16 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
Risco e retorno são dois conceitos que estão presentes em todos os tipos de investimentos, tanto em renda fixa, quanto em renda variável. Sendo que, normalmente quanto maior é o risco, maior tende a ser o retorno pretendido e vice-versa.
Desse modo, ao analisar uma aplicação, geralmente os investidores buscam verificar se o rendimento a ser obtido corresponde ao risco que está sendo corrido. Inclusive, é possível verificar a taxa mínima de atratividade do investimento.
Apesar de todas as aplicações possuírem certo grau de risco, que pode ou não ser equivalente ao retorno pretendido, é possível tomar algumas medidas visando a redução do risco da carteira ao mesmo tempo em que potencializa os retornos, como, por exemplo, diversificando.
Relação entre risco e retorno
Risco e retorno são duas máximas no mundo dos investimentos, utilizadas para verificar se o rendimento pretendido com determinada aplicação justifica o risco a ser corrido. Para entender mais sobre essa relação, vamos explicar o que significa exatamente cada um desses conceitos.
Primeiramente, o risco são as chances de que uma aplicação traga um retorno abaixo do esperado ou até mesmo prejuízos. No mundo dos investimentos, existem diversos fatores de risco, como, por exemplo, volatilidade, inflação, falência das empresas, mudanças de câmbio e crises econômicas. Os tipos de riscos nos investimentos são:
- Mercado: O risco de mercado está relacionado às chances de perdas devido às variações dos preços de mercado dos ativos.
- Operacional: Este risco está associado à qualidade do serviço que a instituição entrega.
- Liquidez: O risco de liquidez é o risco do investidor não conseguir resgatar uma aplicação quando precisar ou quando o resgate resulta em prejuízos.
Como existem muitos riscos que podem afetar os investimentos, é muito difícil quantificar o risco de cada aplicação. Por fim, o retorno é o lucro esperado com determinada aplicação. O rendimento de uma aplicação é o motivo pelo qual as pessoas investem, logo, esse é um fator muito importante ao analisar um investimento.
Avaliação de risco e retorno
Todos os investimentos possuem uma dose de risco, até mesmo as aplicações em renda fixa, que são consideradas como uma opção mais segura. Por isso, é fundamental avaliar a relação entre risco e retorno antes de investir, para verificar se a aplicação compensa.
Em outras palavras, apesar de uma aplicação mais arriscada geralmente oferecer retornos mais altos, o investidor não deve correr riscos de forma deliberada. Existem diversas maneiras de calcular o risco e retorno de uma carteira, como, por exemplo, através do Índice de Sharpe.
Em síntese, o Índice de Sharpe serve para comparar a rentabilidade de um investimento com risco e outro sem riscos. Sendo assim, é possível verificar se o risco de um ativo vale a pena em comparação com o retorno de outro ativo sem risco.
O mais indicado é analisar a relação entre risco e retorno e encontrar o equilíbrio que mais se encaixe em seus objetivos e perfil de investidor. Além disso, você pode recorrer a estratégias visando potencializar o retorno ao mesmo tempo em que dilui os riscos, como a diversificação da carteira.
Perfil de investidor
Para montar uma carteira equilibrando o risco e retorno dos ativos, você deve levar em consideração o seu perfil de investidor. Isso porque, o perfil de investidor demonstra qual a porcentagem de risco você está disposto a correr. A rentabilidade pretendida varia de acordo com o seu perfil de risco de investimento. Dessa maneira os perfis podem ser:
1- Conservador: O investidor conservador é aquele que não gosta de correr riscos. Logo, ele prefere os ativos menos arriscados, mesmo que o retorno oferecido seja menor.
2- Moderado: O investidor moderado aceita correr um pouco de risco, em troca de uma rentabilidade mais atrativa.
3- Arrojado: Por fim, o investidor arrojado é aquele que aceita correr grandes riscos em troca de grandes probabilidades de conseguir um alto rendimento.
Redução dos riscos com a diversificação
A diversificação é uma das estratégias mais utilizadas com a intenção de diminuir os riscos da carteira de investimentos, ao mesmo tempo em que potencializa os ganhos. Por meio da diversificação, o investidor consegue estabelecer o equilíbrio entre risco e retorno através de diferentes graus de liquidez e de risco.
Além disso, os diferentes ativos se comportam de maneiras diversas com as oscilações do mercado. Por exemplo, a queda de um tipo de ativo pode ser amortecida pela subida de outro. Para diversificar a carteira é preciso primeiramente conhecer seu perfil de investidor e selecionar os ativos que se encaixam neste perfil.
Depois disso, você pode estabelecer a porcentagem que será destinada a ativos de renda fixa e variável e estabelecer uma estratégia de investimentos. Na parte de renda fixa, diversifique entre os vários tipos de ativos disponíveis, como, por exemplo, tesouro direto, LCI, LCA e CDBs.
Já na parte de renda variável, não se limite a investir em ações nacionais. Você pode aplicar em fundos, ETFs e ações internacionais. Um detalhe importante sobre a porcentagem destinada às ações, é diversificar não apenas entre empresas, mas também entre setores. Veja o vídeo de Raul Sena e descubra como fazer uma diversificação correta de ações:
Além da diversificação, conhecer sobre o funcionamento do mercado é fundamental para que você possa investir melhor. Para isso, você pode recorrer a alguns Livros sobre investimentos para todos os níveis de investidores
Fontes: Urbe, Onze, Empreender dinheiro e Eu quero investir
Imagens: Plano de vida, Capital research, The cap, Rankia e Investir e enriquecer