Investimentos seguros – Alternativas de aplicações com pouco risco

14 de abril de 2021 - por Jaíne Jehniffer


Os investidores iniciantes e os de perfil conservador, geralmente, preferem os investimentos mais seguros do mercado. Esses ativos são menos arriscados, pois oscilam menos e contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Apesar de serem mais seguros do que os ativos de renda variável e de proporcionar uma rentabilidade muito mais interessante do que a poupança, esses ativos não são 100% seguros, já que todos eles possuem alguma dose de risco.

Além disso, é preciso considerar a relação entre risco e retorno. Isso significa que, como são mais seguros, essas aplicações proporcionam uma rentabilidade inferior, se comparado com os ativos mais arriscados.

Existem investimentos 100% seguros?

Não existe investimento que seja totalmente seguro, até mesmo a poupança possui uma parcela de risco. Contudo, existem opções de aplicações em renda fixa, que possuem riscos reduzidos.

Isso porque eles contam, geralmente, com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que devolve até R$ 250,00 mil por CPF ou instituição financeira em caso de calote.

Existe uma relação de risco em retorno em todos os investimentos. Sendo assim, quanto mais arriscado é um ativo, maiores são as chances de altos retornos. Na renda variável, por exemplo, os ativos são bem mais arriscados do que a renda fixa. Logo, as probabilidades de altos retornos são maiores.

Investimentos seguros - Alternativas de aplicações com pouco risco

Southcorp

Nesse sentido, os investimentos que são mais seguros proporcionam uma rentabilidade inferior aos ativos mais arriscados. Apesar disso, essas opções proporcionam um retorno mais vantajoso do que a poupança. Sendo que o FGC que protege os ativos de renda fixa é o mesmo que protege a poupança.

Portanto, tendo como critério a segurança e a rentabilidade, os ativos de renda fixa que contam com o FGC são mais vantajosos do que a poupança. Afinal de contas, eles proporcionam um retorno mais vantajoso e ainda contam com a mesma proteção que a poupança.

Alternativas de investimentos seguros

As opções de aplicações mais seguras do mercado são:

1- Tesouro Direto

O tesouro direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional, em parceria com a BM&F Bovespa, em 2002. Assim como os demais ativos de renda fixa, os títulos do tesouro direto funcionam como um empréstimo do investidor para a instituição emissora.

Os títulos do tesouro direto não contam com a proteção do FGC, porém, eles são tidos como os títulos mais seguros do mercado, já que contam com a garantia do Governo. Apesar disso, alguns tipos de títulos do tesouro podem ter risco de liquidez:

Tesouro Selic: Esse título tem sua rentabilidade atrelada às variações da taxa Selic e possui liquidez diária. Se o investidor fizer o resgate antes do prazo de vencimento, ele recebe o valor aplicado mais o rendimento do período.

Investimentos seguros - Alternativas de aplicações com pouco risco

Segredos do mundo

Prefixado: O rendimento do tesouro prefixado é determinado por uma taxa fixa, estabelecida no momento na aplicação, e permanece até o vencimento do título. Se o tesouro prefixado for resgatado antes do vencimento, o investidor pode ter prejuízo. Logo, esse título possui o chamado risco de liquidez.

Em síntese, a liquidez é a facilidade com que o investidor consegue resgatar o investimento. Dessa forma, o risco de liquidez é o risco do investidor não conseguir resgatar a aplicação ou ter prejuízo ao realizar o resgate antes da data de vencimento. Apesar disso, esses títulos também são considerados como investimentos seguros, se mantidos até o vencimento.

Tesouro IPCA+: O tesouro IPCA+ é vantajoso, pois o seu retorno é equivalente ao IPCA mais uma taxa de juros definida no momento da aplicação. Isso significa que, esse título proporciona rendimentos acima da inflação, ou seja, ele garante o ganho real. No entanto, ele também possui risco de liquidez.

2- LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs) são títulos emitidos por bancos, logo, elas possuem proteção do FGC. A intenção dos bancos é captar recursos para destinar aos respectivos setores imobiliário e do agronegócio. Como esses são setores que o governo tem interesse em incentivar, as LCIs e LCAs são isentas de Imposto de Renda (IR).

Dica de hoje

3- CDBs são investimentos seguros

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), também são títulos emitidos por bancos e considerados como investimentos seguros. A diferença entre os CDBs e as LCIs/LCAs é que o dinheiro captado com os CDBs não é destinado para um setor em específico. Na verdade, os recursos são usados nas operações de empréstimos e financiamentos dos bancos.

Outra diferença entre esses títulos é que os CDBs não possuem isenção de Imposto de Renda. Entretanto, eles também contam com a proteção do FGC, o que significa que as LCIs/LCAs possuem o mesmo risco de calote que os CDBs. Além disso, todos eles possuem risco de liquidez e devem ser mantidos até o vencimento.

4- LCs

As Letras de Câmbio (LCs), são títulos emitidos por financeiras e funcionam de maneira similar aos CDBs. Portanto, ao aplicar em LCs, o investidor está emprestando dinheiro para as financeiras, em troca de uma taxa de juros.

Como o dinheiro é emprestado para financeiras e não bancos, esses ativos são considerados um pouco mais arriscados do que os CDBs. Entretanto, elas também contam com a proteção do FGC.

Trademap

5- Fundos de DI

Os fundos de Renda Fixa Referenciados DI, ou simplesmente Fundos de DI, são fundos de investimentos de baixo risco. Como quase todo o portfólio do fundo é composto de ativos de renda fixa, eles são uma opção bastante segura. Apesar disso, é importante estar atento às taxas cobradas, que podem comprometer a rentabilidade obtida.

Enfim, agora que você já conhece as opções de investimentos sem risco, descubra o que são os Investimentos de alto risco – 10 alternativas e como diminuir os riscos

Fontes: Apprenda fixa, Ativa investimentos e R7

Imagens: Southcorp, Bv, Segredos do mundo, Dica de hoje e Trademap

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