite para aprender o que é Superávit, o que é? Definição, como funciona, tipos e como calcular.
Fontes: Suno, Quero ficar rico e Parmais
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